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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Mais uma vitória do Meu Goiás

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Para quem tava reclamando no começo do campeonato que o time não vencia, alcançar 7 vitórias, duas a menos que o líder está saindo melhor que a encomenda (olha aí as frases que eu adoro!).

Das 7 vitórias, esta sobre o Atlético-PR é a quarta seguida, ou seja, o Goiás desembestou a vencer.

Toda vitória vale 3 pontos. Mas há diferença entre uma vitória e outra.

Explico.

Jogando contra o então líder Atlético-MG, lá no Mineirão, com quase 51 mil torcedores, vencemos com um golzinho no final da partida, não dando tempo para a reação do time mineiro. Se foi uma vitória inesperada? Foi sim, até porque o Atlético-MG ainda estava invicto lá no Mineirão. Falar depois da partida jogada é mais fácil, mas antes da partida, sabíamos que o Goiás iria jogar “fechadinho” (no esquema 3-6-1) e que um empate já seria um ótimo resultado. O Goiás não se afobou, não cometeu erros na defesa e o Iarley, rápido e bem posicionado, antecipou ao zagueiro, tocando no cantinho, com a bola indo morrer nas teias do goleiro Aranha. Até aquele momento, a partida caminhava para um empate em 0 a 0. Qualquer time que conseguisse um gol, venceria a partida, pois as defesas superavam os ataques, em ambos os lados. Os Deuses do Futebol quiseram que o Goiás marcasse o gol. Acontece. A torcida do Atlético-MG não gostou do resultado (óbvio!), mas, reconhecendo o esforço e a boa situação de sua equipe na tabela de classificação, aplaudiu o time após a partida, numa clara demonstração de que a derrota para o Goiás, em pleno Mineirão, foi para eles um “acidente de percurso”. E, cá pra nós, se o Goiás voltasse com um empate lá do Mineirão, estaríamos satisfeitos. Esta vitória do Goiás, portanto, foi – vamos dizer assim – uma “vitória achada” fora de casa.

Vamos agora comentar a vitória do Goiás sobre o Atlético-PR. O Goiás não fez mais do que sua obrigação. É isto mesmo! Jogando no Serra Dourada, com o clima seco que “mata” os adversários nestes meses de julho e agosto, tendo uma equipe melhor e mais bem estruturada, vindo de três vitórias em ascendente beliscando o G4, enquanto que o adversário não vencia há várias rodadas, na Zona do rebaixamento, pensei, só falta o Sobrenatural de Almeida resolver entrar em campo para complicar. Mas o Goiás venceu. E venceu repetindo o esquema 3-6-1 da partida contra o Atlético-MG. Então, a diferença entre aquela vitória sobre o Atlético-MG e esta sobre o Atlético-PR é que esta foi mais “saborosa” do que aquela, porque quando uma equipe é superior, jogando em casa, tem que vencer e vencer bem. Isto traz tranquilidade à equipe e, equilíbrio emocional é o que faz a diferença em um campeonato longo, onde há um equilíbrio entre a maioria das equipes (poucos craques, poucos elencos que se sobressaem e raríssimas contribuições táticas dos técnicos).

Nesta partida contra o Atlético-PR, convenhamos, caríssima esmeraldina e caríssimo esmeraldino, deu tudo certo para o Goiás. Aos 4min, Rafael Tolói solta uma bomba, numa cobrança de falta (Gente, além de bom na defesa, bom na condução de bola, bom de cabeça, o menino também bate falta!!!) e o goleiro Galatto faz um milagre. Aos 6min, Iarley recebe de Júlio César e, com calma, dá um corte no zagueiro e bate de esquerda tirando do goleiro. 1 a 0. Aos 11min, Léo Lima cobra uma falta para dentro da área e Amaral antecipa de cabeça, colocando a bola no ângulo, sem chances para o Galatto, que não foi na bola, nem para sair na foto. 2 a 0. Teve torcedor que chegou atrasado no estádio e nem viu esses dois gols.

A gente ainda vê viradas em partidas de Futebol, mas está cada vez mais raro, porque, geralmente, os esquemas táticos são “mais fechados”. De maneira geral, joga-se “para não perder” e, nos contra-ataques, “tentar surpreender” o adversário. Quando uma equipe abre o marcador, regra geral, o adversário avança tentando o empate, o que deixa sua defesa mais vulnerável a sofrer mais gols. Tudo bem...o Goiás já venceu duas de virada: uma contra o fraco Fluminense e outra contra o Palmeiras. Terça-feira passada, pela série B, a partida entre Portuguesa e Guarani teve duas viradas (a Portuguesa fez 1 a 0 e permitiu a virada do Guarani, para 3 a 1, no primeiro tempo; no segundo tempo, a Portuguesa virou para 4 a 3). São coisas do Futebol, mas este artigo “virada” está cada vez mais raro de acontecer.

Então, seria um desastre se o Goiás permitisse a virada do Atlético-PR. Depois da partida, eu afirmo que seria uma ZEBRA se o Atlético-PR, sequer, empatasse.

O Goiás ainda marcaria o terceiro, com Léo Lima, num belo chute de fora da área. Poderia ter marcado mais, mas já eram 20min do segundo tempo e até os jogadores sentiam que o Atlético-PR não iria incomodar, pois não chutou nenhuma bola no gol do São Harlei, que hoje, surpreendentemente, não fez nenhum milagre. Já estava 3 a 0 para o Goiás e o time do Atlético-PR tocava a bola na defesa, como se eles estivessem vencendo a partida.

O Goiás está MUITO DE PARABÉNS, pois enfrentou um time “ridículo”, confirmou sua superioridade diante de sua torcida e venceu mais uma.

O Hélio dos Anjos parece que encontrou a melhor distribuição tática para o Goiás: esse 3-6-1. Dentro e fora do Serra Dourada. Quando o artilheiro Felipe estiver em condições de retornar à equipe, o Iarley deverá ser recuado e quem deve deixar a equipe é o Felipe Menezes, pois o Léo Lima entrou bem na equipe. O retorno de Fernando, também foi bom para o Goiás. Desde o afastamento do Éverton e, em função das suspensões e – recentemente – da contusão do Ramalho, precisávamos de um jogador com as características de forte marcação no meio de campo e capacidade de proteger a zaga. O jovem Rafael Tolói retornou da Seleção e este menino tem muita técnica, tem muita raça, sobe bem de cabeça (tanto na defesa, quanto no ataque) e chuta bem para o gol. Normalmente, a maioria dos zagueiros tem apenas uma de suas qualidades. Daqui a alguns anos, será um líder em qualquer equipe que estiver jogando. Na Seleção já é o Capitão.

Sem desmerecer a excelente vitória do Goiás sobre o Atlético-PR, eu não posso deixar de falar que esse time do Atlético-PR é o pior time que o Goiás enfrentou até o momento. O time conseguiu ser pior que o Botafogo. Pior até que o Fluminense.

Imagino a tristeza dos torcedores do Náutico e do Fluminense, ao verem a Tabela de Classificação e se depararem com seus times ATRÁS do Atlético-PR.

Conforme informado aqui em crônica anterior, vou comprar mais um punhado de yenes.

No próximo Domingo é lá contra o Santo André. E na quarta-feira da semana que vem, contra o Flamengo, aqui, com o Serra Dourada lotado.

METE O BURRÁI, VERDÃO !!!


AL-Braço
AL-©haer

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