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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O que faltou para o Goiás ganhar a Copa Sulamericana?

Faltou qualidade? Não. Para vocês terem uma idéia, o Wellington Saci foi um dos melhores em campo, para a minha surpresa (e, acredito, surpresa de muitos). De todas as partidas que o Wellington Saci realizou palo Goiás, esta foi a única - repito, a única! - partida que - na minha opinião - ele jogou bem. Aliás, jogou uma partida impecável. 

Faltou atenção? Não. Foram indefensáveis os três gols que o Independiente marcou. O primeiro gol foi fruto de uma jogada ensaiada (e bem executada); Harlei fez uma difícil defesa parcial e o atacante colocou para dentro com o gol vazio, sem chances de uma reação do Harlei, que estava caído após a defesa. O segundo gol foi de um golpe de sorte (como foi aquela bola espirrada que resultou no primeiro gol do Rafael Moura, na partida de ida); a bola retirada pela defesa rebateu no atacante e foi direto para o canto. E o terceiro gol, que eu achei ter sido falta no Marcão, o atacante - sentado - tocou com raro oportunismo e com muita categoria no cantinho. 

Faltou disposição? Não. Nem no primeiro tempo, em que o Goiás perdeu por 3 a 1, o time deixou de correr e disputar a bola, com determinação. 

Faltou preparo físico? Não. A partir dos 15 minutos do segundo tempo, a superioridade física do time do Goiás foi aparecendo em campo. Na prorrogação, o time do Independiente simplesmente "morreu" em campo e só deu Goiás. 

Faltou orientação técnica e tática? Não. O Artur Neto foi muito corajoso, ao retirar o lateral Douglas e colocar um atacante. Mesmo que este atacante fora o limitado Éverton Santos, com mais um jogador no ataque, o Goiás - taticamente - engoliu o time do Independiente e tomou conta da partida a partir de então.

Faltou jogador? Não. Neste jogo não. Apesar de que, mais uma vez, Artur Neto realizou apenas duas substituições. Insisto na pergunta que fiz em "pôsti" anterior: será que não temos no banco de reservas uma terceira alternativa, como opção durante a partida? 

Faltou torcida? Não. Na partida de ida aqui no Serra Dourada, presenciei um dos momentos mais emocionantes (e que figurarão na galeria dos inesquecíveis) nestes 37 anos em que torço pelo Goiás.

Faltou treinamento de penalidades máximas? Não. E sejamos justos: Felipe bateu no canto, rasteiro, tirando do goleiro, mas deu azar, com a bola batendo na trave. Acontece. 

Faltou apoio da Diretoria? Não. 

Faltou apoio da Imprensa Goiana? Não. 

O quê faltou, então? 

Faltou um gol. Unzinho, apenas. 

O Meu Goiás foi melhor nas duas partidas desta Final contra o Independiente. Literalmente, "sobrou" em campo, nos dois confrontos. E foi valente, jogando em campo argentino como poucos times brasileiros já o fizeram.

Mas quem levantou a taça foi o Independiente. 

Paciência.

É Futebol. 


AL-Braços
AL-Chaer

Vice-Campeão da Sulamericana de 2010
com muito orgulho do Meu Goiás !!!


4 comentários:

Anônimo disse...

Não imaginava que o Goiás levasse a pior na partida de ontem à noite, como também, em 1982, não imaginava que perderíamos para a Itália. Você foi feliz em resumir: "É o futebol".
Sinceramente, fui dormir triste. Abraços.

Anônimo disse...

foi melhor assim! como disse o carmona!! o gremio vai representar o futebol brabsileiro bem melhor que o goias .

AL-Chaer disse...

Caríssimo(a) Anônimo(a),

Como disse a Dercy Gonçalves:

"- Foi melhor o caralho!!! Assina esta porra de comentário!!!"

AL-Chaer

Gustavo Lotti disse...

FALTOU SORTE......Aquele jogo na argentina podia ser jogado 20x denovo que o goiás nao perdia de 2 gols de diferença.

Abraço