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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Mais três pontinhos para o Goiás

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Os 15 primeiros minutos da partida do Meu Goiás contra o Santos do Torero foram tudo o que um torcedor (no caso, eu) espera de seu time. Todos os fundamentos do Futebol foram bem aplicados pelos jogadores do Goiás, no começo da partida.


E que começo!!!

A equipe do Goiás disputava e ganhava todas as bolas. Com a posse de bola, não errava passes e sempre tinha mais de uma opção. Com rapidez e objetividade, envolvia o adversário.
Jogada pela linha de fundo, com cruzamento para trás, pegando a defesa no contra-pé: Paulo Baier de cabeça: 1 a 0. Roubada de bola no meio de campo, lançamento para Anderson Gomes, que colocou a bola na frente, rápido, sem chance nem do zagueiro cometer falta, esperou a saída do goleiro e tocou no cantinho: 2 a 0. E não tinha nem 4 minutos de partida. Aos 14min, bobeada da defesa do Santos, Júlio César antecipa ao zagueiro, entra na área, derrubado: pênalti, que Iarley bateu com força, no alto, para fazer 3 a 0.

Despreocupado, então, passei a observar melhor o time do Santos. A equipe tem bons valores, como os dois Klébers, o Kléber e o Kléber Pereira. Mas notei que os jogadores do Santos estavam muito distantes uns dos outros, o que facilitava para o Goiás. Campo molhado, achei – antes da partida – que o Goiás teria problemas, pois há 108 dias não chovia aqui em Goiânia. Ocorria o contrário. Eram os jogadores do Santos que sentiam o gramado pesado. Era o “peixe” que – estranhamente - estranhava a água (bi-trocadilho fraquinho para não perder a oportunidade). Nas poucas vezes que o time do Santos organizava jogadas, estas eram anuladas pela defesa do Goiás que marcava – especialmente – o bom atacante Kléber Pereira, que não conseguia dar seqüência.

Três fatores apontavam para a superioridade do Goiás: melhor preparo físico, melhor esquema tático e, principalmente, as dimensões do gramado do Serra Dourada. A Vila Belmiro tem um gramado de dimensões menores, daí o fato dos jogadores do Santos estarem distantes uns dos outros e se perderem no posicionamento dentro de campo.

Era de se esperar que, depois dos 3 a 0, o Goiás relaxasse um pouco, o que o competente Hélio dos Anjos fez de tudo – a beira do gramado – para evitar, chamando a atenção de seus comandados, como se a partida estivesse empatada e o adversário estivesse jogando melhor. Mas foi a entrada do Pará que organizou melhor o time do Santos, apesar de que, naquele momento, o estrago já estava feito.

Veio o segundo tempo e a situação do Santos estava mais que complicada. Se partisse para cima, poderia levar mais gols. Do contrário, também. E o quarto gol do Goiás saiu logo no início do segundo tempo.

O que se viu depois, foi parecido com um treino de titulares contra reservas: sem muitas faltas, jogadas lá e cá, qualquer hora poderia sair um gol, de qualquer lado. Os reservas descontaram, com um gol de Pará, premiando a luta deste atleta e a boa partida que realizou. No final, os titulares venceram por 4 a 1.

Gostei muito da formação do Goiás com o Anderson Gomes. Sei da importância do Romerito para o time, de suas qualidades na manutenção da posse de bola e da sua experiência para orientar e dar tranqüilidade para a equipe. Mas, a velocidade do Anderson Gomes – nesta partida – foi fundamental para que o Iarley pudesse ter um verdadeiro companheiro de ataque e o meio de campo não perdesse em combatividade.

Eu já me queixei aqui da pouca qualidade do banco de reservas do Goiás (com exceção do Calaça). De agora em diante, rendo-me: com Romerito ou Anderson Gomes, o banco do Goiás vai melhorar muito.

Assisti à partida do Internacional contra o Vitória, para analisar este, que será o nosso próximo adversário. Estava torcendo para o Vitória perder, mas achei injusta a derrota do Vitória por 1 a 0. O gol do Inter foi de pênalti, que – sinceramente – só o árbitro viu. E, apesar do ridículo bairrismo do narrador e do comentarista, o ex-volante Batista, eu vi o Vitória muito bem na partida, um time que ataca sem medo, em bloco, mesmo jogando fora de casa. O Vitória foi superior, mas o gol não saiu. Acontece.

Comparei o Vitória desta partida contra o Inter com aquele Vitória que venceu o Goiás – no primeiro turno – lá no Barradão. A equipe do Vitória melhorou muito.

Não vai ser fácil vencer o Vitória no próximo final de semana. O Hélio dos Anjos chegou a xingar (com razão!) alguns de seus jogadores, quando começaram a dar toquinho de calcanhar e passe de três dedos, mesmo quando estava 4 a 0. O Hélio dos Anjos está certinho. Mesmo sendo a melhor equipe em aproveitamento do Segundo Turno, mesmo depois destas cinco vitórias seguidas, se o Goiás não encarar o Vitória com seriedade, se os jogadores entrarem em campo com o “já ganhou”, podemos perder a oportunidade de – no Serra Dourada, junto à nossa torcida - acumular mais três preciosos pontinhos.

Para vencer o Vitória, o Goiás terá que jogar mais e melhor do que jogou contra o Santos.

Confesso que estou reticente.

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AL-Braço
AL-©haer

3 comentários:

Anônimo disse...

Como o Goiás reage no segundo turno, incrível.
Sou Atleticana, de MG.

AL-Chaer disse...

Prezada Atleticana Núbia!!!

Desde a chegada do técnico Hélio dos Anjos, o que vimos foi uma mudança de comportamento da equipe do Goiás: os "atletas" resolveram "jogar".

Mesmo com poucas contratações, a equipe foi engrenando e a seqüência de resultados positivos trouxe confiança para o time e respeito dos adversários, quando o Goiás joga fora de casa.

A reação na tabela de classificação mostra a evolução do Goiás.

Sabemos que o Goiás não é nenhuma "seleção de craques", mas - com tanta equipe mediana - o lugar do Goiás não poderia ser disputando para fugir do rebaixamento.

Já disse em crônicas anteriores que, dualquer posicão do Goiás fora do risco de rebaixamento será lucro neste Brasileirão.

Já tem gente aqui falando em Libertadores, Tokyo e otras cositas más...

AL-Braços
AL-Chaer

pêésse: seu "Galo", por enquanto, está se livrando da Série B...tem que torcer muito, Níbia!

AL-Chaer disse...

correção:

pêésse: seu "Galo", por enquanto, está se livrando da Série B...tem que torcer muito, Núbia!