(poesia visuAL / "A Tática: Futebol" / Série "Futebol em Movimento")

( poesia visual / "Copa do Mundo" / Série "Futebol em Movimento" )

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Goiás I contra Avaí I e II

Em apenas quatro dias, o Goiás enfrentou a equipe do Avaí por duas vezes, aqui no Serra Dourada: uma partida pelo Brasileirão e outra pela Sul-Americana.

Podemos dizer que o Goiás entrou com “força máxima” nestes dois jogos (se pode se chamar de “força”, é discutível, mas tem sido o máximo que o Goiás tem conseguido colocar em campo), a única diferença é que, na partida pelo Brasileirão, Rafael Moura estava suspenso e, sendo o seu substituto imediato o Everton Santos, pode-se dizer que o Goiás jogou com 10 naquele confronto.

Tenho que dar a mão à palmatória, por ter criticado tanto o Rafael Moura. Tenho que admitir: para o esquema tático do Goiás, o Rafael Moura é importante porque prende dois zagueiros e porque joga lá na frente, na área do adversário. Mas vou dar apenas uma das mãos (a esquerda; sou destro!). Sabemos que o Rafael Moura não é lá este atacante todo.

O time do Avaí, por sua vez, esteve completo na partida pelo Brasileirão e, pela Sul-Americana, foi um “mistão” e ainda entrou com apenas um goleiro e quatro jogadores no banco de reservas.

O resumo. Enfrentando o Avaí I, pelo Brasileirão, o Goiás somente conseguiu marcar um gol (de pênalti) e o melhor jogador em campo foi o “São” Harlei, que fez os seus milagres, garantindo a vitória (que foi um resultado excelente e urgente, para o Goiás seguir “vivo” na luta contra o rebaixamento). Já enfrentando o Avaí II (misto), pela Sul-Americana, mesmo marcando primeiro, o Goiás permitiu a virada e, num lance de oportunismo do Rafael Moura, aos 48 minutos do segundo tempo, veio o empate, para diminuir o tamanho do desastre.

Voltando ao Rafael Moura, realmente ele tem marcado gols importantes. Se o Goiás conseguir vencer o Avaí (na partida de volta, pela Sul-Americana), devemos creditar ao Rafael Moura, pelos dois gols que marcou nesta partida de ida, todos os méritos da classificação para as semi-finais (se isto acontecer, que fique bem claro).

Wellington Saci continua na sua vidinha de toquinho para trás e toquinho de trivela. Que lástima! Pelo menos ele não jogou com a “10”. E, para minha surpresa, o prata-da-casa Douglas está péssimo no fundamento passe. Está errando demais. Jovem, não está conseguindo controlar o equilíbrio emocional neste momento difícil por que passa o time do Goiás.

E, para finalizar, nesta partida da Sul-Americana, os árbitros ajudaram demais o Goiás em três momentos: no lance do pênalti (o empate do Avaí), o zagueiro Marcão deveria ter levado o cartão amarelo, que seria o segundo na partida, o que resultaria em sua expulsão; a partida já estava 2 a 1 para o Avaí e o bandeira marcou um impedimento do ataque do time catarinense, em um lance que a bola foi tocada pelo jogador do Goiás (o Avaí chegou a marcar o gol, invalidado erroneamente); e, no gol de empate do Rafael Moura, a polêmica se a bola bateu na mão, ou na barriga, ou em ambas, quando o atacante do Goiás dominou a bola e chutou para dentro do gol adversário (até pelo “replay” fica difícil ver onde a bola realmente tocou, porque na imagem o corpo de Rafael Moura cobre a visão da bola; mas pela maneira com que a bola foi amortecida, parece que teve mesmo a “ajudinha” de um braço ou de uma mão...).

A realidade é esta, caríssima Leitorcedora esmeraldina, caríssimo Leitorcedor esmeraldino: a equipe do Avaí vem ao Serra Dourada por duas vezes seguidas, com a equipe I e a equipe II (mista) e, nas duas partidas, joga melhor que o Nosso Goiás.


AL-Braço
AL-©haer 

sábado, 23 de outubro de 2010

PELÉ, 70 anos !!!

Para homenagear os 70 anos do REI, trago lá do visu-AL-Chaer um poema visuAL em duas versões.



versão originAL, 2006


instalação, I BIP de Brasília, 2008


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quando a derrota é vitória

Apesar de que esta Copa Sul-Americana de 2010 veio em uma péssima hora para o Meu Goiás, a classificação para as quartas de final, superando o tradicional Peñarol do Uruguai, pode trazer mais confiança para os jogadores.

Se está difícil melhorar o desempenho técnico (pela deficiência e limitação da maioria do elenco), se não há como aprimorar a disposição tática (por que não há tempo hábil), se o cansaço começa a pesar (pela maratona anual), então resta a esperança de que os jogadores não deixem a baixa auto-estima derrotá-los antes da hora. Para isto, recuperar a confiança é essencial e acredito que o Meu Goiás retorna do Uruguai com mais chances de conseguir melhores resultados na reta final do Brasileirão.

Na partida de ida contra o Peñarol, aqui no Serra Dourada, viu-se claramente que o time uruguaio veio para tentar um empate e, talvez, surpreender. O Goiás, por sua vez, imprimiu um ritmo forte no primeiro tempo, com mais posse de bola, pressionando o adversário, criando várias chances de gol, convertendo apenas uma delas. Já no segundo tempo, o Goiás sentiu o ritmo e desacelerou. Como o Peñarol não arriscava, a partida acabou com a vitória do Goiás por 1 a 0.

Na partida de volta, mais de 40 mil torcedores lá no Centenário. A responsabilidade de marcar era do Peñarol. A “surpresa” foi ver o Goiás correndo muito e atacando já no início da partida. Isto assustou o time do Uruguai, que sequer conseguia chutar em gol. O Goiás foi premiado por sua audácia, abrindo o marcador com um lance inesperado de Rafael Moura, que conseguiu fazer em uma só jogada tudo que se espera de um atacante forte: de costas para o zagueiro, matou no peito, protegeu a bola, girou e driblou o zagueiro e bateu no ângulo, tirando do alcance do goleiro. Um golaço!!! Então, o Peñarol, que ainda não tinha chutado a gol, teria que marcar 3 para se classificar.

Estava tudo indo bem para o Goiás, mas em duas falhas da defesa (que rebateu a bola para o meio, uma de cabeça e outra com os pés) o time do Peñarol as aproveitou e virou para 2 a 1. Estes dois gols aconteceram nos minutos finais do primeiro tempo. Um verdadeiro “castigo” para o Goiás, que não merecia ir para o intervalo em desvantagem no marcador.

Veio o segundo tempo. Era esperada uma pressão dos uruguaios, mas a superioridade em posse de bola não resultava em arremates para o gol do Harlei, o que dava uma certa tranquilidade ao time. Contudo, o árbitro “resolve aparecer” e, extremamente rigoroso, expulsa Éverton Santos aos 11 minutos. O resultado classificava o Goiás, mas – com um a menos – a pressão seria maior ainda. Como foi.

Eis que entrou em campo a “estrela” do Jorginho, que colocou o “esforçado” Carlos Alberto no lugar do nosso melhor jogador – Felipe -, na clara intenção de fortalecer o esquema defensivo, o que era correto naquela situação.

O Peñarol pressionava e pressionava, mas o nosso sistema defensivo – mais atento – não cometia as falhas do primeiro tempo. E o tempo passava. Numa das bolas recuperadas pelo meio de campo do Goiás, Carlos Alberto recebe pela intermediária no campo de ataque e o glorioso “Sobrenatural de Almeida” baixa no corpo do rapaz, que “engatou uma quinta”, passando (voando baixo) pela defesa adversária, entrando na grande área pela esquerda e batendo cruzado, de canhota, tirando do goleiro, com a bola – caprichosa – batendo na trave, antes de entrar. Não acreditei, quando vi ao vivo pela TV. No “replay”, vi que o “Sobrenatural de Almeida” tinha marcado mais um golaço.

Então, o Peñarol precisava de mais dois gols e continuou buscando. Aos 39 minutos, deu um “branco” na defesa do Goiás e o jogador do Peñarol conseguiu bater de fora da área, no canto. Era o 3 a 2. Faltava um golzinho para o Peñarol, mas o que faltava, mesmo, era tempo.

E o Goiás, derrotado no Uruguai, volta para Goiânia, vitorioso!

A situação de Jorginho é delicada, sabemos. Mas foi importante ver os jogadores se abraçando junto ao banco de reservas, com o “Professor”, na comemoração dos gols. Isto revela que os jogadores estão “tentando fazer” o que Jorginho está “tentando ensinar”. Quando dá certo, significa que está “começando” a se estabelecer uma comunicação entre banco de reservas e campo de jogo.

E, nestas tentativas e tentativas, com um pouquinho a mais de confiança e mais atenção, os jogadores, até os mais “sem-noção” como um Wellington Saci, podem surpreender e – quem sabe? – estenderem o bom momento da Sul-Americana para uma caminhada exitosa rumo à fuga do rebaixamento para a Série B do Brasileirão de 2011.

Mas, lembremos: no Brasileirão, derrota é derrota.

E, falando nisto, no próximo Domingo, um “empate” contra o Avaí, no Serra Dourada, é o mesmo que perder. É mais: perderemos até o rumo, se não vencermos o Avaí.

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AL-Braço
AL-©haer 

domingo, 17 de outubro de 2010

Uma derrota anunciada (mais uma!)

O Atlético Paranaense era o favorito, sim, por todos os motivos que a gente viesse a enumerar. Eu estava com a esperança de que o Goiás pudesse arrancar um empatezinho lá na Arena da Baixada.

Mas quando eu vi a escalação, com Júnior (cuja particularidade é que sua idade é o tempo que ele consegue jogar em campo) e o Wellington Saci com a “10” (isso dói!), desanimei.

E à medida que a partida se desenrolava, o desânimo só aumentava, por ver que a equipe do Atlético Paranaense não era aquele “furacão” todo e que, mesmo equilibrando a partida (após sofrer o primeiro gol no início do jogo), o Goiás não chutava em gol. Aliás, chutou uma vez, no primeiro tempo, com Douglas que, em jogada individual, driblou o zagueiro e, dentro da área, “atrasou” a bola para o goleiro.

No segundo tempo, mesmo com as substituições feitas pelos dois treinadores, não se alterou o panorama do primeiro tempo. O Atlético Paranaense não conseguia ampliar e, como o Goiás não levava perigo ao gol deles, parecia que o time paranaense jogava para garantir a vitória parcial de 1 a 0, depois de três partidas seguidas sem marcar gols.

Inesperadamente, numa jogada despretensiosa, um cruzamento da direita (quase um balão) para a área do Goiás. A bola desceu na outra ponta da pequena área. A bola parecia fácil para o nosso lateral Douglas, mas Iván Gonzáles subiu mais, ganhou de cabeça e a bola encobriu Harlei.

Daí para o final da partida, o óbvio: o técnico Sérgio Soares recuou o Atlético Paranaense e o técnico Jorginho quase entrava em campo, tentando motivar o Goiás para o tudo-ou-nada.

Notei o Jorginho muito nervoso. Diferente de seu habitual. Talvez, arrependido (muito!), por não ter optado pela formação com três volantes, que teve êxito – recentemente – contra o São Paulo, lá no Morumbi.

O curioso é que o Goiás até que pressionou bastante no final da partida, chegando a dar um susto no time paranaense: diminuiu com Rafael Moura aos 37 minutos e quase empatou nos acréscimos, com Felipe batendo uma falta que passou rente à trave.

Mas a “reação” veio tarde demais e a derrota, anunciada lá na escalação, confirmou-se.

Resultado normal. E esperado.

Até quando o Jorginho vai insistir com o esse Wellington Saci? Com a “10”?!!! Isto chega a ser uma afronta!!!

AL-Braço
AL-©haer 

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Campanha de Última Hora

Caríssimas Esmeraldinas, Caríssimos Esmeraldinos, "doentes" como eu.

Lançada a Campanha "SAI DO BURACO, MEU GOIÁS"


"VAMOS ALUGAR A CÁPSULA CHILENA !!!"


Como eu já gasto com os ingressos no Serra Dourada e com a assinatura do PPV, a minha contribuição será de 2 latas de azeite vindas lá do Líbano (excelentes!!!), para garantir a lubrificação das roldanas. 



AL-Braço
AL-©haer

pêésse: 

as condições são as seguintes: entrego a primeira lata de azeite, que tem autonomia para 5 rodadas; para as 4 rodadas restantes, só entrego a segunda lata, se me prometerem que o Wellington Saci não vai ficar nem no banco de reservas.

tava demorando...

"A cápsula chilena tira qualquer mineiro do buraco, 
menos o Atlético."



(de um torcedor do Cruzeiro, amigo meu lá de BH)

O peso de uma Sul-Americana e os demais “pesos”

O curioso desta Sul-Americana de 2010 é que, dos quatro times brasileiros que disputam as oitavas de final, três deles (Avaí, Atlético-MG e Goiás) correm sério risco de rebaixamento no Brasileirão; a outra equipe é o Palmeiras.

Hoje tivemos as partidas de ida para Avaí, Atlético-MG e Goiás. Enquanto Atlético-MG e Goiás receberam em casa os adversários Independiente Santa Fé (Colômbia) e Peñarol (Uruguai) respectivamente, o Avaí viajou para o Equador para enfrentar o Emelec. Na semana que vem, é a vez de Atlético-MG e Goiás viajarem. Ou seja, além destes três times brasileiros não estarem literalmente “bem das pernas” (nem na tabela do Brasileirão, nem no preparo físico), o “prêmio” adquirido para participar desta Sul-Americana acaba tendo um peso muito grande, pelo momento em que passam estas três equipes.

Coincidentemente, na próxima rodada do Brasileirão, Atlético-MG e Avaí se enfrentam lá em Minas. Já o Goiás viaja para enfrentar o Atlético-PR lá em Curitiba. Na rodada subsequente, o Goiás recebe o Avaí no Serra Dourada, depois de enfrentar o Peñarol lá no Uruguai. Já o Atlético-MG voltará da Colômbia para jogar o clássico contra o arqui-rival Cruzeiro.

Convenhamos, é uma “jornada turística” incompatível para com o futebol, o preparo físico e o momento psicológico destas três equipes, Avaí, Atlético-MG e Goiás.

Sinceramente, não há como fazer apostas de como estarão estas equipes daqui a duas semanas. Nem em qual a situação estarão tanto no Brasileirão, quanto na Sul-Americana.

Pelos resultados de “ida” das oitavas da Sul-Americana, o Atlético-MG sai em vantagem, por ter vencido em casa por 2 a 0. O Goiás também venceu, mas foi por 1 a 0, apenas. Somente o Avaí perdeu, mas foi por 2 a 1 e o gol marcado fora de casa faz com que uma vitória por placar mínimo no jogo de volta classifique o time de Santa Catarina para as quartas de final.

Já no Brasileirão, os confrontos Atlético-MG x Avaí e Goiás x Avaí são “jogos-chave” para as pretensões destas equipes na sequência do campeonato.

Friamente falando, estes jogos da Sul-Americana em paralelo com os confrontos diretos do Brasileirão, podem resultar num “desastre” definitivo para estas três equipes.

A gente fica pensando que – no Brasileirão - está mais difícil para o Avaí, que enfrenta Atlético-MG e Goiás fora de casa. Mas, pode acontecer o contrário. O Avaí se fecha e Atlético-MG e Goiás ansiosos, com o tempo passando se o gol não sai, podem ser surpreendidos pelo Avaí, nos contra-ataques. Jogando junto de sua torcida, a pressão para cima de Atlético-MG e Goiás é muito maior.

Pesará o preparo físico e o controle emocional. Qualidades que, neste 2010, “passam longe” de Avaí, Atlético-MG e Goiás.

Outro peso importante nesta fase, será o “peso” dos técnicos. O Avaí acaba de estrear mais um técnico, Vagner Benazzi, tradicional em equipes de Série B. Jorginho, pelo Goiás, já treinou o América-RJ e, recentemente, foi “conselheiro” do Dunga, que – se enriqueceu o bolso – não enriqueceu currículo. No Atlético-MG, o Dorival Júnior é aquele que tem mais resultados importantes, que foram suas recentes passagens vitoriosas por Vasco da Gama e Santos.

É difícil distribuir todos estes “pesos” na balança. O certo é que esta Sul-Americana vai “pesar” muito para Avaí, Atlético-MG e Goiás.

O resultado disto tudo, só daqui a 11 dias, para conferir.

AL-Braço
AL-©haer 

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Adiamento...milagre?

Ainda não foi nesta rodada que o Meu Goiás carimbou o passaporte com seu visto B1. Visto de turista, pois neste Brasileirão de 2010, o Goiás parece que veio a passeio. Um verdadeiro passeio para os adversários.

É Futebol. E Futebol tem lógica, mas às vezes é inacreditável.

Pela lógica, o time do Goiás deve ir mesmo para a Série B. Mas, o inacreditável aconteceu hoje no Serra Dourada: veio jogar aqui o time do Vitória-BA, que mostrou um futebol inacreditavelmente inferior ao do Goiás, que não jogou absolutamente nada. De todas as partidas que vi neste ano, sem dúvida, esta partida entre Goiás e Vitória-BA foi a pior de todas. Nenhuma das equipes merecia vencer. A equipe visitante, porque veio a campo para não perder. E o Goiás, “mandante” (com menos de duas mil testemunhas), sem Tolói e sem Felipe – contundidos – sequer chutava em gol. Mais uma vez, “São” Harlei fez um milagrinho dos seus e salvou o que seria o gol do Vitória, na única vez que o time baiano chutou a gol com chances de marcar.

Já eram 30 minutos do segundo tempo, quando eu já contabilizava apenas um pontinho para o Goiás, pois tudo indicava que a partida terminaria 0 a 0, o que seria mais justo. Bernardo, que entrara no lugar de Jadílson, em jogada individual, avançou pelo meio e, ao invés de penetrar na grande área, resolve “plantar” e o zagueiro que o acompanhava “caiu na armadilha”: foi só encostar no Bernardo e este se jogou no solo; o árbitro marcou falta, que o mesmo Bernardo cobrou com perfeição, no ângulo, sem defesa, o que seria o gol da vitória do Goiás.

Os demais resultados contribuíram para que o Goiás ainda possa fazer contas. Além de deixar o time do Vitória a perigo, o Atlético-MG perdeu para o Inter, o Grêmio Prudente perdeu para o São Paulo, o Avaí empatou com o Flamengo e a vitória do Ceará sobre o Guarani manteve o time de Campinas mais vulnerável. Até a vitória (brilhante e inesperada) do Atlético Goianiense sobre o Corinthians – em pleno Pacaembu com mais de 20 mil “loucos” – com direito a pedido de demissão do técnico Adilson Batista foi boa para as pretensões do Goiás, porque o afastamento do Corinthians da primeira colocação e a turbulência que se instala no Timão, pode conduzir a uma situação em que, na última rodada, o Corinthians venha jogar contra o Goiás, sem chances de conquistar o título. Quem sabe, das 5 vitórias que o Goiás tem que conquistar, uma delas seja exatamente contra um Corinthians desmotivado. Ou seja, o torcedor mais otimista diria que faltam apenas 4 vitórias e dois empates em 8 partidas (desconsiderando a partida contra o Corinthians, que já seriam “favas contadas”).

E, de preferência, quais seriam estas 4 vitórias? Deveriam ser contra o Avaí e Grêmio (em casa) e contra Grêmio Barueri Prudente e Atlético-MG (fora). Convenhamos, não vai ser fácil vencer o Grêmio aqui no Serra Dourada (esse Jonas desembestou a marcar gols e a chorar), como não será nada fácil vencer o Atlético-MG lá, a não ser que o Galo Mineiro já esteja matematicamente clssificado para a Série B, pois o enfrentaremos na penúltima rodada.

E quais seriam os dois empates? Contra o Santos, aqui no Serra Dourada? Pouco provável. Ainda acho que o Santos vai “aprontar” para os times de cima da tabela. Contra o Fluminense, lá no Rio? Difícil. Sobraram Atlético-PR e Palmeiras, na casa deles. Empatar com o Palmeiras não é tão difícil assim. Mas enfrentar o Atlético-PR lá na “Bombonera tupiniquim” é complicado.

Se analisarmos friamente, um time que entra com o Wellington Saci com a “10” só pode estar de sacanagem com a minha paciência. Mas é Futebol. E, se não temos jogadores, pelo menos resta a esperança de que o Sobrenatural de Almeida entre em campo, como entrou hoje naquela falta que Bernardo converteu e nos demais resultados que foram favoráveis ao Goiás.

Fiz uma simulação e, apesar de que a primeira conta de 45 Pontos Ganhos livra uma equipe do rebaixamento, sem depender de outros resultados, podemos ver uma equipe se salvar com apenas 42 Pontos Ganhos. Ou seja, ao invés de faltar 17 Pontos Ganhos, pode ser que faltem apenas 14, que seriam 4 vitórias e 2 empates para o Goiás conseguir o milagre.

Milagre.

Só um milagre mesmo!

AL-Braço
AL-©haer 

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Crenças e Descrenças

Por ser Futebol, bem lá do fundo da minha paixão de torcedor, ainda fico na esperança de que – com uma série de combinações de resultados – o Meu Goiás possa se livrar do rebaixamento, apesar de ter a consciência de que o Goiás já não depende somente dele mesmo. Há de se torcer para que – por exemplo – Avaí e Vitória tenham um desempenho pior e que o Goiás busque (não sei de onde) forças para reagir. Ainda resta uma crença...

Mas, quando vejo um Rafael Moura em campo e quando vejo que um Wellington Saci é relacionado para o banco de reservas e acaba entrando “como opção” no segundo tempo, aí me dá uma descrença...

Caríssima Leitorcedora esmeraldina. Caríssimo Leitorcedor esmeraldino. A descrença é bem maior que a crença.

Se o Nosso Goiás se livrar do rebaixamento, vai ser obra do “Sobrenatural de Almeida” sacaneando com o Futebol.

No He-Man, o do castelo de Grayskull, dá para acreditar.
No Saci, o do folclore, dá para acreditar.

Mas em Rafael Moura e Wellington Saci, não acredito não!

Nem tanto! Aí seria demais!


AL-Braço
AL-©haer 

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A QUADRILHA QUE DERRUBOU ZICO

Caríssimas e Caríssimos,

O texto que publicamos a seguir (na íntegra) foi lido no seguinte endereço, acessado no dia 05/10/2010, às 11h03min:

http://flamplarn.blogspot.com/2010/10/delinquencia-servico-do-flamengo-os.html

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A QUADRILHA QUE DERRUBOU ZICO


Os delinqüentes que afastaram ZICO do comando do futebol rubro-negro — e com isso enterraram o único projeto sério, em trinta anos, de fazer do Flamengo um clube moderno e vencedor —, são gente com nome e sobrenome, e com dois temores muito claros.

O primeiro, de mais longo prazo, o medo do projeto do ZICO e de todo rubro-negro de bem de dar autonomia estatutária ao futebol. Implementado, tiraria o futebol das mãos incompetentes dos que, ao longo dos anos, não fizeram mais que locupletar-se às custas de nossa maior paixão, enquanto o Flamengo caminhava a passos largos para a irrelevância.

O segundo, muito mais imediato, o pânico à limpeza que ZICO vinha promovendo nas divisões de base, cortando as asas de empresários nefastos e de seus agentes internos — verdadeiros quinta-colunas, interessados muito menos na máxima em desuso de que “craque o Flamengo faz em casa”, e muito mais na regra vigente de que craque o Flamengo vende cedo, a preço camarada, para desfrute máximo de seus cartolas e benefício nenhum para clube e torcida.

Do primeiro temor trataremos oportunamente, eis que a discussão aí é muito mais filosófica, e tem a ver com a definição de quem é o dono do Flamengo, 5 mil sócios ou 40 milhões de torcedores. Basta, por ora, registrar a declaração ouvida há pouco nos corredores do clube, em apoio aos que apunhalaram o ZICO pelas costas:

“O Flamengo é dos sócios, será gerido pelos sócios, para os sócios e em benefício dos sócios. A torcida que se foda. Se os sócios decidirem que o futebol ficará em segundo plano, assim será feito.”

O segundo, no entanto, é o cerne da disputa que terminou com a recente demissão de nosso ídolo maior, num processo de fritura e intimidação que envolveu até ameaças de morte ao ZICO e a sua família. Dele participaram ou beneficiaram-se diretamente os senhores Hélio Ferraz, Leonardo Rabelo, Michel Levi, George Helal, Walter Oaquim e Leonardo Ribeiro. Nele permaneceu omissa, qual Pôncio Pilatos, a senhora Patrícia Amorim, que não teve a retidão e o caráter suficientes para escolher entre ZICO e a canalha que a elegeu.

É justa e santa a ira contra o sr. Leonardo Ribeiro, mas o repugnante Capitão Leo — escroque conhecido e de vasto prontuário — é apenas o elemento mais visível de uma quadrilha chefiada e integrada por gente muito mais graúda. Com capacidades e talentos reconhecidamente modestos, limita-se a intimidar, com seus camisas pardas, os que ousarem erguer a voz contra o esquema de pilhagem dos cofres rubro-negros, comandado hoje por Hélio Ferraz e Leo Rabelo. Também põe a serviço da quadrilha os conhecimentos contábeis que aprendeu com o ilibado Eduardo Vianna, na FERJ, aonde chegou apadrinhado por ninguém menos que Edmundo dos Santos Silva.

O verdadeiro capo mafioso, aqui, é Hélio Ferraz. Trata-se do mesmo incompetente de passagem absolutamente esquecível pela presidência do clube, logo após a débâcle de Edmundo dos Santos Silva. Os tempos duros, e a conseqüente redução das expectativas da torcida, permitiram a Helinho passar incólume pela presidência, sem chamar muita atenção para sua incompetência. Mas já era o mesmo Helinho que faliu um estaleiro, no começo dos 90, e que poucos anos antes despertara a nossa vergonha alheia com uma campanha absolutamente pueril para o Senado. O mesmo Helinho cujos escassos conhecimentos futebolísticos lhe permitiram dizer, com a cara mais séria do mundo, que seu grande ídolo no esporte era Marcelinho Carioca!

Pois foi Hélio Ferraz o avalista político da eleição de Patrícia Amorim. Foi Helinho quem lhe deu viabilidade política ao amarrar o rabo da ex-nadadora ao do empresário Leo Rabelo. Rabelo era o dono das divisões de base do Flamengo à época de Edmundo dos Santos Silva, quando contava com o pleno aval dos senhores George Helal e Walter Oaquim. Apadrinhado pelos dois, continuou locupletando-se no mandato do Sr. Hélio Ferraz, mas subitamente viu sua influência reduzir-se quando os dois caíram em desfavor, com a eleição de Márcio Braga. Saudosos de tempos mais gordos, Helinho, Rabelo, Helal e Oaquim viram na inconsistente Patrícia Amorim — sem conhecimento nem interesse algum no futebol — sua oportunidade de ouro para voltar a prosperar às custas do Flamengo. Asseguraram-se, para isso, de controlar, além da presidenta decorativa, o Conselho Fiscal do clube, onde puseram ninguém menos que o sr. Leonardo Ribeiro. (Esqueçam a conversa mole de que o Capitão Leo é oposição, uma vez que o cargo seria tradicionalmente da oposição: Leonardo Ribeiro há anos é assessor parlamentar e camisa parda de Patrícia Amorim na Câmara de Vereadores do Rio.)

Sob o comando dessa gente, as divisões de base passaram a ser nada mais do que uma vitrine onde o Sr. Leo Rabelo expunha seus produtos. Aí passaram a envergar o Manto Sagrado garotos sem nenhum vínculo empregatício ou federativo com o clube, atletas que tinham 100% do seu passe atrelado exclusivamente a Leo Rabelo e empresários amigos, e por cuja venda o clube não auferia um único centavo de benefício. Mais do que nunca e mais do que ninguém, os moralistas de palanque que bradam contra a “privatização” do futebol rubro-negro, que não reconhecem limites éticos ou legais na luta contra a autonomia do futebol, efetuaram sua própria privatização do setor mais estratégico do clube.

Os interesses da quadrilha não se limitam às divisões de base. Envolvem também os negócios escusos em torno dos ingressos, em parceria com a BWA. O esquema é o responsável pelo prodígio de os ingressos para jogos do Flamengo custarem, em média, R$ 15,00 a mais do que os dos rivais. Supervisa o esquema o sr. Eduardo Moraes, que atende por Vassoura e coincidentemente é genro do onipresente Hélio Ferraz. Mas quem efetivamente ordenhava essa vaca leiteira, até recentemente, era o Sr. Flávio Pereira, que até hoje desfruta injustamente do anonimato. Injustamente porque se trata de ninguém menos que o dirigente acusado de pedofilia, de corromper meninos das divisões de base (sempre as divisões de base!), flagrado por sócia do clube, em fevereiro, “acariciando ostensivamente o órgão sexual de um menino de dez anos”. Uma acusação decerto revoltante, mas incapaz de embrulhar o estômago da Srª Patrícia Amorim, em que pese o fato de nossa presidenta também ser mãe: a pedido de Helinho, Flávio Pereira continuou ocupando o cargo lucrativo para o qual fora nomeado, e somente foi exonerado quando o clamor público ameaçou tornar-se insuportável.

Foi esse o cenário com o qual o ZICO se deparou ao assumir o futebol rubro-negro, em 30 de maio passado, com projetos de autonomia e seriedade administrativa. Sua nomeação foi um gesto desesperado de uma presidenta acuada politicamente, que via sua gestão fazer água menos de seis meses depois de começar. O técnico Andrade e o vice de futebol, Marcos Braz — a dupla que, com mais acertos que erros, havia conquistado o hexacampeonato —, haviam sido demitidos em 23 de abril, depois de o time se classificar aos trancos e barrancos para a segunda fase da Libertadores. Com o time eliminado, em seguida, pela Universidade do Chile, Patrícia Amorim passou a temer o desfecho inglório do impeachment, nas mãos de uma oposição que começava a se estruturar e de aliados para quem a utilidade da presidenta se esgotara no momento mesmo em que lhes abriu os cofres da Gávea.

Assim foi que o Galinho voltou para casa cheio de ilusões e projetos ambiciosos, que exigiriam o apoio decidido da presidenta para concretizar-se. Para Patrícia, no entanto, ZICO era apenas uma cartada política de curto prazo, um gesto que daria tempo e fôlego a sua gestão inepta, um fusível a ser queimado na primeira oportunidade, quando a destruição do ídolo e mito lhe fosse politicamente conveniente.

Os primeiros atos de ZICO voltaram-se, justamente, para a moralização das divisões de base. Com a autoridade que ainda não fora minada por Patrícia Amorim, o Galinho pôs fim à farra de Leo Rabelo, da qual se beneficiava a máfia aqui identificada. Pôs no olho da rua todos os atletas que envergavam o Manto Sagrado sem vínculo federativo com o clube, atletas ali postos, como numa vitrine, por seu proprietário, Leo Rabelo, para valorizar-se e ser vendidos. Subitamente, nas divisões de base do Flamengo, deu-se essa coisa prodigiosa: só jogavam atletas do Flamengo, e a máfia comandada por Hélio Ferraz perdia ali seu negócio mais promissor.

Ato contínuo, a quadrilha passou a obstaculizar a gestão de ZICO de todos os modos, legais e ilegais, a seu alcance. Mobilizou, sobretudo, o vice-presidente financeiro, Michel Levi, e o presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro, que passaram a entravar toda e qualquer contratação encaminhada por Zico. Diogo e David, contactados muito antes, só puderam ser legalizados na véspera de expirar-se o prazo final, imposto pela CBF. ZICO reagiu, assinalando o óbvio: que um clube de futebol que pretenda ser exitoso não pode funcionar nessas bases, e o departamento de futebol precisa de autonomia administrativa e financeira. Foi a gota d’água para a quadrilha: declarou-se guerra aberta a ZICO. Começaram a circular boatos infundados, jamais comprovados, sobre a atuação de seus filhos em contratações, prontamente reproduzidos por canalhas menores da imprensa. Leonardo Ribeiro, bandido conhecido, não hesitou mesmo em ameaçar de morte o nosso ídolo maior e sua família.

Patrícia Amorim omitiu-se o quanto pôde. Fez que não era com ela enquanto lhe foi possível. Diante, no entanto, do ultimato da quadrilha que a elegeu e lhe dava sustentação, não teve um segundo de dúvida: ficou com a quadrilha, contra o ZICO. Encerrou-se assim, em 30 de setembro, a gestão de ZICO à frente do futebol.

Em quatro meses de gestão, ZICO, que afinal de contas é humano, terá cometido acertos e erros. Deixemos aos canalhas menores da imprensa esportiva o exercício indigno de enumerar os segundos, reproduzindo, como se dignas de consideração fossem, as barbaridades que hoje bosteja qualquer Capitão Leo. Aqui importa apenas registrar que, naquelas questões que mais dizem respeito à construção de um Flamengo forte, soberano e hegemônico — questões como a autonomia do futebol profissional e a reconstrução das divisões de base —, ZICO esteve sempre do lado certo, sempre com a visão clara e as intenções puras.

Para quem tinha olhos de ver, ZICO clamava há muito pelo apoio decidido de Patrícia Amorim. Atacado, cada vez mais publicamente, pela máfia que elegeu Patrícia, nosso ídolo maior precisava que, ao menos uma única vez em sua carreira política sem brilho, Patrícia Amorim se posicionasse claramente em favor de um grupo e contrariamente a outro. O Galinho aceitara o cargo, afinal de contas, porque confiava na capacidade da presidenta de, chegado o momento, comprar as brigas certas, e por elas arriscar-se a desagradar grupos poderosos, que há muito entravam o progresso do Flamengo.

ZICO obviamente se equivocou quanto à integridade e à coragem de Patrícia Amorim, que ao fim e ao cabo nunca foi mais que uma politiqueira vulgar — um desses sobreviventes talentosos apenas na arte de estar bem com todo o mundo, que passam pela vida política sem a consideração de legar-nos uma única idéia nova, um único projeto original. Já desvencilhada do ZICO, aparece agora, com a cara lavada habitual, fazendo promessas vagas de levar adiante o projeto da autonomia do futebol, sem no entanto romper com os elementos criminosos que, para matar uma idéia assim no nascedouro, foram capazes de atirar lama até mesmo no nome santo do maior ídolo da história rubro-negra.

Patrícia Amorim obviamente passará, a menos que os sócios de hoje decidam abrir mão de qualquer aspiração à grandeza, e transformem o Flamengo num clube meramente social. Excetuada essa hipótese, Patrícia é pequena demais, inconsistente demais, incompetente demais para a tarefa maiúscula de gerir os destinos da maior paixão de 40 milhões de brasileiros. Patrícia passará, mas o câncer que atrás dela se esconde — Helinhos, Oaquins, Levis, Helais, Rabelos e quantos capitães ou sargentos empregarem — precisa ser extirpado, se queremos voltar a ser grandes.

A grandeza começa por respeitar a nossa própria história, por respeitar o nome, a memória e a imagem de nossos ídolos e heróis. Passa por não transigir jamais com quem pretenda diminuir um ZICO para agarrar-se a uma boquinha, por não compactuar com quem se sinta no direito de julgar o rubro-negrismo de ninguém menos que Artur Antunes Coimbra. E começará a ser resgatada no dia em que os sócios escorraçarem da Gávea, para todo o sempre, personagens nefastos como Hélio Ferraz, Michel Levi, Leo Rabelo, George Helal, Walter Oaquim e Leonardo Ribeiro.

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AL-Braço
AL-©haer 


pós-pôsti: em entrevista ao vivo no Programa Bate-bola 1a. Edição (espn-Brasil), em 05/10/2010, Zico afirmou que NEM ELE, NEM NINGUÉM DE SUA FAMÍLIA sofreu ameaças de morte.

sábado, 2 de outubro de 2010

Esta Derrota Doeu !!!

ZICO, sempre 10 X 171 um tal de Léo "Capitão" DE MERDA

Não se pode errar

O Meu Goiás chegou numa situação em que não se pode errar. Sabemos que em todas partidas, jogadores vão errar, uns mais, outros menos. Há erros que apenas “assustam”. Há erros que resultam em gols para o adversário. Sempre ocorrem erros dos dois lados.

Os otimistas preferem enxergar mais os acertos do que os erros. Assim o Futebol fica mais bonito, mais charmoso. Há outros que vaticinam que se não houvesse erro, o jogo terminaria 0 a 0.

Na partida contra o Vasco lá em São Januário, apesar de que vitória não se conquista antes da partida, muitos apontavam o time do Vasco como favorito, porque o adversário era o Goiás e – também – porque o Vasco vinha embalado pela vitória sobre o Santos.

Mas o que eu vi foi o time do Goiás muito bem postado, defensivamente, como era esperado. Entrou no esquema 3-6-1, apenas com o Felipe lá na frente. Gostei muito do jogador Jones. É um jogador forte, conduz bem a bola e não treme.

A partida desenhava o óbvio: o Vasco buscando a vitória e o Goiás se defendendo, tentando encaixar contra-ataques.

No primeiro tempo, o Vasco não conseguiu traduzir em gol a superioridade territorial em campo, com destaque para “São Harlei”, que salvava o Goiás, com seus milagres habituais. Em consequência de uma falha de marcação, Felipe recebeu uma bola de frente para o gol e abriu o placar. O Vasco empataria, noutra falha em que a defesa do Goiás ficou em linha, permitindo a penetração de Éder Luis, que recebendo um belo passe do Zé Roberto, marcou. Mas foi o Goiás a equipe mais eficiente. Numa roubada de bola, o zagueiro Valmir Lucas avança e coloca Jones em condição de marcar. O primeiro tempo terminada 2 a 1 para o Goiás, o que era uma surpresa, para muitos.

No segundo tempo, nada mudou. O Goiás defendia e o time do Vasco errava muito lá na frente. Até que aconteceu um erro da defesa do Goiás, o que mudaria a partida. Valmir Lucas errou o tempo da bola, quase tocando a bola com a mão, dentro da pequena área. A bola resvalou em sua barriga e sobrou fácil para Max bater forte, sem chances de defesa para Harlei. Este gol abateu a equipe do Goiás, aliado ao fato de que a partida caminhava para aquele período em que o time do Goiás apresenta cansaço, devido ao mau condicionamento físico da maioria de seus atletas.

Ainda teríamos pela frente cerca de 30 minutos de partida e o que eu esperava era que o Goiás conseguisse voltar de lá com o empate. O time do Vasco continuava errando lá na frente, mas sabíamos que, quem marcasse um gol venceria a partida e era o time do Vasco que estava mais perto da vitória.

E aconteceu o erro fatal. Bola cruzada pela direita, a bola passou entre as pernas do Marcão. Zé Roberto, rápido, girou para cima do Amaral e de canhota, chutou forte, no alto, indefensável.

Foi um jogo em que o Vasco errou muito no ataque, mas foram os erros da defesa do Goiás que definiram a vitória em favor do Vasco.

O que era para ser um resultado normal, acabou sendo um resultado péssimo para o Goiás, pela situação em que se encontra na tabela e pelo fato de estar vencendo a partida por duas vezes, permitindo a virada final do adversário.

O Goiás não pode se dar ao luxo de errar. Mas, além das limitações técnicas e físicas da equipe, a pressão para se livrar do rebaixamento exige muito do controle emocional, o que “convida” ao erro.

A cada rodada que passa, o Goiás tem menos tempo para errar e esta equação (com cinco variáveis dependentes: tempo, erros, controle emocional, limitação técnica e preparo físico ruim) começa a se mostrar muito difícil de resolver.

AL-Braço
AL-©haer