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sábado, 22 de maio de 2010

ACG na Copa do Brasil e pós-Copa do Brasil

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Primeiramente, é preciso dizer que o Atlético Clube Goianiense representou muito bem o Futebol Goiano nesta edição da Copa do Brasil.

Chegar à disputa da semi-final desta competição conferiu ao Atlético Goianiense mais um destaque merecido na mídia esportiva nacional. As recentes conquistas nacionais (Campeão da Série C em 2008 e o acesso à Série A em 2009), como consequência de uma expressiva recuperação em nível regional (em 2004, o ACG disputava a divisão de acesso para o Goianão; nos últimos três anos, disputou a fase final do Goianão, vencendo a edição de 2010), tudo isto mostra que o ACG tem colhido os frutos de um trabalho que tem sido bem administrado, neste período. Há cinco anos atrás, chegou-se a cogitar uma fusão do ACG com a equipe do Goiânia, como solução, mas, de uma forma surpreendente, o ACG quase que renasceu, chegando – em pouco tempo - ao bom momento atual.

Questiona-se a disparidade das equipes em vários confrontos da Copa do Brasil, questiona-se os critérios de distribuição de vagas (as conquistadas e os convidados), mas depois que foi destinada uma vaga para a Libertadores ao Campeão da Copa do Brasil, esta passou a ser uma competição importante para o calendário brasileiro. É o caminho mais curto para chegar à Libertadores. E, guardadas as “surpresas”, temos a partir das quartas de final, belos jogos entre grandes e tradicionais equipes do Futebol Brasileiro.

O Atlético Goianiense jogou muito bem contra o Palmeiras. Perdeu lá por 1 a 0, devolveu o placar aqui no jogo de volta, passando à semi-final pela disputa de pênaltis. O detalhe destes confrontos é que o ACG jogou bem melhor lá em São Paulo, apesar de ter perdido o jogo. Isto mostra que o ACG não se intimidou nem com a camisa do Palmeiras, nem com os quase 25 mim torcedores.

Veio a semi-final, contra o Vitória.

A primeira partida, aqui no Serra Dourada. Era esperado um jogo difícil, pois o Vitória não tinha chegado à semi-final por acidente. Mas todos nós sabíamos que o Atlético, jogando em casa, tinha que “fazer o resultado” (adoro estas frases), pois lá na Bahia, seria mais difícil ainda. O ACG venceu a partida de ida, por um magro 1 a 0. A impressão que ficou é que os jogadores do Atlético estiveram muito afoitos e ansiosos, o que revelou um pouco de instabilidade, quando foi exigido da equipe um maior poder de decisão.

Se olharmos apenas o resultado da partida de volta (4 a 0 para o Vitória), o placar não “conta” como o jogo transcorreu. A torcida do Vitória lotou o Barradão e não parava de incentivar seu time. O Vitória partiu para cima, mas o ACG se segurava. Há de se salientar que o ACG sentiu muito a ausência de Róbston e Elias, mas a experiência de Ramalho ajudava o time a se organizar. Antes do Vitória abrir o marcador, até que o time do Atlético seguia bem, com o resultado que lhe daria a classificação. O primeiro gol do Vitória demorou a sair. Mas o problema foi que o segundo gol saiu logp em seguida. Final do primeiro tempo: o Vitória vencia por 2 a 0, o que lhe garantia a classificação. No segundo tempo, não tinha outra solução para o Atlético. O ACG tinha que partir para cima para, no mínimo descontar. Uma derrota por 2 a 1 devolveria a classificação para a equipe goiana. Mesmo sem as suas maiores forças ofensivas e de criação (Róbston e Elias), o que se viu no segundo tempo foi um massacre do Atlético para cima do Vitória. A torcida do Vitória, que terminara o primeiro tempo de pé e cantando, estava sentada, calada e apreensiva com o que via. A equipe do Vitória sentia a pressão e, recuada e acuada, só se preocupava em se defender. Até que o time do Vitória tentava alguns contra-ataques pela direita, ocupando o espaço deixado pelo ala do Atlético, Thiago Feltri, que era mais um atacante, mas os atacantes do time baiano não tinham muita opção de jogadas, pois a equipe estava toda lá atrás. E o Atlético perdia um gol a trás do outro. Foram 40 minutos de pressão para cima do Vitória, sem contudo marcar pelo menos um golzinho.

Mas é Futebol. E Futebol é Futebol é Futebol é Futebol. E não deu outra: “quem não faz, leva”. Foi uma pena. Não a derrota, nem a classificação do Vitória, que teve os méritos de não perder por grande diferença de gols aqui em Goiânia e conseguiu se recuperar no jogo de volta. O que foi uma pena foi o resultado por goleada, pois o terceiro gol do Vitória saiu aos 41 do segundo tempo e o quarto gol, de pênalti, no último lance da partida, já no final dos acréscimos. O ACG não merecia ter perdido de goleada. 

Agora, o ACG segue no Brasileirão. Enquanto estava disputando as fases decisivas da Copa do Brasil, pouca atenção foi dada aos resultados dos primeiros jogos do Brasileirão (empate em 0 a 0 contra o Grêmio, em Goiânia; derrota por 1 a 0 para o Fluminense, no Rio).  

É preciso, então, analisar melhor as primeiras partidas do ACG, no Brasileirão. A equipe do Grêmio veio jogar apenas com um titular, o excelente goleiro Vitor. Vitor foi o melhor jogador da partida e o ACG não conseguiu marcar. Na segunda partida, lá no Maracanã, contra o Fluminense, o ACG poupou seu goleiro titular, Márcio. Perdeu por contagem mínima, mas a equipe do Fluminense teve muita facilidade em entrar na defesa do Atlético. Por incompetência de seus atacantes, o Fluminense deixou de aplicar uma goleada, naquele dia.

Ou seja, a boa campanha na Copa do Brasil ofusca a real condição de uma equipe no Brasileirão, especialmente quando ambas as competições ocorrem em paralelo.

Resta saber, de agora para frente, se o Atlético Goianiense vai manter o desempenho que teve contra o Palmeiras ou vai se comportar como o time que atuou contra o Fluminense.

A verdade é que um Brasileirão é muito mais difícil que uma Copa do Brasil e ainda não temos como apontar qual vai ser o comportamento do Atlético Goianiense nesta competição.

Por exemplo: a equipe do Atlético Goianiense é a única que ainda não marcou gols neste Brasileirão.


AL-Braço
AL-©haer 

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