Simples. Nas duas partidas pela Copa do Brasil 2012, o Goiás foi
superior ao Atlético-MG.
Dos 180 minutos disputados, apenas em 20 minutos (os primeiros 20
minutos da partida de volta, lá no Estádio Independência, a agora
recém-reformada e linda “Arena Independência”) o Atlético Mineiro pressionou o
Goiás. E era necessário. O Atlético tinha que descontar os 2 a 0 da partida de
ida, no Serra Dourada e, a sua única chance era partir logo para cima, na
segunda partida.
Parecia que ia dar certo para o Galo Mineiro, pois aos 24 minutos do
primeiro tempo eles já tinham “empatado” o confronto. O Atlético tinha ainda
uma hora e dez minutos para fazer mais um gol e se classificar direto, sem a
necessidade de disputa de pênaltis.
Mas não deu certo para o Atlético Mineiro. Porque do outro lado estava
um time que apresentou três características que superaram o seu oponente, senão
vejamos:
1. O time do Goiás apresentou um melhor preparo físico que o time do
Atlético;
2. Os jogadores do Goiás tiveram mais “raça”;
3. O esquema tático do técnico do Goiás foi superior ao sistema tático
do técnico do Atlético.
E isto ocorreu não somente na partida de volta. Ocorreu também na
partida de ida, aqui no Serra Dourada.
O jovem atacante do Goiás, Felipe Amorim, que marcou o gol da
classificação, foi muito elogiado e com méritos. Marcou um gol usando de suas
principais qualidades: rapidez e habilidade. Uma bola que estava “quase perdida”...Felipe
Amorim acreditou e tomou a bola do zagueiro, passou por este, que tentava
recuperar a bola e, com precisão, chutou no canto. Já era quase 40 minutos do
segundo tempo e já não dava mais tempo para o Atlético marcar mais dois gols.
Mas não foi só Felipe Amorim que se destacou. Tolói, Walmir Lucas,
Thiago Mendes, Ramon e Ricardo Goulart também foram fundamentais, nesta
classificação. Até o Vitor (aquele!!!) entrou bem e ajudou bastante a equipe.
Para mim, quem foi o melhor deste confronto não foi um jogador. Foi o
técnico do Goiás, Enderson Moreira. No segundo tempo, Enderson Moreira retira o
atacante esperiente Iarley e coloca mais um zagueiro, Wallinson. Ao mesmo
tempo, coloca o outro experiente, o lateral Vitor, no lugar do Peter.
À primeira vista, paracia que o Goiás ficaria mais defensivo. Que o
Enderson Moreira estaria preocupado em levar a decisão para os pênaltis.
Nada disto. O Enderson Moreira deu um “nó tático” na equipe do técnico
Cuca.
Com a e entrada de um zagueiro a mais, Rafael Tolói pode atuar como um
líbero e, além de “fechar” a defesa, não permitindo que os atacantes do
Atlético conseguissem o terceiro gol, propiciou que Tolói ficasse à frente da
defesa, o fez com que Tolói ganhasse todas as divididas.
Com a entrada do lateral Vitor no lugar de Iarley, a consequência não
foi o enfraquecimento do ataque do Goiás. Pelo contrário. Com Vitor e Valmir
Lucas pela direita, o Goiás passou a ter mais posse de bola, o que fez com que
o Goiás ganhasse mais tempo sem ser molestado pelo ataque do Atlético. E,
obviamente, com mais posse de bola, chegava à meta do Atlético com mais perigo
e envolvia não somente a defesa do adversário, mas o time todo. O Atlético
Mineiro passou a “correr atrás da bola” e, com preparo físico notadamente
inferior ao do time do Goiás, só deu Goiás no segundo tempo.
E todo este esforço foi recompensado com o gol de Felipe Amorim, o gol
que deu a classificação ao Goiás.
Agora é esperar por Ponte Preta ou São Paulo.
AL-Braços
AL-©haer
Um comentário:
Deu um susto no começo mas depois o Goiás foi superior mesmo, perdemos muitas chances de gol! E foi assim no primeiro jogo também. Sinceramente, acho o Egídio um jogador muito limitado. NOssa zaga parece ter se acertado mais. Agora fica a dúvida? Para o Goiás seria menos difícil enfrentar o SP ou Ponte Preta?
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