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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Reflexos e Reflexões de um "jogaço de bola"

Bayern 4 x 0 Barça, 23/04/2013, Champions League, Semi-final, Jogo de Ida

Confesso que não esperava este placar. No meu pALpite, o Bayern era o favorito, não somente por estar jogando em casa, na sua arena junto aos seus Bávaros, mas porque - realmente - o atual Campeão da Bundesliga tem se apresentado melhor, tanto nos campeonato nacional, quanto na própria Champions League, comparando com seu oponente Catalão.

Imaginava que o Bayern venceria a partida, mas que o Barça marcaria, também. Pensei em um 2 x 1, ou um 3 x 2, mas não passava pela minha cabeça que - ao final da partida - a goleada sofrida por 4 a 0 ficaria "barato" para o Barcelona. Poderia ter sido de 5 ou 6. A equipe do Bayern jogou bola para mais de 4!
Lembrei-me daquela final do Mundial Interclubes em que o time do Santos "tomou uma aula de jogar futebol" da equipe do Barcelona (as palavras não são minhas, não; eu apenas as tomei emprestado do Neymar JR). E, aproveitando que citamos o Santos F. C., vamos entoar com a melodia do seu hino: "Agora que dá aula é o Bayern".

Debitar a derrota na conta de um Messi jogando no sacrifício, não é justo. Em parte, sim. O fato de Lionel Messi entrar em campo sem reunir suas melhores condições físicas contribuiu para uma queda de produção da equipe do Barlelona. Mas o que realmente definiu a vitória do Bayern foi o esquema tático montado por  Jupp Heynckes, que neutralizou parte das ações de Xavi e Iniesta, de tal forma que, no primeiro tempo, o Barcelona não chutou a gol, apesar de ter tido mais posse de bola. 

Schweinsteiger, Robben, Thomas Müller, Ribéry e Mario Gomez poderiam ser contratados pelo "Balada Responsável": deram uma Blitz na defesa do Barcelona, que deixaram os catalães sem fôlego nem para soprar o bafômetro. Sem falar no trio Martinez, Dante e Alaba, que vinha de trás para aumentar a pressão do êmbolo com que o Bayern espremia o Barcelona na sua área. 

Colocar um "gênio" em campo, mesmo que ele não esteja 100%, com a esperança que ele realize uma ou outra "jogada de gênio", até aí, tudo bem, é aceitável. Deu certo na partida de volta do Barça contra o PSG, quando Messi, poupado no banco, entrou logo após o PSG abrir o marcador e foi responsável pela jogada em que o Barça empatou a partida, conseguindo o resultado para seguir na competição. Mas, nesta partida de ida contra o Bayern, deu para notar, ao final do primeiro tempo, que "o" gênio Messi não estava - literalmente - em campo. Deveria ter sido substituído. Na "engrenagem" do Barcelona, a falta de um jogador desconfigura os "n triângulos possíveis para as trocas de bola em passes curtos da intermediária para frente". Se o técnico Tito Vn (não, quem me conhece sabe que eu não falo, nem escrevo essa palavra do sobrenome do técnico do Barça...)  tivesse substituído o Messi no intervalo, talvez o desastre pudesse ter sido menor. Não, ele insistiu com Messi até o final da partida. O Barcelona jogou com um a menos e o time do lado de lá era simplesmente o Bayern, completo. Resultado: deu no que deu e poderia ter dado mais. Na "Era Messi" o Barça ainda não tinha experimentado o gostinho de um 4 a 0. 

Esta vitória do Bayern representa muito. E é enorme a vantagem que os alemães levam para a partida de volta. O próprio Messi reconheceu que é muito difícil devolver os 4 a 0, porque do outro lado é o Bayern (não é o Milan, né?). Mas tem muita gente lá da Bavária que só vai comemorar - mesmo! - depois que o árbitro apitar o final da partida de volta. 

Eu diria que o Bayern tem 97% de chances de se classificar para a final em Wembley. 

Sabem onde estão os outros 3%? Lá em Camp Nou, se o Messi estiver uns 100%. E, em oito dias, dependendo do estrago que está a contusão, pode até ser que consigam colocar o Messi com uns 86%. 

E os outros 14%, como ficam?  Ficam por conta do "gênio".


AL-Braços
AL-©hae®

pêésse: quando me lembro daquela defesinha do Barça com as bolas altas, as chances do Bayern ir à final chegam em (deixa eu somar aqui...) 137%. 





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