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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Mais uma derrota...

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Eu desconfiava – em “pôsti” anterior - que o Meu Goiás não venceria o Fluminense, aqui no Serra Dourada.

Para minha surpresa, com apenas 5 minutos o Goiás já fazia o primeiro e, aos 16, ampliava para 2 a 0, com Romerito de titular (Fernandão começou no banco) movimentando-se bastante e Vitor correndo muito, ao contrário das últimas partidas. Vitor chegou a reeditar seus ótimos momentos em jogadas de linha de fundo com cruzamentos certeiros, como foi no segundo gol, que Romerito fez de cabeça.

Horário de Verão, com calor das 15 horas...pensei, esse time do Fluminense vai tentar sair para o jogo, mas não vai aguentar, nem o calor, nem os contra-ataques do Goiás.

Achei que a vitória viria fácil e que o Goiás daria uma contribuição ao Futebol Brasileiro, que seria “despachar de vez” o Fluminense para a Série B, pois, “matematicamente” um resultado que não fosse uma derrota do Fluminense aqui no Serra Dourada, ainda mantinha as chances deste sofrível time das Laranjeiras de se safar do rebaixamento.

Digo que seria uma contribuição ao Futebol Brasileiro, pois o Futebol Carioca, com exceção do Flamengo, há anos não tem montado equipes competitivas nacionalmente, não justificando em campo a tradição, a história e a força da imensa torcida destes times espalhada por este Brasilzão imenso. O Vasco está voltando para a Série A, mas – convenhamos – não cabem mais de duas equipes do Futebol Carioca na Série A do Brasileirão.

Queria muito que o Goiás tivesse vencido o Botafogo e o Fluminense aqui no Serra Dourada, de forma convincente, principalmente depois de termos goleado estes times lá no campo deles, no primeiro turno. Queria que o Goiás “empurrasse” mais ainda estes times para a Série B. O Goiás perdeu do Botafogo e empatou com o Fluminense. Fiquei com vergonha.

A “derrota” de que falo é uma “derrota” que – ironicamente – começou quando o Goiás era a “sensação” do campeonato, com reais chances de lutar pelo título, demonstradas até então pela performance em campo de um time sólido e obediente no seu esquema tático eficiente. Com a chegada do Fernandão, o que era para ser uma demonstração de força e poderio de um time que chegava para disputar o título (com chances reais, repito, naquela época), passou a ser um pesadelo em todos os sentidos: ninguém estava preparado para a chegada do Fernandão, nem a Comissão Técnica, nem os demais jogadores.

Se fosse um Hospital, todos os profissionais ganhariam com a chegada de um Médico com um curriculum extenso de uma vasta experiência profissional.

Se fosse uma empresa de Engenharia, todos os profissionais ganhariam com a chegada de um Engenheiro com seu conhecimento técnico e sua competência adquirida no exercício da profissão.
Deixo para os Leitorcedores estabelecerem outros exemplos...

Mas a “empresa” que estamos falando é a do Futebol. E, no caso específico do Meu Goiás, a falha foi administrativa: falhou-se em administrar a possibilidade de se lutar por um título, falhou-se em administrar variações táticas necessárias num campeonato longo, falhou-se em administrar os holofotes da mídia, falhou-se em administrar a capacidade dos jogadores de serem vencedores.

Devemos eximir a Diretoria e Comissão Técnica de parte das falhas, pois eles – efetivamente – não entram em campo.

Alguns jogadores “entram em campo”, mas a gente não sabe se estão com a mesma vontade da Diretoria, do Técnico e da Torcida.

Às vezes fico pensando que alguns jogadores do Meu Goiás estão com aquela vontade de perdedores. Mas eles se disfarçam tão bem, que parece que eles se revezam, só de sacanagem. Para a gente ficar sem entender e “debitar a conta” naquela máxima de que Futebol é Futebol é Futebol é Futebol.

E que no Futebol “tudo pode acontecer” (olha as frases aí de novo!).

Eles (os jogadores) venceram.

Há três “futebóis” (acabei de inventar o plural, anotai ô Houaiss!!!): um na cabeça do Torcedor, outro na cabeça do Treinador e mais um – o verdadeiro, o real – na cabeça dos jogadores.

Na minha cabeça, vejo o meu time com um Futebol de perdedor. Foi esse empate com o Fluminense.

Que vergonha!


AL-Braço
AL-©haer

Um comentário:

Fábio Almeida disse...

Disseste bem! Vergonha! Brasileirão 2009, jogo em casa, margem de dois gols aos 16 min do primeiro tempo. O torcedor pensa: "Temos boa margem de vantagem". Não se o torcedor for esmeraldino. Um dos times que mais leva gol no campeonato. Uma das piores zagas. E jogar "pra frente" não é desculpa. Não existe margem "segura" quando se trata do atual time do Goiás.