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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ALgumas observações

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O São Harlei é o São Harlei e estamos combinados.

Está comprovado, técnica e taticamente, que o principal jogador de linha do Goiás é o Iarley.

Considerando apenas a dupla de ataque do Goiás (Iarley e Felipe), vemos claramente que, sem o Felipe, o Iarley dá conta do recado, mas sem o Iarley, o Felipe fica meio perdido com tanta exigência tática.

A conclusão é que, estando ambos em condições de jogar (sem contusões e sem suspensão), não há como deixar de escalá-los. O futebol do Felipe aparece muito mais com o Iarley em campo.

A formação de três zagueiros do Goiás não perde em eficiência, quaisquer que sejam os escalados. Várias têm sido as alterações (suspensão pelos cartões amarelos e vermelhos) e chega a ser impressionante o nível de entrosamento. Parece que todos são titulares. E o mais interessante é a personalidade dos jovens Ernando e Valmir Lucas (ambos com 20 anos) e de Rafael Tolói (com apenas 18 anos).

Estou fazendo estas observações, porque o “problema” agora é imaginar como o Hélio dos Anjos vai colocar o Fernandão para jogar.

Ficou claro no jogo contra o Santos, que o Hélio dos Anjos não vai abrir mão dos três zagueiros, nem vai deixar de escalar o Goiás com dois volantes. Nesta partida, jogaram Ramalho e Amaral. O primeiro foi substituído, somente no final da partida (talvez por cansaço), por outro volante de ofício, o Everton.

Também, nesta partida contra o Santos, o Hélio dos Anjos não entrou com o Felipe Menezes de titular. Preferiu manter o Leo Lima e o esquema foi um 3-5-2.

Até aí, tudo bem, pois o Felipe Menezes tem mais características de um meia-armador, à moda antiga. E, na minha opinião, sem considerar o Fernandão, a melhor contratação do Goiás nesta temporada foi o Leo Lima, que é um jogador experiente que sabe executar múltiplas funções: combate, ajuda a defesa, conduz bem a bola, tem um bom índice de passes certos e chuta bem de fora da área. Entre o Felipe Menezes e o Leo Lima, eu também entraria com o Leo Lima e deixaria o Felipe Menezes como opção.

A novidade, nesta partida contra o Santos, foi a presença de Fernandão no banco de reservas. Ou seja, o Fernandão entraria no decorrer da partida.

Quando o Fernandão foi contratado, eu pensava que o Fernandão entraria no lugar do Felipe Menezes. Mas, nesta partida contra o Santos, o Felipe Menezes estava no banco. Então, eu imaginei que o Fernandão entraria no lugar de um dos volantes, ou no lugar do Ramalho, ou no lugar do Amaral.

Mas a minha surpresa não foi a entrada do Fernandão. Foi ele ter entrado no lugar do Leo Lima.

Esta substituição aponta para que tiremos a conclusão de que, quando o Fernandão entrar de titular, o Hélio dos Anjos vai tirar o Leo Lima. E que o Fernandão jogará mais recuado. Será mais um meia-armador e voltará para ajudar o sistema defensivo.

A chuva que caiu sobre Goiânia neste Domingo foi uma chuva incomum. É raro chover aqui no mês de agosto. E, sinceramente, achei precipitada (já que o assunto é precipitação) a entrada do Fernandão, que ainda não readquiriu sua forma física na plenitude, numa partida em que o campo estava muito pesado. Não discuto a qualidade técnica do Fernandão, nem o que ele significa pela sua trajetória vitoriosa no Futebol, nem o que ele representa para a torcida do Goiás, nem o respeito que ele impõe aos adversários, nem a sua experiência. Tudo isto já é sabido, mas não havia necessidade de se colocar o Fernandão nesta partida contra o Santos. Nesta partida, ficou claro que o Fernandão entrou apenas para ganhar um pouco de ritmo de jogo (que é totalmente diferente dos treinos).

Mas que foi uma substituição arriscada, foi. Porque o campo pesado exigiu muito do Fernandão, há um bom tempo sem jogar e, coincidentemente, o time do Santos cresceu após a saída do Leo Lima.

Vamos aguardar para ver que Goiás será este com o Fernandão de titular.


AL-Braço
AL-©haer

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