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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Ainda falta muito


Claro que ainda faltam três rodadas do primeiro turno a serem disputadas e mais as 19 do segundo.

Mas, o empate contra “eles”, quando o Meu Goiás escapou de levar uma goleada daquelas e a derrota para o São Caetano revelam que ainda falta muito para que o atual time do Goiás entre – efetivamente – na briga por uma das quatro vagas do G4.

A Torcida do Goiás tem todo o direito de voltar a se entusiasmar com o time: com a chegada do técnico Márcio Goiano e a entrada dos novos contratados, foram 13 pontos ganhos em 18 possíveis; nas últimas cinco partidas, um excelente aproveitamento 72,2%.

Contudo, para compensar o início desastroso na competição, ainda há de que se melhorar mais e, infelizmente, mesmo que os novos jogadores trouxeram um novo gás à equipe, sabemos que eles não conseguem (e não conseguiriam) “matar um leão” em cada partida.

Por exemplo, com uma marcação forte e eficiente no atacante Iarley, o ataque do Goiás volta a ser o que era antes, ou seja, fica sem opção. Foi o que aconteceu na partida contra “eles” e, novamente, nesta última, contra o São Caetano. A defesa do São Caetano só falhou duas vezes, na marcação do Iarley. Aliado a um ótimo passe do Marcão, numa delas, Iarley – rápido – dominou e bateu forte para marcar. Na outra, já no segundo tempo, Iarley ficou frente a frente do goleiro, que saía fechando o ângulo, o que dificultou a sequência da jogada: Iarley não conseguiu chutar, teve que levar a bola para a linha de fundo, cruzou para trás, mas só tinha um atacante do Goiás chegando entre vários defensores, o que ficou fácil para a defesa cortar o perigo de gol.

O outro exemplo é o Alan Bahia. Vê-se, claramente, que sua forma física já não é a mesma dos tempos de Atlético Paranaense. Na partida contra “eles”, Alan Bahia “pregou” já no primeiro tempo. O mesmo aconteceu, nesta derrota para o São Caetano. A solução tem sido sua substituição pelo Amaral, que há muito não tem reeditado aquelas ótimas atuações, em que cumpria bem a função de volante, na defesa, chegando a marcar alguns gols de cabeça lá no ataque. Atualmente, vejo o Amaral sem o tempo da bola, chegando atrasado e deixando vulnerável o sistema defensivo do Goiás.

O campeonato é longo e teremos várias suspensões, especialmente por cartões amarelos. Precisa ter elenco. O Rafael Tolói estava suspenso do jogo contra o São Caetano. Quem fez dupla de zaga com o Ernando foi o outro “prata-da-casa”, Valmir Lucas. Valmir Lucas, apesar de jovem, é experiente no time principal. Quando o Goiás jogava com três zagueiros, ele formava o trio com Tolói e Ernando. Contudo, para jogar com apenas dois zagueiros, nota-se que, com a ausência do Tolói, a dupla Ernando e Valmir Lucas ficou sem liderança.

Max Pardalzinho é um “Max Pardalzinho”. Corre muito, tem disposição, mas diante de uma defesa fechada (como foi a defesa do São Caetano, após o gol da virada), revela-se pouco produtivo.

O mesmo tem sido visto nas atuações de Felipe Amorim. Ótimo jogador, habilidoso e rápido, mas parece que está jogando muito ansioso. Talvez seja pelo fato de estar no banco de reservas e, quando entra, querer mostrar seu potencial e resolver tudo sozinho.

Marcão, por sua vez, é e será importante pela sua experiência. Mas, no segundo tempo, as pernas pesam e suas jogadas se resumem em lançamentos para o ataque, o que – na maioria – são bolas rifadas, facilitando a retomada de bola e propiciando contra-ataques por parte dos adversários.

O Goiás precisa de mais um lateral esquerdo, um meia de ligação e um atacante. No mínimo.

E o técnico Márcio Goiano precisa criar novas alternativas táticas. Isto – sabemos – é difícil, porque o elenco é limitado e não há tempo de treinar.

É complicada esta vidinha de Série B.


AL-Braço
AL-©haer

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