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domingo, 24 de abril de 2011

Goiás inverte a vantagem

Numa partida em que tivemos dois tempos distintos, o primeiro dominado por “eles” e o segundo, dominado pelo Goiás, deu Goiás na primeira partida pelas semi-finais do Goianão’2011, invertendo a vantagem para a partida de volta. Agora, basta o empate para o Goiás seguir à Final.

O interessante é que, já na disposição tática das equipes, apresentavam-se dois esquemas táticos distintos: “eles”, num 4-4-2 e o Goiás num 3-5-2. A leitura que fiz antes da partida, foi que o técnico do Goiás, Artur Neto, entrou com seu time cauteloso, enquanto que Edmar Vasconcelos, colocou “eles” para jogar para cima do adversário.

E foi exatamente isto que aconteceu no primeiro tempo. Apesar de que a disposição tática indicava para uma maior posse de bola do Goiás, especialmente no meio de campo, ocorreu o contrário. Era o meio de campo d’”eles” que tomava conta da partida. Felipe Amorim era bem marcado, Marcelo Costa estava perdido em campo, a bola não chegava para o atacante(?!) Hugo. Contudo, com o paredão de 3 zagueiros, com destaque – mais uma vez – para Rafael Tolói, o Goiás sustentou o empate no primeiro tempo. Desta vez, o “São” Harlei não fez seus milagrinhos. A pontaria do ataque d’”eles” estava ruim e, quando os chutes eram ao gol, a bola era fraca e nas mãos do goleiro do Goiás. “Eles” quase marcaram, numa boa jogada pela direita, com um cruzamento perfeito para o atacante Betinho, que – de cabeça – deslocouo goleiro Harlei, mas Tolói, atento, cortou em cima da linha. Terminado o primeiro tempo, ficou parecendo que “eles” é que precisavam vencer.

Para o segundo tempo, Artur Neto fez uma substituição que mudou os rumos da partida: colocou o jovem Robert no lugar de Marcelo Costa. Já no início do segundo tempo, notou-se a eficiência desta alteração. Robert se aproximou de Felipe Amorim e eles passaram a realizar ótimas trocas de passes, o que foi minando a equipe d’”deles”. Outra surpresa foi ver, no segundo tempo, um cansaço maior por parte d’”eles”. Ora, quem jogou (e correu muito) no meio de semana foi o Goiás (partida de ida pela Copa do Brasil, contra o São Paulo), enquanto que “eles” ficaram a semana inteira esperando. Era para a equipe do Goiás se apresentar com mais desgaste físico, contudo foram “eles” que cansaram no segundo tempo. Mesmo quando “eles” recuperavam a bola, não conseguiam bons contra-ataques, que eram interceptados pela (hoje, bem consistente) defesa do Goiás. A equipe “deles” tem uma média de idade maior e isto pesou nesta partida. E, ao final, foi premiada a equipe que conseguiu “correr mais” no segundo tempo. Ironicamente, o goleiro d’”eles” já tinha feito dois milagres, mas, em mais uma boa jogada pela esquerda, que começou com Robert e Felipe Amorim, um cruzamento da linha de fundo fez a bola chegar para o volante-coringa Carlos Alberto, que “errou o chute”, a bola saiu mascada, “matando” a reação do goleiro Michel, indo entrar devagarinho no cantinho esquerdo. Resultado: Goiás 1 x 0 “eles”.

Agora, a coisa mudou de lado: é o Goiás que joga pelo empate, na partida de volta. Mas, antes, tem o confronto no meio de semana contra o São Paulo, lá, pela Copa do Brasil. Resta saber, o quanto que o Goiás se cansará nesta viagem e – especificamente – na partida.

Emoção, mesmo, ficou por conta da rivalidade, mas – se analisarmos friamente – os dois times apresentam uma série de deficiências técnicas (o Goiás, no primeiro tempo; “eles”, no segundo), o que nos faz temer pela “sorte” de nossos representantes goianos na Série B de 2011, se não houver contratações para reforçar as equipes.


“Torcedores” que vão ao estádio para brigar

E, para finalizar, mais uma vez alguns (os mesmos!) “torcedores” (arruaceiros disfarçados de torcedores) promoveram brigas na entrada e na saída do estádio, sem que o policiamento conseguisse evitar este tradicional e lamentável episódio que se repete a cada clássico entre Goiás e “eles”.

Se estes “torcedores” se engalfinhassem somente entre eles, mas não, inocentes sempre são atingidos no meio desta maneira imbecil e criminosa de “torcer”.

Precisamos – urgente! – mapear estes desequilibrados e bani-los de dentro e dos arredores dos estádios, nos dias de jogos.

AL-Braço
AL-©haer 

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