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domingo, 5 de setembro de 2010

O Fundo do Poço


Confesso que cheguei a ficar animado, quando foi anunciado que Jorginho colocaria o Goiás para jogar no esquema 3-5-2, contra o Corinthians, lá no Pacaembu. Não que eu imaginava que o Goiás iria surpreender o Corinthians, mas considerando o atual momento destas duas equipes na competição e comparando a qualidade dos dois elencos, o Goiás teria mesmo que se fechar, para tentar um empate, o que seria um ótimo resultado. 

Já no início da partida, o lateral Júnior entra no bico da grande área e, ao invés de cruzar, resolve chutar direto. Uma bola de trivela, à meia altura, que surpreendeu a todos: Goiás 1 a 0. Eram apenas 7 minutos do primeiro tempo, o que não tinha dado tempo para o time do Corinthians fazer valer das qualidades técnicas e táticas superiores ao Goiás. O gol acendeu o Timão, empurrado por mais de 30 mil loucos e, a partir daí só deu Corinthians em campo. Apesar da pressão Corinthiana, o esquema 3-5-2 do Goiás (em sua parte defensiva) dava conta do recado e segurava (mais pelo congestionamento de jogadores na defesa) os ataques do Timão. 

Ao final do primeiro tempo, as estatísticas mostravam o quanto o time do Corinthians era superior, em todos os quesitos, o que apontava para uma vitória do Corinthians, que parecia ser mera questão de tempo. Mas, sem desmerecer a superioridade do Corinthinas, sem considerar a fragilidade e o momento conturbado que vive o time do Goiás (dentro e fora de campo), o fator decisivo para o que seria o resultado final (a goleada do Corinthians por 5 a 1) foi a expulsão do volante Amaral, aos 38 minutos do primeiro tempo, quando ainda estava 1 a 0 para o Goiás. Até este momento, mesmo sendo um time de qualidade inferior, o Goiás, pela postura defensiva do esquema 3-5-2, na sua variação 3-6-1, conseguia manter a vitória parcial e eu até tinha esperanças de que o jogo iria para o intervalo com o Goiás vencendo. Mas, com um a menos, mesmo com a entrada de Rithelly (o sacrificado foi um atacante) para suprir a ausência do Amaral, o Corinthians conseguiu o empate no finalzinho do primeiro tempo. 

Veio o segundo tempo e o panorama foi o mesmo: o Corinthians atacando e o Goiás tentando se defender, agora com um jogador a menos. Se mesmo antes da expulsão do Amaral, eu já imaginava que a vitória do Corinthians seria uma questão de tempo, com um jogador a mais, ficaria mais fácil para o Corinthians. O segundo tempo foram 45 minutos (+ 3 de acréscimos) de um verdadeiro massacre, com direito a “olé” e, não fosse o São Harlei, a goleada poderia ter chagado aos 8 ou 9. 

Resumindo, os 5 a 1 para o Corinthians acabou “sendo de pouco”. 

E, neste “pouco” já dá para ver que chegamos ao fundo do poço. 

Muito.

AL-Braço
AL-©haer 



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