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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

VERDÃO x verdinho

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Apesar de que nenhuma das equipes jogou de verde (o Palmeiras, de azul; o Goiás de branco), o resultado de 4 a 0 foi normal, pois do lado dos vitoriosos estava um time grande - Palmeiras, VERDÃO -, enquanto que, do lado dos derrotados, um time pequeno, sem comando - Goiás, verdinho.

Tivemos dois tempos distintos. O primeiro, que terminou 0 a 0, mostrou um equilíbrio entre as equipes. Chances de gol para ambos os times, com destaque para Léo Lima, pelo Goiás e Diego Sousa, pelo Palmeiras. O segundo tempo foi um tempo de um time só. Só o Palmeiras jogou. O Goiás teve um lampejo de reação, quando estava 1 a 0 para o Palmeiras, com a entrada do Douglas (que, na minha opinião, deveria ter entrado de titular). Algumas jogadas eram construídas pelo setor direito do ataque do Goiás, mas não houve tempo para o Goiás igualar o marcador, pois, logo em seguida, o Palmeiras ampliava para 2 a 0.

A diferença estava no intervalo.

De um lado, Muricy Ramalho. Para o segundo tempo, Muricy adiantou seu sistema defensivo e corrigiu uma falha do primeiro tempo, quando o Palmeiras, mais recuado e cuidadoso, deixava o meio de campo do Goiás livre para conduzir a bola. Desta forma, o Palmeiras passou a pressionar mais no meio campo, ganhando as divididas, empurrando o Goiás para seu campo. O Goiás, sem alternativas (Valmir Lucas pela ala direita, sentiu a pressão, enquanto que Júlio César, pela ala esquerda, tem rendido muito aquém de suas possibilidades) passou a rifar a bola para o miolo de ataque, na tentativa de alguma jogada individual de Iarley e Fernandão, mas a bola chegava “na fogueira” e era facilmente recuperada pela equipe do Palmeiras.

Do outro lado, Hélio dos Anjos, que nada fez para modificar a maneira como o Goiás jogava, mostrou que estava satisfeito com o que estava acontecendo, ou que a melhor opção de escalação era aquela que iniciou a partida. Ou melhor, revelou que perdeu totalmente o comando da equipe, pois o time não consegue mais manter um padrão de jogo durante os 90 minutos.

Hélio dos Anjos entrou com um esquema 4-4-2. Um esquema em que o Goiás não está treinado. O esquema 4-4-2 funciona com dois volantes de ofício e dois meias. Hélio dos anjos entrou com Amaral, Fernando, Léo Lima, Romerito. No papel, Amaral e Fernando deveriam proteger a zaga (e a subida – alternada – dos laterais), enquanto que Léo Lima e Romerito ficariam com a função de executar a ligação com os atacantes. Mas, em campo, nada disto aconteceu. Amaral e Romerito não conseguiam realizar a função, por pura falta de treinamento. Não guardavam posição. Isto sobrecarregou Fernando e Léo Lima. No primeiro tempo, este fator não trouxe piores consequências, porque o Palmeiras estava com um esquema 3-5-2, mais atento com a marcação de Fernandão e Iarley. Mas, no segundo tempo, bastou o Muricy Ramalho avançar um pouco a sua zaga para – numericamente e com mais qualidade técnica - superar o meio de campo do Goiás e construir a excelente vitória que traz o Palmeiras de volta à liderança, dependendo apenas de si mesmo para conquistar o título.

Bem, caríssima Esmeraldina, caríssimo Esmeraldino, o pior de tudo não é sofrer uma goleada (quando o time adversário teve todos os méritos para obtê-la). O pior de tudo não é ver o nosso time jogar de igual para igual no primeiro tempo e voltar para o segundo tempo totalmente apático e sem poder de reação. O pior de tudo não é ver o nosso treinador sem o mínimo controle da equipe.

O pior de tudo é ver um jogador marcar 3 gols no nosso time e dar um passe de calcanhar para o quarto gol deles.

O pior de tudo é saber que esse jogador estava havia 68 dias sem marcar gol.

O pior de tudo é que esse jogador é o Obina.

Ressuscitar Botafogo e Fluminense...vá lá!

Mas renascer o Obina...

...aí você “pulou o córguinho”, meu verdinho!


AL-Braço
AL-©haer

5 comentários:

Fábio Almeida disse...

Camarada Al-Chaer, chamo a atenção para o número de expulsões que o Goiás sofreu neste segundo turno do campeonato. Em minha opnião isto é falta de "pulso" do técnico. Rafael Toloi é excelente jogador mas repetidas vezes cometeu o pecado da falta na pequena área. Não temos zaga! Bons atacantes mas sem boa zaga. Continuo não achando explicações para a queda do Goiás uma vez que me recuso a acreditar que a explicação seja o Fernandão. É bem verdade que Hélio dos Anjos tem cometido erros, mas é o mesmo técnico que tirou leite de pedra no primeiro turno do campeonato.

Fábio Almeida disse...

Agora contra o Atlético-MG, mais uma vez pênalti e expulsão, sempre há um destes ingredientes malignos no jogos do Goiás, ou ambos como foi o caso deste jogo. E nesta sopa indigesta com ingredientes malignos o torcedor esmeraldino é quem fica com a boca amarga.

Fábio Almeida disse...

"Não há pressão por títulos nacionais", afirmam Everton e Fernando, em matéria do globo esporte. Está lá, pode acessar. Tá certo que o globo esporte não merece muita confiança. Mas é provável que seja verdade. Como torcer para um time destes onde a diretoria não cobra título nacional? É difícil!

Fábio Almeida disse...

Pra confirmar aqui minhas afirmações de que o número de expulsões é absurda no Goiás, João Paulo acabou de ser expulso contra o Atlético-PR. Isso só mostra o nível de descontrole do time. Estamos perdendo de 1x0. Vamos torcer por uma reação.

Fábio Almeida disse...

Receio que esteja sem estímulo para comentar sobre o nosso Goiás meu companheiro de desolação. Ouvi comentários na internet de que o Hélio teria dito que a luta pelo título foi uma "invenção" dos torcedores. Não acredito nisto. O momento me parece ser mesmo de reflexão e luto.