(poesia visuAL / "A Tática: Futebol" / Série "Futebol em Movimento")

( poesia visual / "Copa do Mundo" / Série "Futebol em Movimento" )

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

VERDÃO x verdinho

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Apesar de que nenhuma das equipes jogou de verde (o Palmeiras, de azul; o Goiás de branco), o resultado de 4 a 0 foi normal, pois do lado dos vitoriosos estava um time grande - Palmeiras, VERDÃO -, enquanto que, do lado dos derrotados, um time pequeno, sem comando - Goiás, verdinho.

Tivemos dois tempos distintos. O primeiro, que terminou 0 a 0, mostrou um equilíbrio entre as equipes. Chances de gol para ambos os times, com destaque para Léo Lima, pelo Goiás e Diego Sousa, pelo Palmeiras. O segundo tempo foi um tempo de um time só. Só o Palmeiras jogou. O Goiás teve um lampejo de reação, quando estava 1 a 0 para o Palmeiras, com a entrada do Douglas (que, na minha opinião, deveria ter entrado de titular). Algumas jogadas eram construídas pelo setor direito do ataque do Goiás, mas não houve tempo para o Goiás igualar o marcador, pois, logo em seguida, o Palmeiras ampliava para 2 a 0.

A diferença estava no intervalo.

De um lado, Muricy Ramalho. Para o segundo tempo, Muricy adiantou seu sistema defensivo e corrigiu uma falha do primeiro tempo, quando o Palmeiras, mais recuado e cuidadoso, deixava o meio de campo do Goiás livre para conduzir a bola. Desta forma, o Palmeiras passou a pressionar mais no meio campo, ganhando as divididas, empurrando o Goiás para seu campo. O Goiás, sem alternativas (Valmir Lucas pela ala direita, sentiu a pressão, enquanto que Júlio César, pela ala esquerda, tem rendido muito aquém de suas possibilidades) passou a rifar a bola para o miolo de ataque, na tentativa de alguma jogada individual de Iarley e Fernandão, mas a bola chegava “na fogueira” e era facilmente recuperada pela equipe do Palmeiras.

Do outro lado, Hélio dos Anjos, que nada fez para modificar a maneira como o Goiás jogava, mostrou que estava satisfeito com o que estava acontecendo, ou que a melhor opção de escalação era aquela que iniciou a partida. Ou melhor, revelou que perdeu totalmente o comando da equipe, pois o time não consegue mais manter um padrão de jogo durante os 90 minutos.

Hélio dos Anjos entrou com um esquema 4-4-2. Um esquema em que o Goiás não está treinado. O esquema 4-4-2 funciona com dois volantes de ofício e dois meias. Hélio dos anjos entrou com Amaral, Fernando, Léo Lima, Romerito. No papel, Amaral e Fernando deveriam proteger a zaga (e a subida – alternada – dos laterais), enquanto que Léo Lima e Romerito ficariam com a função de executar a ligação com os atacantes. Mas, em campo, nada disto aconteceu. Amaral e Romerito não conseguiam realizar a função, por pura falta de treinamento. Não guardavam posição. Isto sobrecarregou Fernando e Léo Lima. No primeiro tempo, este fator não trouxe piores consequências, porque o Palmeiras estava com um esquema 3-5-2, mais atento com a marcação de Fernandão e Iarley. Mas, no segundo tempo, bastou o Muricy Ramalho avançar um pouco a sua zaga para – numericamente e com mais qualidade técnica - superar o meio de campo do Goiás e construir a excelente vitória que traz o Palmeiras de volta à liderança, dependendo apenas de si mesmo para conquistar o título.

Bem, caríssima Esmeraldina, caríssimo Esmeraldino, o pior de tudo não é sofrer uma goleada (quando o time adversário teve todos os méritos para obtê-la). O pior de tudo não é ver o nosso time jogar de igual para igual no primeiro tempo e voltar para o segundo tempo totalmente apático e sem poder de reação. O pior de tudo não é ver o nosso treinador sem o mínimo controle da equipe.

O pior de tudo é ver um jogador marcar 3 gols no nosso time e dar um passe de calcanhar para o quarto gol deles.

O pior de tudo é saber que esse jogador estava havia 68 dias sem marcar gol.

O pior de tudo é que esse jogador é o Obina.

Ressuscitar Botafogo e Fluminense...vá lá!

Mas renascer o Obina...

...aí você “pulou o córguinho”, meu verdinho!


AL-Braço
AL-©haer

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Mais uma derrota...

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Eu desconfiava – em “pôsti” anterior - que o Meu Goiás não venceria o Fluminense, aqui no Serra Dourada.

Para minha surpresa, com apenas 5 minutos o Goiás já fazia o primeiro e, aos 16, ampliava para 2 a 0, com Romerito de titular (Fernandão começou no banco) movimentando-se bastante e Vitor correndo muito, ao contrário das últimas partidas. Vitor chegou a reeditar seus ótimos momentos em jogadas de linha de fundo com cruzamentos certeiros, como foi no segundo gol, que Romerito fez de cabeça.

Horário de Verão, com calor das 15 horas...pensei, esse time do Fluminense vai tentar sair para o jogo, mas não vai aguentar, nem o calor, nem os contra-ataques do Goiás.

Achei que a vitória viria fácil e que o Goiás daria uma contribuição ao Futebol Brasileiro, que seria “despachar de vez” o Fluminense para a Série B, pois, “matematicamente” um resultado que não fosse uma derrota do Fluminense aqui no Serra Dourada, ainda mantinha as chances deste sofrível time das Laranjeiras de se safar do rebaixamento.

Digo que seria uma contribuição ao Futebol Brasileiro, pois o Futebol Carioca, com exceção do Flamengo, há anos não tem montado equipes competitivas nacionalmente, não justificando em campo a tradição, a história e a força da imensa torcida destes times espalhada por este Brasilzão imenso. O Vasco está voltando para a Série A, mas – convenhamos – não cabem mais de duas equipes do Futebol Carioca na Série A do Brasileirão.

Queria muito que o Goiás tivesse vencido o Botafogo e o Fluminense aqui no Serra Dourada, de forma convincente, principalmente depois de termos goleado estes times lá no campo deles, no primeiro turno. Queria que o Goiás “empurrasse” mais ainda estes times para a Série B. O Goiás perdeu do Botafogo e empatou com o Fluminense. Fiquei com vergonha.

A “derrota” de que falo é uma “derrota” que – ironicamente – começou quando o Goiás era a “sensação” do campeonato, com reais chances de lutar pelo título, demonstradas até então pela performance em campo de um time sólido e obediente no seu esquema tático eficiente. Com a chegada do Fernandão, o que era para ser uma demonstração de força e poderio de um time que chegava para disputar o título (com chances reais, repito, naquela época), passou a ser um pesadelo em todos os sentidos: ninguém estava preparado para a chegada do Fernandão, nem a Comissão Técnica, nem os demais jogadores.

Se fosse um Hospital, todos os profissionais ganhariam com a chegada de um Médico com um curriculum extenso de uma vasta experiência profissional.

Se fosse uma empresa de Engenharia, todos os profissionais ganhariam com a chegada de um Engenheiro com seu conhecimento técnico e sua competência adquirida no exercício da profissão.
Deixo para os Leitorcedores estabelecerem outros exemplos...

Mas a “empresa” que estamos falando é a do Futebol. E, no caso específico do Meu Goiás, a falha foi administrativa: falhou-se em administrar a possibilidade de se lutar por um título, falhou-se em administrar variações táticas necessárias num campeonato longo, falhou-se em administrar os holofotes da mídia, falhou-se em administrar a capacidade dos jogadores de serem vencedores.

Devemos eximir a Diretoria e Comissão Técnica de parte das falhas, pois eles – efetivamente – não entram em campo.

Alguns jogadores “entram em campo”, mas a gente não sabe se estão com a mesma vontade da Diretoria, do Técnico e da Torcida.

Às vezes fico pensando que alguns jogadores do Meu Goiás estão com aquela vontade de perdedores. Mas eles se disfarçam tão bem, que parece que eles se revezam, só de sacanagem. Para a gente ficar sem entender e “debitar a conta” naquela máxima de que Futebol é Futebol é Futebol é Futebol.

E que no Futebol “tudo pode acontecer” (olha as frases aí de novo!).

Eles (os jogadores) venceram.

Há três “futebóis” (acabei de inventar o plural, anotai ô Houaiss!!!): um na cabeça do Torcedor, outro na cabeça do Treinador e mais um – o verdadeiro, o real – na cabeça dos jogadores.

Na minha cabeça, vejo o meu time com um Futebol de perdedor. Foi esse empate com o Fluminense.

Que vergonha!


AL-Braço
AL-©haer

domingo, 25 de outubro de 2009

Será que os jogadores do ACG querem a Série A?

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Andei um tempo sem escrever sobre o Atlético Clube Goianiense. Cheguei a fazer uma análise do elenco do ACG, na época em que o time estava muito bem (final do primeiro turno), tentando explicar o êxito daquela equipe, que eu tinha como certo o acesso à Série A. Pensava que seria uma questão de tempo e que, a cada partida do segundo turno, tanto o Atlético, quanto o Vasco caminhariam com folga e, restava saber quem seria o Campeão.

Mas, eis que a “Locomotiva” começou a diminuir suas forças e, bastou meio segundo turno para o ACG sair do G4. Foi aí que eu, indignado (pois torço para o ACG conseguir o acesso), parei de “perder meu tempo” com um time, que eu pensei que reeditaria a “palhaçada” e o “papelão” protagonizado naquela Série C de 2007, quando o ACG não subiu para a Série B, perdendo aquela partida para o Barras do Piauí.

Mas Futebol é engraçado. Ficou parecendo que “alguns” jogadores (quantos? não sei...) provaram em campo que poderiam levar o ACG à Série A, mas que não queriam mais seguir neste caminho. Preguiça? Incompetência? Cansaço? Falta de estímulo? Falta de Futebol na hora de decidir? Falta de “dinheiro”? Falta de VERGONHA? Ou, será que foram os outros times que se acertaram ao longo do campeonato e igualaram, até ultrapassar o ACG?

O que eu sei é que, depois de os jogadores “jogarem fora” a possibilidade de acesso à Série A, os Deuses do Futebol resolveram devolver à Torcida do ACG uma grande chance de triunfo nesta reta final.

Todos os demais resultados nestas duas últimas rodadas “caíram do céu” e o ACG está de volta à quarta colocação com 5 pontos de vantagem sobre o quinto colocado, que é o Figueirense, que vem de duas derrotas seguidas. A Portuguesa perdeu para o América de Natal. Lá. De goleada (0 a 4). Nem se os “manda-chuva” entrarem no vestiário, novamente, de revólver na mão, acho que – depois desta – acabou a festa para eles.

A vitória do ACG – com sobra! – sobre o Brasiliense (5 a 1) aqui no Serra Dourada foi importante, porque traz de volta ao Torcedor do ACG a esperança de que a “Locomotiva” retome o embalo.

Eu gostaria de afirmar que o ACG está na Série A. Mas, ainda tenho minhas dúvidas. Apesar de que parece que os Deuses do Futebol querem o ACG na Série A, temo que “forças ocultas” ainda conspirarão para que mais um time paulista consiga o acesso, além do Guarani. Achava que seria a Portuguesa a “escolhida”. Mas, mesmo que a Ponte Preta esteja atrás de Figueirense e Portuguesa, fico pensando se não seria a Ponte Preta a última tentativa. Já pensou o que seria para a Cidade de Campinas ter duas equipes na Série A de 2010?

Mas o mais importante é saber se os jogadores do ACG estão querendo a Série A. Até o final do primeiro turno, eu confiava nisto. Contudo, mesmo depois desta vitória contra o Brasiliense, continuo desconfiando.

De tudo. É Futebol, né?


AL-Braço
AL-©haer

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Fazendo contas...

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Será que, com os atuais 46PG, faltando 8 rodadas (24 pontos possíveis), ainda há probabilidade de rebaixamento para o Goiás?
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Não. Eu não tô brincando não, Caríssima Leitorcedora, Caríssimo Leitorcedor.
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Se tem alguém que "tá brincando" é o Meu Goiás.
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Minhas queridas Esmeraldinas, meus companheiros Esmeraldinos, a continuar assim, ESSE TIME VAI GANHAR DE QUEM?
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Do Fluminense?!
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Sei não.
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AL-Braço
AL-©haer
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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Na hora de decidir

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Se analisarmos cada tempo do jogo separadamente, o empate entre Goiás e Sport, aqui no Serra Dourada, foi justo, porque o Sport foi melhor no primeiro tempo, enquanto que no segundo tempo, o Goiás foi melhor.

Contudo, a tônica desta partida foi a ansiedade das duas equipes. O Goiás lutando por uma vaga no G4 e o Sport lutando para sair da lanterna do campeonato. Apesar de que – incomparavelmente – a situação do Goiás é mais confortável, vê-se que, apesar de que o campeonato seja por pontos corridos, poucas equipes se mostram com capacidade “de decisão”, quando são exigidas.

O Sport teve chances de abrir – no mínimo – dois gols de vantagem no primeiro tempo. O Goiás teve chances de fazer o mesmo em grande parte do segundo tempo. Mas, a falta de equilíbrio emocional (aliado ao campeonato longo e desgastante) faz com que poucas equipes consigam manter uma regularidade positiva.

E não se pode comparar as equipes apenas pela posição da tabela. Vejam só, o Náutico enfiou três no líder Palmeiras. E o Goiás, que há poucos dias fez uma partida sem defeitos contra o Corinthians (vencendo por goleada lá em São Paulo), não conseguiu vencer o Sport, aqui no Serra Dourada. É engraçado o Futebol. Se o Goiás tivesse empatado lá contra o Corinthians e vencido o Sport aqui no Serra Dourada, teríamos os mesmos 4 pontos conquistados e não estaríamos nos queixando deste empate contra o Sport.

Contudo, não se pode analisar este empate entre Goiás e Sport apenas pelo que produziram as duas equipes nesta partida. Em campeonato por “pontos corridos”, todas as equipes trazem consigo toda uma trajetória de partidas anteriores. Tanto o Goiás, quanto o Sport, chegaram para esta partida com duas dificuldades parecidas em posições distintas: o Goiás com dificuldade em se manter nas primeiras posições e o Sport com dificuldade em sair das últimas posições.

Na hora de decidir (se o Goiás tem forças para disputar uma vaga para a Libertadores; se o Sport tem forças para sair da zona de rebaixamento), o que se viu foram duas equipes que nos levam a concluir que não conseguirão avançar muito nesta reta final.

Já falamos que, em campeonato por pontos corridos, toda partida é uma decisão. É verdade. Nesta “decisão contínua”, parece que nem o Goiás vai se manter no G4, e nem o Sport vai se livrar do rebaixamento.

O resumo da ópera é que a chegada do Fernandão trouxe mais problemas do que solução. Particularmente, gosto muito do Futebol do Fernandão e o fato de ele ser “de casa”, “prata-da-casa” traz mais satisfação, por vermos um campeão do mundo voltar a jogar na equipe que o formou. A sua contratação foi merecedora de toda a repercussão que teve na imprensa nacional. O Goiás se mostrou “forte” ao conseguir trazê-lo, quando várias equipes (de maior tradição) concorriam na tentativa de contratá-lo. A torcida se animou e passou a acreditar “na estrela dourada”. Tudo muito justo, afinal, o Goiás era a sensação do Brasileirão e a vinda do Fernandão pontencializava mais ainda o Goiás como um dos favoritos até ao Título.

Contudo, o que vimos até agora é que o Goiás não estava preparado para ter um “Fernandão” na equipe, o Fernandão não estava preparado para jogar no esquema do Goiás, o Hélio dos Anjos não estava preparado para conseguir aproveitar o potencial do Fernandão, ajustando taticamente a equipe e, os demais jogadores do Goiás não estavam preparados para jogar com o Fernandão.

Resumindo: o Goiás não estava preparado para disputar o Título e, talvez, não esteja preparado nem para buscar uma vaga para a Libertadores.

E, há de se estar preparado para decidir em todas as partidas de um campeonato por “pontos corridos”.

Na hora de decidir, o Meu Verdão amarelou.


AL-Braço
AL-©haer
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(este "pôsti" é dedicado ao Leitorcedor Fábio Almeida)
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Cadê o Futebol do Goiás ?

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Nova derrota, agora para o Cruzeiro, de goleada lá no Mineirão. Até aí, tudo bem, porque não é um resultado anormal perder para o Cruzeiro lá. O problema é que o Goiás foi irreconhecível, nesta partida.

A proposta era começar o jogo fechadinho lá atrás, no esquema 3-6-1. Correto. Assim como no Serra Dourada, o Mineirão tem um campo com as dimensões máximas, o que permite jogadas de contra-ataque. Era de se esperar que o Goiás produzisse algumas boas jogadas de contra-ataque, mas o que se viu foi um excesso de passes errados, principalmente no primeiro tempo, com o Cruzeiro massacrando o Goiás, o São Harlei fazendo uns três milagres, Vitor e Júlio César não subiam ao ataque e, as estatísticas do primeiro tempo mostravam uns 10 chutes a gol para o Cruzeiro e nenhum (EU DISSE NENHUM!) chute a gol pelo Goiás.

O primeiro tempo terminou 0 a 0, o que foi um lucro enorme para o Goiás.

Veio o segundo tempo e, aos 4 minutos já estava 2 a 0 para o Cruzeiro. Convenhamos, com o volume de jogo que o Cruzeiro apresentou no primeiro tempo e com a apatia do Goiás, estes dois gols fizeram justiça à superioridade do Cruzeiro. Mas, dói ver o nosso time levar dois gols em um período de 2 minutos.

Logo em seguida, Leandro Euzébio foi expulso. Fez uma falta feia: merecidamente expulso. Apesar de que nas últimas 15 partidas, o Goiás teve 11 jogadores expulsos, nesta partida contra o Cruzeiro, a expulsão de um jogador não teve influência no resultado, pois foi com o onze em campo que o Goiás perdeu esta partida.

O terceiro gol do Cruzeiro foi conseqüência de uma falha grotesca do Amaral, que estava improvisado na zaga, no lugar do João Paulo.

Parece que o Hélio dos Anjos andou lendo este Blog, porque, assim que Leandro Euzébio foi expulso, o nosso técnico colocou o Henrique, para recompor a zaga de três. O erro, na minha opinião foi a retirada do Léo Lima. Quem tinha que sair era o Fernandão, que não “entrou em campo” nesta partida.

Já com 3 a 0, o Cruzeiro notadamente diminuiu o ritmo e a partida, que era praticamente de um único time jogando, passou a dar sono. A defesa do Goiás até que conseguia neutralizar os poucos ataques do Cruzeiro, depois da vantagem estabelecida, mas rifava a bola para o Iarley, que foi muito bem marcado pelos zagueiros adversários.

Finalmente, faltando uns 15 minutos para terminar a partida, Fernandão foi substituído pelo Romerito, que fez sua parte, combatendo na defesa e conduzindo melhor a bola, que estava sendo muito maltratada pela equipe do Goiás. Aos 35 min, entra o Felipe no lugar do Iarley. Em pouco tempo, Felipe conseguiu se movimentar bem no ataque, livrando-se da marcação, criando opções para as jogadas de Romerito. Numa delas, uma falta, que Felipe bateu com força e precisão. Fábio fez uma difícil defesa e, no rebote, quase que Romerito diminui.

Foi o único lance de chute a gol do Goiás em toda a partida. O que é muito pouco para uma equipe que está disputando uma vaga para a Libertadores.

Nesta partida contra o Cruzeiro, vimos que o Futebol do Goiás estava no gol (se não fosse o São Harlei, a derrota seria humilhante), estava no banco (Felipe e Romerito, que jogaram pouco tempo) e está lá no Mundial SUB-20, pois Rafael Tolói e Douglas estão jogando muito lá na Seleção. Até o Léo Lima, que tem mantido uma regularidade de boas atuações, jogou muito abaixo do que pode render.

Futebol é engraçado. Dias atrás eu acreditava no título. Com o Futebol que o Goiás apresentou contra o Cruzeiro, começo a duvidar de uma classificação para a Libertadores.

Paciência.

Muita!


AL-Braço
AL-©haer

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Uma derrota anunciada

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A derrota de ontem do Goiás para o Botafogo não deve apenas ser analisada pelo jogo em si. Não. A derrota para o Botafogo começou no jogo de ida das oitavas da Sulamericana, lá no Paraguai, contra o Cerro Portenho.

A estratégia de poupar jogadores na partida de ida contra o Cerro foi acertada. Mas a equipe jogou muito mal. Perdeu de 2 a 0 (no segundo gol, o atacante cabeceou sem marcação). Viagem. Jogo na quinta-feira. Volta nas vésperas do confronto contra o Grêmio.

Veio a partida contra o Grêmio, aqui no Serra Dourada. O Goiás, mesmo não jogando um futebol brilhante, venceu. De virada. Apesar de que se a partida terminasse empatada, não teria sido um resultado injusto, pelo que Grêmio e Goiás produziram, debaixo de um calorão de 35 graus às 16 horas.

Na quinta-feira passada, o Goiás fez a partida de volta contra o Cerro Portenho, aqui no Serra Dourada. A Diretoria baixou o preço dos ingressos pela metade. A torcida compareceu. Hélio dos Anjos resolve – então – colocar em campo o “quadrado mágico”: Léo Lima, Fernandão, Iarley e Felipe. Estava clara a intenção de reverter a vantagem do Cerro Portenho.

O primeiro gol do Goiás demorou a sair: Felipe, no final do primeiro tempo. Eis que Éverton é expulso. O que fez o Hélio dos Anjos? Liberou as subidas do zagueiro João Paulo e a defesa passou a jogar com dois, apenas. João Paulo passou a fazer a função de Éverton, como volante, mas com características mais ofensivas, ocupando a região direita do ataque do Goiás. Surtiu efeito, pois era mais um fazendo pressão sobre a equipe Paraguaia. Mas, a zaga estava apenas com dois. E, com apenas dois, a zaga do Goiás fica perdida. Aos 23 min do segundo tempo, o Goiás, mesmo com um jogador a menos, já tinha perdido algumas chances de gol. Numa boa jogada pela direita, o jogador do Cerro cruza para o meio da área, onde nossa defesa estava mal colocada. Resultado: o atacante do Cerro entra livre na área e bate de primeira para empatar. Quase tinha empatado em jogada anterior.

A partir daí, nós vimos a fragilidade do time do Cerro Portenho que, mesmo com um jogador a mais, recuou, permitindo a pressão do Goiás. Foi bonito. Foi. A torcida foi junto com o time. O time foi junto com a torcida. Todo mundo esqueceu que o campo estava pesado e o Goiás marcou mais dois gols, tendo tempo de marcar o quarto, que daria a classificação ao Goiás. A nossa defesa ainda passaria mais um susto na gente. Num dos poucos ataques do Cerro, no segundo tempo, o jogador entrou sozinho, frente a frente do Harlei, teve tempo de escolher como bater, bateu por cima, com a bola carimbando o travessão.

Faltou um golziho. O time lutou. A torcida aplaudiu. E o saldo foi a frustrante desclassificação com uma bela vitória, o cansaço e uma contusão do Fernandão.

Chegamos, então, para enfrentar o Botafogo, aqui no Serra. Olhando apenas a posição de cada time na tabela de classificação, parecia que a vitória do Goiás seria uma questão de tempo. Passamos o primeiro tempo, sem conseguir marcar um golzinho sequer. E, para complicar, João Paulo foi expulso (justamente), ao final do primeiro tempo.

Mas o detalhe desta partida foi o seguinte: do lado de lá não estava o Cerro Portenho. Era o Botafogo, que precisava ganhar para melhorar sua posição, mesmo que ainda ficasse na zona do rebaixamento. Do nosso lado, Hélio dos Anjos achou que daria para virar a partida, mantendo apenas dois zagueiros.

Então, o Botafogo venceu a partida por três motivos:

1. Estevam Soares colocou fôlego novo com um atacante no buraco deixado pelo João Paulo;
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2. Hélio dos Anjos ainda não se deu conta da “maldição dos dois zagueiros”;
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3. O time do Goiás – cansado – não conseguiu reproduzir contra o Botafogo a pressão que tinha feito sobre o Cerro Portenho, no segundo tempo.

Não estou me agarrando no “SE”. Mas, vamos lá”: “SE” o Hélio dos Anjos tivesse recomposto a nossa zaga com um terceiro zagueiro, tirando um atacante, não teríamos levado três gols, da maneira como foram estes gols.

Sem dúvida, nesta partida, o técnico do Botafogo – Estevam Soares – viu o que o Hélio dos Anjos não viu. Que o Goiás não “sabe” jogar com dois zagueiros. E o Botafogo só não marcou o quarto gol, porque o São Harlei defendeu um pênalti.

A derrota para o Botafogo estava anunciada, pelo desgaste físico do Goiás. Isto todos nós já sabíamos, que o Goiás sentiria o cansaço.

Mas, durante a partida, na modificação que o Estevam Soares fez, colocando o atacante Jobson (no lugar do apagado Reinaldo) para jogar nos espaços vazios deixados pela expulsão do João Paulo e, com o Júlio César tendo que pegar o ônibus para voltar das subidas ao ataque, o técnico do Botafogo anunciou que venceria a partida por ali.

Estevam Soares anunciou. Mas o Hélio dos Anjos, preocupado com a arbitragem, não leu estes “classificados” que estavam estampados ali na sua frente.

Não há o que inventar: o esquema vitorioso do Goiás começa com 3. Três zagueiros. Com dois zagueiros é derrota anunciada.

AL-Braço
AL-©haer

pêésse: para não bastar, o meu amigo Prof. Gerson Arantes, esmeraldino, na quinta-feira passada já anunciava a síndrome “pfizeriana”. O Goiás é o “Viagra Verde”: useiro e vezeiro em ressuscitar o morto lá em baixo. O Botafogo foi o defunto da vez.