Eu tinha prometido a mim mesmo que não iria escrever sobre o Meu Goiás
nesta volta à Série A do Brasileirão 2013. Esperaria o ano passar para ver no que
iria dar, ao final. Cobranças? Nenhuma. Apenas esperava que o Goiás se
mantivesse no meio da tabela de classificação, sem sustos, destes de lutar
contra o rebaixamento.
O começo do campeonato não foi bom. Viu-se, claramente, que o nível de
jogadores de uma Série A é bem superior ao de uma Série B e que, considerando que
o atual time do Goiás é de qualidade inferior ao que tinha conquistado a Série
B de 2012, os prognósticos (os meus!) não eram nada bons. Após as cinco
primeiras rodadas, eu estava certo de que o Goiás disputaria para “não cair”.
Felizmente eu estava enganado e quem estava certo era o técnico do
Goiás, Enderson Moreira, que pedia tempo para empreender um padrão de jogo para
sua equipe. Eu pensava: padrão de jogo com um Vitor na lateral direita e um
William Mateus na esquerda? Esse Vitor, para mim, já estava ultrapassado na
época que o Palmeiras o contratou e vê-lo de volta ao time titular do Goiás me
deu preguiça. Sobre o outro, basta dizer que ele "não serve para o Vasco".
Depois de que o “verdinho” (o Goiás da Copa São Paulo de Juniores de
2013) fez aquela belíssima campanha, chegando ao honroso vice-campeonato, a
gente pediu para que o Enderson Moreira colocasse os meninos, alguns dos “pratas-da-casa”
para jogarem no time principal. Enderson disse que não estava na hora...a gente
insistiu (torcida e imprensa) e o
Enderson chegou a colocar os “meninos” para jogar, mas eles “sentiram” o peso
da camisa. Ou seja, o Enderson tratou de “queimar” os meninos lançando aos “leões
de uma Série A” e ficou insistindo com os “seus” jogadores.
E não é que deu certo? E deu certo com uma “tacada de mestre”:
Enderson Moreira colocou o meia Davi para jogar como segundo volante, ao lado
de Amaral. Foi a melhor contribuição do Enderson Moreira: deu condições para
que o Davi rendesse muito bem, combatendo e saindo jogando com habilidade. Isso
organizou a defesa do Goiás, ao mesmo tempo que deu qualidade na saída de bola
na transição da defesa para o ataque. O Goiás passou a "rifar" menos as bolas. E ganhou maior posse de bola.
E tem o Walter, o Walterror, que prende dois marcadores lá na frente e
abre espaço para as “formiguinhas” (por exemplo, Renan Oliveira e Hugo e outros)
que vêm de trás. Até as primeiras 10 partidas, somente o Walter fazia a
diferença. Agora, as “formiginhas” estão aparecendo. E decisivas.
Depois que o Goiás perdeu para o Santos (por 1 a 0, lá na Vila
Belmiro) e perdeu a longa invencibilidade no Serra Dourada para o Cruzeiro (de
virada, 2 a 1) eu fiquei bastante preocupado, porque os confrontos seguintes
seriam contra o Corinthians e o Coritiba, fora de casa. Já tinha “jogado a
toalha”. Imaginei que o Goiás não teria condições de conseguir nenhum ponto
nestas duas partidas, pela qualidade dos adversários e por ambos necessitarem
de reabilitação junto a sua torcida. Imaginei que o Goiás voltaria de Curitiba
acumulando 4 derrotas seguidas (Santos, Cruzeiro, Corinthians e Coritiba) e que
estaria – novamente – com o “fantasma do rebaixamento” rondando nossas cabeças.
Nada disso. Está dando tudo certo.
O Goiás é limitado, mas é ajeitado!
Com um jeito que está parecendo que vai brigar pela quarta colocação.
O Meu Goiás entrou no jogo. Na 22ª. Rodada !
AL-Braços
AL-©hæ®