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sábado, 26 de junho de 2010

Os pontos fracos da Seleção do Dunga começam a aparecer

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É bem verdade que o empate classificaria tanto Brasil como Portugal, o que aconteceu.

Também é verdade que o time de Portugal é bem melhor que Coréia do Norte e Costa do Marfim, o que indicava que o Brasil teria mais dificuldades neste confronto, do que nas partidas anteriores, o que foi confirmado.

Dunga teria que substituir Kaká, por suspensão automática e Elano, que não se recuperou totalmente. Segundo sua coerência (ou, melhor dizendo, “de dentro de sua cabeça dura”), Dunga fez o previsível: o substituto de Kaká era o Júlio Baptista, enquanto que, para a saída de Elano, quem entraria seria o “curinga” Daniel Alves.

A surpresa ficou por conta da entrada de Nilmar como titular no lugar de Robinho.

Eu achava que Dunga recuaria Robinho para o meio de campo, fazendo a função de Kaká, e colocaria Nilmar lá na frente junto ao Luís Fabiano. Apesar de que Robinho não rendeu o que se esperava dele nas duas primeiras partidas, na impossibilidade de se escalar o Kaká, eu gostaria de ver a formação com Robinho, Nilmar e Luís Fabiano. Mas, o desmancha-prazeres Dunga, mais uma vez veio com a sua “coerência”.

Gostei de ver Nilmar em campo. Na minha opinião, os cinco jogadores desta Seleção do Dunga que se destacam por apresentar um Futebol “acima da média” são: Júlio César, Juan, Kaká, Robinho e Nilmar. O restante são “operários”, que fazem o básico, sem criatividade (muitos nem a tem), em função do esquema tático, cumprindo – à risca – as orientações defensivas do treinador.

Nilmar é habilidoso, rápido, posiciona-se muito bem em campo e, dentro da área é daqueles atacantes que “sabem onde a bola vai estar”. Contudo, Nilmar precisa de que os meias saibam enfiar a bola em diagonal nos espaços onde ele – rápido – sempre chega. No meio de campo não tinha nem Kaká, nem Robinho. Jogavam Daniel Alves e Julio Baptista. Daniel Alves não esteve num dia bom e Júlio Baptista esteve nos “seus melhores dias”, ou seja, o meio de campo praticamente não existiu com relação às jogadas de ataque.

Enquanto Brasil e Portugal tentavam marcar um golzinho, o Brasil teve muita dificuldade de realizar jogadas pelo meio da defesa de Portugal. O mesmo acontecia pelo lado de Portugal, que não tinha pela frente aquela defesa(?) da Coréia do Norte. Cristiano Ronaldo é muito bom, mas parece que está mais para Cristiano do que para Ronaldo.

É bem verdade que, após 10 minutos do segundo tempo, tanto os jogadores de Brasil, quanto de Portugal, entenderam o óbvio: que era melhor deixar de dar “trombada” e seguirem empatados até o final, o que seria bom para o Samba e para o Fado, para a Feijoada e para o Bacalhau.

Mas, enquanto houve disputa, a única novidade boa deste time do Dunga foi a presença de Nilmar em campo. Sem Kaká e Robinho, a bola passa muito pelos pés de outros jogadores, o que revela a falta de talento da maioria e expõe a fragilidade de alguns jogadores, por exemplo, Michel Bastos e Felipe Melo. Da maneira com que Gilberto Silva está jogando, a continuar assim, ele jogará até os 50 anos de idade, sem problemas. Não corre muito e só dá passe de segurança, para os lados, ou para trás, o que não leva a nada. Outro problema sério: tem hora que Lúcio pega a bola, abaixa a cabeça, abandona a defesa e tenta resolver tudo sozinho...sem noção! Realmente, esta seleção do Dunga é uma cópia piorada da Seleção de 94.

Nesta Copa de 2010, quem marca primeiro abre uma vantagem enorme. Contra Portugal, o Brasil não conseguiu marcar, já estava classificado e o empate o colocava em primeiro do grupo.

Agora vem os mata-mata. Fico imaginando como será o comportamento do Brasil se o adversário marcar primeiro...

...Kaká e Robinho vão ter que “jogar tudo que sabem” de agora para frente.  


AL-Braço
AL-©haer

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