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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Jorginho: erros e acertos

Sabemos que não ia ser fácil para o Jorginho arrumar o time, mesmo depois da diretoria do Goiás ter colocado os salários em dia. Agora que não há mais a desculpa dos salários atrasados, podemos avaliar (o que não era novidade) que o elenco é mesmo limitado, tecnicamente. Limitadíssimo.

Também sabemos que não há como se exigir muito do técnico Jorginho, até porque, neste mês de setembro, até meados de outubro, são 10 (DEZ!) rodadas a disputar, nos finais e nos meios de semana, alternando jogos em casa e fora. Jogo, descanso, treino leve, viagem, jogo, viagem, descanso, treino leve, jogo e assim por diante. Ou seja, não há tempo para aprimorar taticamente uma equipe, nesta maratona de jogos.

Mas, já na chegada, Jorginho foi prudente (o que era óbvio) ao colocar o Goiás para jogar no 3-5-2, com variações para 3-6-1. Era a partida contra o Corinthians, pela última rodada do primeiro turno. Naquele jogo, enquanto o Goiás esteve com 11 em campo, mesmo com a notória superioridade do Corinthians, o Goiás conseguiu segurar o ímpeto do adversário. A coisa só “desandou” depois que tivemos um jogador expulso e deu no que deu.

Contudo, Jorginho manteve o esquema tático contra o Guarani, enquanto aproveitava os jogos para “conhecer” seus comandados, até porque não há como conhecê-los nos treinos, pois quase não se tem tempo para treinar.

Para uma equipe que vinha com uma média de 2 gols sofridos por partida, o esquema 3-5-2 contribuiu para congestionar a nossa defesa e nas partidas contra Guarani, Inter, Botafogo e Ceará este esquema tático foi um acerto do Jorginho, porque foi este esquema defensivo que contribuiu para vitórias e empates, sem derrotas nestas quatro partidas.

Veio a partida contra o Atlético Goianiense e, para a minha surpresa, Jorginho começa com um esquema 4-3-3. Quando eu ouvi a escalação, não acreditei!!! Quando o time entrou em campo, vi que era verdade.

Caríssima esmeraldina Leitorcedora. Caríssimo esmeraldino Leitorcedor. Sabemos que este Goiás de 2010 não sabe jogar com apenas 2 zagueiros. Não sabe e não dá conta! O resultado disto foi que o Atlético Goianiense de Elias e Cia deitou e rolou pra cima da defesa do Goiás nos primeiros 20 minutos do primeiro tempo. O Goiás chegaria até a empatar no primeiro tempo, mas não conseguiu nada além disto e acabou sendo derrotado por 3 a 1. Definitivamente, com o esquema com 2 zagueiros apenas, o Goiás entra “pedindo para perder”. Se Jorginho imaginou que, com 3 atacantes, venceria o Atlético Goianiense, infelizmente Jorginho estava sonhando. E, nós – torcedores – ficamos com o pesadelo. Foi um erro infantil do Jorginho. Jorginho, que começou lúcido ao “fechar” o Goiás com 3 zagueiros, foi ingênuo ao imaginar que podia “experimentar” um esquema com 2 zagueiros contra o Atlético Goianiense.

Peralá, Jorginho! Quem inventa é Santos Dummont! Com esse Goiás que temos aí, não dá para inventar não. E estava dando certo o esquema “fechadinho”, não estava? Estava. Mudar por quê?

Jorginho, você errou. Muito. Foi você quem perdeu para o Atlético Goianiense.

Tudo bem, vamos “aliviar” um pouco para o Jorginho: melhor dizendo, Jorginho, você não perdeu sozinho, não. Houve umas “figuras” que o ajudaram a errar.

O “armandinho” Wellington Saci foi um deles. Será que já não deu tempo para o Jorginho ver que com Wellington Saci em campo o Goiás joga com um a menos. Este jogador é ridículo. Quase saí do estádio quando vi que o Wellington Saci entrou com a “10”. Aí foi demais para mim. NÃO, COM A “10” NÃO! Teve um dia, que o Fábio Bahia (lembram dele?) entrou com a “10”. Naquele dia, quase vomitei. Ontem, não me contive. Corri para o banheiro mais próximo para vomitar (foi fácil, porque nos banheiros do Serra Dourada, o cheiro ajuda). Pensei até que seria o tal do rota-vírus, mas como a coisa não evoluiu, concluí que era por ter visto a “10” nas costas do Wellington Saci.

Outro “deficiente” é o tal do Rafael Moura. Como é que pode? Esse cara só tem tamanho! O que se espera de um centro-avante? No mínimo, que chute bem ao gol e que cabeceie bem. Rafael Moura é sofrível nestes dois quesitos. Para ele marcar um golzinho, ou tem que ser de pênalti, ou com o gol vazio. No segundo gol do Atlético Goianiense, que foi marcado de cabeça pelo Gilson (que não é alto), quem estava “marcando” no primeiro pau? Ele mesmo: Rafael Moura. Gente, o Rafael Moura não teve capacidade nem para “atrapalhar” o Gilson! “He-Man”...PELAMORDEDEUS, vai ser ruim de serviço assim lá no Castelo de Grayskull que te pariu!!!

Éverton Santos é outro que veio aprender a jogar futebol aqui no Goiás. Coitado...logo neste time que temos neste ano de 2010...Éverton Santos está é “desaprendendo” o pouco que sabia.

E, sinceramente, não vejo perspectivas de melhora. Resta torcer para Guarani, Ceará e Avaí “quererem” trocar de lugar com o Goiás. O jeito é torcer para outros times piorarem. Mas tem que ser uma piora bem grande. Das “bem ruim” mesmo.

Vejam só, a que ponto chegamos: torcer para outros times piorarem, por falta de opção.


AL-Braço
AL-©haer 

Um comentário:

CANTO GERAL DO BRASIL (e outros cantos) disse...

AL,
É, amigo, assim só lembrando de Adoniran Barbosa pra salvar nossa lavoura:
__ Não reclama, com o Galo aconteceu coisa pior...
Mas continuo pensando que futebol é tão simples, basta não querer ser Santos Dumont a toda hora...

Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.