(poesia visuAL / "A Tática: Futebol" / Série "Futebol em Movimento")

( poesia visual / "Copa do Mundo" / Série "Futebol em Movimento" )

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Comemoremos, mas com moderação

.
A frase acima é direcionada às Esmeraldinas e aos Esmeraldinos doentes como eu.

Caríssimos e Caríssimas parceiros de paixão (=doença) pelo Goiás. Claro que é para comemorar a goleada de 4 a 1 sobre o Botafogo lá dentro da casa deles. Eu também comemorei. O Goiás jogou bem: cometeu poucos erros na defesa, o ataque funcionou e o São Harlei fez três milagrinhos básicos, na média.

Mas daí a pensar que o Goiás segue “rumo a Tokyo”, também é demais.

(eu já estou começando a comprar yenes...mas desconsiderem o meu caso, que não tem base...)

Vamos colocar os pés no chão. Até o momento, a campanha do Goiás no Brasileirão é, no mínimo, incomum, pois estamos negando a tradição. A tradição sempre foi “fazer a lição de casa” (adoro essas frases feitas) e tentar um empatezinho fora e, se der, uma vitória fora de casa, de vez em quando. Após 8 rodadas, ainda não vencemos no Serra Dourada e foi no Serra Dourada a nossa única derrota até agora e, fora de casa, estamos invictos, tendo alcançado duas vitórias. Nosso aproveitamento no Serra é de 25%, enquanto que, fora de casa, atingimos a marca de 66,7%. Ou seja, a situação está fora do normal. E minha preocupação é que a situação fique “fora do controle”, pois – sabemos – que a maioria dos jogadores de futebol não está preparada psicologicamente para o esporte. São bem preparados técnica e taticamente, mas falta o controle emocional. E me preocupa muito o grau de ansiedade dos jogadores do Goiás na expectativa da primeira vitória no Serra Dourada, junto à sua torcida. E, falando em torcida, em geral, a paciência do torcedor que vai ao estádio é muito curta. Temo por esta situação, que pode agravar se a tal primeira vitória em casa (a do “tirei do dedo”) demore mais algumas rodadas.

Vamos relembrar nossos jogos até o momento: enfrentamos Inter, Coritiba, Corinthians e Grêmio, todos com times mistos (em função das competições paralelas que eles ora disputavam) e somente conseguimos vencer o Coritiba.

A partida contra o Santos foi um festival de lambanças das duas defesas. O placar moral (placar moral...isso quem inventou foram os militares na Copa de 78) daquela partida deveria ser uns 9 a 9.

Contra o Náutico e contra o Barueri, não saímos derrotados do Serra Dourada, por sorte.

E, contra o Botafogo, convenhamos, vencemos um time que “dá pena” e, por falar em pena, no jargão do Futebol diríamos que vencemos uma “galinha morta”.

Muita gente achava que o Goiás não faria mais que a obrigação se vencesse o Grêmio Barueri. Se tomarmos como base a tabela de classificação, vemos o Barueri com 13PG, na quarta colocação. Ou seja, aquele time do Barueri era mesmo difícil de ser vencido. Na minha opinião, de todos os times que vieram jogar aqui no Serra Dourada, o Barueri foi a equipe que mais me impressionou, pela maneira corajosa que a equipe parte para cima, com velocidade. Eles alternam jogadas pela direita e esquerda, com a mesma eficiência e os jogadores têm ótimo preparo físico. Eles correram demais aqui no Serra Dourada e também correram demais lá no Mineirão, quando tiraram a invencibilidade do Cruzeiro.

Aí vem aquela frasezinha “manjada”: “o campeonato ainda está começando...muita coisa ainda pode mudar”. Pode.

Analisando a tabela, vemos que poucos pontos separam as equipes. O primeiro da faixa de rebaixamento é o Náutico, com 8PG. Nós estamos apenas 3 pontinhos (uma vitória) à frente do Náutico.

Olhando melhor a tabela, vemos que Cruzeiro, São Paulo e Grêmio estão atrás de nós. A pergunta é: vocês acham que Cruzeiro, São Paulo e Grêmio vão permanecer nesta faixa, por todo o campeonato? Eu acho que não. Conclusão: esses times vão trocar de posição com outros três times que estão, atualmente, na frente deles. Quem se habilita?

Mas há de se pensar o contrário: será que Atlético-MG, Vitória e Grêmio Barueri terão cacife para se manterem lá em cima?

Resumindo, a tendência é que as equipes melhorem com os jogos. Então, quem aproveitou bem o início do campeonato, tem “gordura para queimar” (olha outra frase aí), o que dá tranqüilidade. Com a tranqüilidade, vêm os bons resultados. E um tropeço, quando se está lá em cima, não traz desconforto, quanto um tropeço lá na faixa intermediária, que coloca o time próximo (ou até dentro) da zona de rebaixamento. A outra pergunta que eu me faço é: “- Como/quanto que o Goiás pode melhorar daqui pra frente?”

Tudo isto para dizer: no próximo Domingo, o Goiás joga no Serra Dourada, contra o Cruzeiro e, para utilizar uma expressão importada da novela das 8, não será “auspicioso” um resultado que seja diferente de uma vitória. Se o Cruzeiro virá cansado, depois da partida contra o Grêmio pela Libertadores, se o Cruzeiro virá classificado, ou desclassificado, com time misto, de camisa azul, ou de camisa branca, não interessa, o time do Goiás precisa vencer o Cruzeiro, Domingo, aqui no Serra Dourada.

Tomara. Para a gente comemorar, mesmo!


AL-Braço
AL-©haer

Nenhum comentário: