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domingo, 19 de setembro de 2010

O que faltou para o Goiás vencer o Ceará


Não faltou disposição. Não faltou vontade da equipe. Não faltou o “dedo” do técnico.

Faltou sorte. E faltou ataque.

Faltou sorte, porque – raramente – o “São” Harlei comete falhas. Hoje, Harlei foi infeliz e deixou passar uma bola relativamente fácil. Mas até “frango” é difícil do Harlei “engolir”. A bola precisou de dois “tempos” para entrar: primeiro ela se lhe escapou e, ele ainda tentou se recuperar, voltando para tirar a bola (até tocou nela!), mas já estava na linha e não deu para fazer a defesa.  

Depois do gol, o time do Ceará (que não era superior ao Goiás) mostrou o real “tamanho” de sua equipe: recuou e, se não me falha a memória, teve apenas mais uma chance de gol, no restante do primeiro tempo.

No segundo tempo, o time do Ceará voltou recuado. E o Goiás partiu – definitivamente – para cima, na tentativa do empate, o que fez o Ceará ficar acuado lá atrás (mais ainda!). Jorginho fez uma “boa leitura da partida” e as substituições surtiram efeito. Apesar de que eu não goste nada do futebol do Wellington Saci, a saída de Bernardo foi acertada, porque Bernardo não reeditava as boas apresentações anteriores. Mas a melhor “mexida” do Jorginho foi a inversão dos laterais, passando o Douglas para a direita. Com a entrada de Carlos Alberto (outro jogador que não tem nada de especial) caindo naquela região, foi naquele espaço que o Goiás realizou suas melhores jogadas. Pressionava o Ceará com bolas alçadas, construindo uma superioridade em campo, que apontava para um empate e, talvez até uma virada, porque o time do Ceará, além de se postar excessivamente na retranca, mostrou-se um time sem preparo físico, na segunda etapa.

Contudo, caríssima esmeraldina Leitorcedora, caríssimo esmeraldino Leitorcedor, o nosso ataque não consegue superar uma defesa fechada. Rafael Moura é muito fraco, tecnicamente. Com a bola nos pés, não tem muita habilidade e, mesmo daquele “tamanhão”, é ruim nas bolas altas. Rafael Moura tem disposição e se dedica e se esforça. Contudo, quanto mais se esforça, mais se revela a falta de qualidade de seu futebol. Sobra para o Felipe fazer tudo no ataque. Felipe precisa sair da área, para construir as jogadas e precisa voltar para a área para tentar o gol. Ou seja, o Felipe joga “por dois”, o que – convenhamos – não é fácil. Romerito, que não jogou tão bem, já cansado não acompanhava o ritmo que o Goiás imprimia e a entrada de Éverton Santos em seu lugar resultou mais movimentação, o que só foi bom para deixar o Ceará mais preocupado, aceitando a pressão do Goiás.

E a recompensa (e o castigo para este time medroso do Ceará) veio aos 41 minutos do segundo tempo. Wellington Monteiro resolveu fazer o que o ataque não conseguia: chutou a gol. Mas não foi um chute a gol qualquer. Foi um chute lá da intermediária, forte e no ângulo, indefensável para o goleiro Michel Alves, que voou na bola, mas não era uma bola, era um foguete que explodiu nas redes. Um GOLAÇO !!!

Eu não imaginava que um salário em dia “transformaria” tanto o futebol de um jogador. Foi só pagarem os salários que o Wellington Monteiro passou a jogar, a marcar gols importantes e a se tornar um dos jogadores mais eficientes do Goiás. Outro dia, Wellington Monteiro voltou a falar no assunto, dizendo que “jogador é funcionário do Clube” e que todo “funcionário” tem direitos e deveres e que um dos direitos (contratuais) é receber os salários em dia. Certinho!

Espero que a diretoria do Goiás já esteja se organizando para pagar a próxima folha. E dou uma dica: coloquem a relação em ordem alfabética (de trás pra frente) e paguem o Wellington Monteiro em primeiro lugar, prá garantir.

Eu não vou ficar lamentando o empate, porque – a rigor – faltou qualidade técnica para o Goiás vencer o time do Ceará. Nossa equipe é limitada (sabemos disto) e – fora de casa – empatar é um ótimo resultado.

Não fosse aquele chute salvador do Wellington Monteiro, teríamos sido derrotados, porque nossa superioridade em campo não se traduzia em chutes a gol.  

Ainda estamos na zona de rebaixamento, mas depois de ter passado a “lanterna”, já estamos na 18ª Posição, perdendo a 17ª colocação para o Atlético-MG, nos critérios de desempate. A continuar neste ritmo, imagino que não vai demorar muito para chegarmos na 16ª posição.

AL-Braço
AL-©haer 

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