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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O que realmente mudou no Meu Goiás

Alguns acontecimentos têm contribuído para que o Meu Goiás, depois de mais de 90 dias sem saber o que era uma vitória, voltasse a vencer (Guarani, no Serra Dourada, na primeira partida do returno) e não permitir uma derrota (Internacional, lá no Beira-Rio).


Primeiro, vamos recapitular os acontecimentos administrativos. No dia da partida contra o Guarani, o Presidente (agora, definitivamente ex-Presidente, explico logo em seguida) pagou uma folha que estava atrasada (se não efetuasse o pagamento, pela lei vigente, os jogadores teriam seu vínculo empregatício suspenso, ou seja, o Goiás poderia ficar sem seus jogadores). No dia seguinte, o Presidente – que tinha sido reconduzido ao posto por força de uma liminar – redige sua carta de demissão. Demorou a fazer o que já tinha sido sugerido há mais de seis meses. Mas, pelo menos esta novela de afasta-volta Presidente teve seu último e definitivo capítulo. Agora o Jorginho sabe com qual diretoria deve conversar sobre o time.

Vamos salientar os acontecimentos táticos. Com a chegada de Jorginho para comandar o clube, a primeira decisão (muito acertada) foi a volta ao esquema 3-5-2, com variações mais defensivas num 3-6-1. O Goiás precisava – urgente! – de se fechar defensivamente, para diminuir a péssima estatística de quase 2 gols sofridos por partida. Com exceção da partida contra o Corinthians (quando tivemos um jogador expulso), nestas dois últimos confrontos (Guarani e Inter), o Goiás só levou 1 gol, o que já é uma surpreendente evolução. Especialmente no confronto contra o Inter (lá, empate em 0 a 0), podemos dizer – e não é exagero - que a nossa defesa foi perfeita. Com relação ao ataque, conseguimos marcar 3 gols no Guarani, mas nenhum no Inter (não foi por falta de chutes a gol, não; o sistema defensivo do Inter é muito superior ao do Guarani e o goleiro Renan está em ótima forma).

Sobre os acontecimentos técnicos, nada de novo, apenas uma maior disposição da equipe dentro de campo. Por exemplo, o zagueiro Marcão foi “premiado” na partida contra o Inter. O Inter insistia em bolas cruzadas pelo alto, o que facilitou a vida do Marcão, pela sua estatura. O Marcão é fraco com a bola no chão (vindo e indo), mas o ataque do Inter não soube aproveitar desta deficiência e, no final da partida, Marcão foi um dos melhores do Goiás em campo. No caso do Felipe, nesta partida contra o Inter ele não conseguiu se desmarcar como tinha feito contra o Guarani. Já citei acima: a defesa do Inter conseguiu marcar bem melhor o Felipe, ou seja, o Felipe não conseguiu muita coisa e nota-se que ainda não recuperou sua forma física plena, depois de tanto tempo parado. Jorginho resolveu sacar o Éverton Santos, dando preferência ao Rafael Moura de titular. A equipe perde em movimentação, mas ganha com o Rafael Moura que prende dois zagueiros. Isto é bom para abrir um vazio entre os volantes e a defesa adversária, quando o adversário está no ataque; caso o Goiás recupere a posse de bola, há espaço para tocar a bola em contra-ataques também pelo meio. Mas é só esta a contribuição do Rafael Moura. De resto, arremata mal (e pouco), é ruim nos cabeceios (apesar de sua altura) e passa a bola com deficiência. E é lento.

Outro dia o Wellington Monteiro disse que “com os salários atrasados, a bola insiste em não entrar”. Curiosamente, nesta partida contra o Inter, foi outro considerado um dos melhores em campo. Tem jogador que só “gosta” de jogar contra times grandes.

Temos que dar um tempo para o Jorginho “conhecer melhor” os jogadores e, infelizmente, para isto ele tem que colocar algumas “peças” em campo, para jogar, pois “treino é treino, jogo é jogo” (já dizia o filósofo contemporâneo Nenem Prancha). Uma destas “peças” tem sido o Wellington Saci. MEU DEUS, dá até calafrio, quando vejo o Wellington Saci na beira do gramado, indo substituir um companheiro. Esse Wellington Saci é muito ruim. Displicente. Erra passes de 2 metros, oferecendo contra-ataques para o adversário. E está mal fisicamente. Não consegue acompanhar na marcação. Teve um campeonato goiano, que o Wellington Saci foi eleito o melhor de todos: ganhou um carro. Hoje, vendo de perto a “qualidade” do Wellington Saci, eu fico muito preocupado por saber que ele tem carteira de motorista. Eu não acredito que ele passou no exame psicotécnico. Mas, sobre o Romerito de titular (no lugar de Jonílson) foi outro acerto do Jorginho. Já comentei em “pôsti” anterior. Romerito combate bem na defesa e tem ótima condução de bola e visão de jogo, quando o time parte para o ataque.

O que mudou realmente no Meu Goiás é que há duas partidas não perdemos. Apesar de que voltamos a pontuar, ainda estamos segurando a “lanterna”. Mas parece que – em breve – vamos passá-la para outra equipe.

Quem tá a fim de segurar uma “lanterna” aí, gente?!

(só não vale responder que são os mineiros lá do Chile...)


AL-Braço
AL-©haer

Um comentário:

xMao_Elphiates disse...

Agora vem uma prova-de-fogo com o botafogo, vamos ver como está nosso Goiás. E como é contra um time grande, quem sabe os Wellingtons resolvem jogar.