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domingo, 30 de agosto de 2009

"Um Goiás" e "Outro Goiás"

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Estamos diante de um probleminha, cuja missão de resolvê-lo é do Hélio dos Anjos.

Um desafio!

O desafio é o seguinte e vamos colocá-lo utilizando-nos dos princípios da Metodologia Científica:


1. Revisão Bibliográfica

Há “um Goiás” sem o Fernandão.

2. O Problema a ser resolvido

Ainda não temos “um Goiás” com o Fernandão.

3. Hipótese

Conseguirá o Hélio dos Anjos montar uma equipe competitiva com Fernandão? Como seria este “outro Goiás”?

4. Tese

Considerando que o esquema 3-6-1, com variações para 3-5-2, tem sido eficiente e eficaz, o talento e a experiência de Fernandão deve servir para a manutenção deste esquema tático.

5. Antítese

Esse “outro Goiás” seria uma equipe num esquema 4-4-2?

6. Corolário

Não há tempo hábil para se montar “outro Goiás”, com um novo esquema tático, que contemple as características do Fernandão.

7. Antecendentes:

Voltando à partida contra o Santos, vimos que o Hélio dos Anjos colocou o Fernandão, no segundo tempo, no lugar do Leo Lima. O Goiás vencia por 2 a 1, mas o Santos cresceu após a entrada de Fernandão. Sem mistério: Fernandão, ainda fora de ritmo de jogo e um campo muito pesado, pela chuva.

A surpresa foi a entrada de Fernandão no lugar de Leo Lima. E a conclusão era de que Hélio dos Anjos não abriria mão dos dois volantes de ofício, para a entrada de Fernandão.

Veio a partida contra o Atlético-MG, pela Sulamericana e, um susto: Fernandão viajou com a equipe, mas não ficou nem no banco de reservas. Era uma partida para o Fernandão ganhar mais ritmo de jogo. Mas depois veio a explicação: Fernandão teria sido poupado, em função de dores musculares. Normal. Todo jogador está sujeito a isto, quando retorna depois de um tempo sem jogar.

Então, Hélio dos Anjos escala o Fernandão de titular contra o Internacional. Até aí, tudo bem. Mas, a surpresa foi que Leo Lima também entraria de titular. Ou seja, Hélio dos Anjos – inesperadamente – abriu mão de “seus dois volantes-xerifes” e entrou somente com o Ramalho.

Há de se considerar que só tivemos 13 minutos para avaliar este “outro Goiás” com o Fernandão de titular. É pouco tempo, convenhamos.

Mas da maneira (e com a rapidez) que o Inter fez seu primeiro gol, revelaram-se falhas na proteção do sistema defensivo. Pode ser uma coincidência. Pode ser uma situação normal de jogo, pois até as defesas melhor treinadas falham. Mas, uma equipe que tem sua força na postura de seus volantes e sua zaga não costuma falhar no início de uma partida. Não pelo meio. A partida estava apenas no início e o primeiro gol do Inter pareceu uma jogada de contra-ataque. Não. Não podíamos perder a disputa da bola no meio de campo. Não naquele momento da partida. Também não podíamos permitir um lançamento em profundidade para o atacante. E nem era um contra-ataque.

Nos 13 minutos que o Fernandão esteve em campo, pode-se fazer a seguinte conclusão:

8. Conclusão Parcial

O Goiás não pode abrir mão de dois volantes natos e se o Fernandão for colocado no meio de campo, Leo Lima deve ir para o banco.

Mas, considerando o esquema que tem conduzido o Goiás a esta esplêndida campanha e, comparando apenas (atenção: eu disse A-PE-NAS) a função tática a ser desempenhada e as condições físicas, no meio de campo o Leo Lima é melhor para o Goiás que o Fernandão.

Então, temos uma nova conclusão, a partir da anterior:

9. Conclusão Final

O Leo Lima não pode sair e o Fernandão tem que entrar no ataque.

Mas, no lugar de quem? Do Iarley? Não. O Iarley é o nosso melhor jogador de linha. Técnica e taticamente.

Então, caríssima Leitorcedora, caríssimo Leitorcedor, em especiAL caríssimas Esmeraldinas e caríssimos Esmeraldinos, para que não tenhamos “outro Goiás”, se for colocar o Fernandão para jogar, quem tem que ser “sacrificado” é – pasmem!!! – o nosso artilheiro Felipe.

10. Sugestão para trabalhos futuros

A escalação: Harlei; os três zagueiros (o Rafael Tolói + 2), Vítor (prefiro o Douglas, mas deixa prá lá...), Amaral, Ramalho, Leo Lima e Júlio César; Fernandão e Iarley.

Fernandão, mais recuado, exerceria uma função tática para ajudar a defesa. Nas situações de contra-ataque, subiria junto com a “onda verde”. De boa estatura, Fernandão é uma ótima opção nas bolas altas, na defesa e no ataque. Uma substituição necessária no decorrer da partida seria o Felipe no lugar do Fernandão (que, obviamente, será quem mais vai se cansar), recuando o Iarley, com o Felipe fazendo sua função habitual lá na frente.

PessoAL, tem “um Goiás” (o do 3-6-1 / 3-5-2) que tá dando certo.

Se vai entrar com o Fernandão, quem deve sair é o Felipe.

Pra quê inventar agora “outro Goiás”?


AL-Braço
AL-©haer

2 comentários:

Carlos Edu Bernardes disse...

Al-Green, algumas perguntinhas: se tivesse sido o Magrão o agente ativo naquele lance com o Fernandão ele teria sido expulso?

Por que os times de GO, que estão chegando na ponta da tabela, têm sido penalizados de maneira até constrangedora?

Aquela bandeirinha que 'bandeirou' o jogo do Atlético Goianiense contra o Bragantino, teria apontado faltas contra o verdadeiro infrator se a torcida não tivesse começado a pegar no 'pé' (ou talvez em outra parte do corpo) dela?

Qual é sua análise sobre a evolução técnica e tática das agremiações 'inferiores' quando enfrentam adversários pertencentes a uma federação 'superior'? Qual é o grau que essa evolução precisa atingir para ser respeitada? Títulos nacionais de peso? Cacifes fortes na CBF?

Por fim, o que deve prevalecer? O futebol ou os interesses? (apenas para exercitar seu poder argumentativo, pois sei bem em que país vivemos).

Unknown disse...

Quem te alertou sobre o "problema" Fernandão?
Falei que daria nisso...
Abrass.