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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

“P-A-C-A-E-M-B-U-A-Z-O” !!! (Porque é Futebol)

Porque é Futebol, nem sempre o melhor vence.

Porque é Futebol, não se vence antes da partida.

Porque é Futebol, chamadas de TV não ganham jogo.

Porque é Futebol, “replay” não altera resultado.

De um lado, Meu Goiás, após o vexame (anunciado) do rebaixamento para a Série B, jogando lá no Pacaembu, na partida de volta da semi-final da Sulamericana, com o placar em desvantagem: um jogo que começava 0 a 0, mas que já estava 1 a 0 para o Palmeiras (resultado do jogo de ida, no Serra Dourada).

De outro lado, o Palmeiras, que “priorizou” a Copa Sulamericana, junto a 40 mil torcedores. Do “vitorioso” Felipão. FA-VO-RI-TO. Um simples empate lhe daria a classificação à Final.

Favorito até nas chamadas da TV Globo. Só faltou a TV Globo decretar W.O. favorável ao Palmeiras. Nas chamadas, parecia que somente o Palmeiras jogaria, parecia que somente o time do Palmeiras estaria em campo, parecia que não haveria um adversário em campo, para enfrentar o Palmeiras.

Uma boa comparação do que foi a partida de volta da semi-final da Sulamericana pode ser feita com uma luta de boxe. De um lado, o “Campeão”, de outro, um mero “sparring”.

O “Campeão” começou batendo, mostrando sua força. E não diminuía o ritmo. Acuava o “sparring” junto às cordas e este se defendia. Só defendia. Tudo caminhava para a felicidade do narrador: o nocaute do “sparring” estava próximo.

Quando o Palmeiras abriu o marcador, o que seria 2 a 0 no placar agregado, aí que tudo ficou “do jeito que eles queriam”, com a possibilidade de o Palmeiras “favorito” enfiar uma goleada sobre um Goiás “fraco e sem chances”.

Mas, sabem aquela do “queixo-de-vidro”? Pois é, tem isto em luta de boxe.

No primeiro tempo, o Goiás - que só tinha dado um chute a gol (Rafael Moura chutou de fora da área, no travessão) -, empatou após cobrança de falta de Marcelo Costa, que também bateu no travessão, com Rafael Tolói recolocando a bola na área, desvio de cabeça de Rafael Moura, que Carlos Alberto concluiu para dentro. Era o final do primeiro tempo, que terminava empatado (aliás, 2 a 1 para o Palmeiras, no placar agregado).

Veio o segundo tempo. Arthur Neto “leu o jogo”: colocou o atacante Felipe no lugar do lateral Douglas. Básico. Mas inteligente: o lateral Douglas era a única peça da defesa do Goiás que não correspondia; até o tal do Wellington Saci jogava melhor que o Douglas! Carlos Alberto foi deslocado para a lateral direita e o Goiás partiu para cima, com um atacante a mais.

O que se viu foi o “Campeão” tonto, após o soco no queixo (de vidro!) e o “sparring” tomando controle da “luta”, gostando de bater e se defendendo com eficiência.

Só deu GOIÁS no segundo tempo. E era uma questão de tempo o segundo gol do Goiás. Ernando fez de cabeça aos 37 minutos do segundo tempo. E o “campeão” (do “queixo-de-vidro”) dobrou os joelhos.


E um Pacaembu ficou mudo.

Depois da partida, mudei de canal para o SPORTV. Lá eles estavam tentando “marcar impedimento” no gol do Ernando. Repetiram o lance umas dez vezes. Mas não deu: nos replays, nem o árbitro, nem o bandeira assinalavam o impedimento e precisou do Arnaldo César Coelho entrar por telefone, para explicar que a jogada foi legal.

Rafael Moura (que eu já critiquei tanto, especialmente nas partidas do Brasileirão) é – indiscutivelmente – o principal jogador do Goiás nesta Copa Sulamericana. Marcão é outro que está se saindo – surpreendentemente – bem. É o Marcão comandando lá atrás e o Rafael Moura brigando lá na frente. E a disposição do Carlos Alberto contagia os companheiros.

Antes da partida, quase deram W.O. favorável ao Palmeiras.

No final, deu G.O. (Game Over para as chamadas da TV Globo).

Porque é Futebol.

E no Futebol, depois do jogo, o favorito é o placar.

Caríssima Leitorcedora Esmeraldina. Caríssimo Leitorcedor Esmeraldino. Que Vitória, hein?!

Que orgulho !!!

PUTAQUIUPARIU !!!


AL-Braço
AL-©haer 

pêésse: fiquei sabendo que na transmissão da BAND, o Edmundo e o Neto viram um jogo que “só eles viram”...parece que o Palmeiras se classificou para a Final, lá na BAND...

4 comentários:

Anônimo disse...

Olá irmão,

Assisti ao jogo com a paciência e fé dos abnegados.

O Goiás com todas as suas já listadas e checadas limitações e o Palmeiras do outro lado.

O que vi foi um time correto - Palmeiras - e um time correndo, Goiás.

Depois do empate o time Palmeiras ficou com medo, e o Goiás cresceu.

Jogo ganho na psicologia, e na vontade.

Estou usando a minha camisa do Goiás no consultório onde atendo, assim como também a usei no dia do fatídico rebaixamento.

Tenho fé, porque a justiça, assim como a Globo, é cega.

Forte abraço, do irmão,

JB Alencastro

xMao_Elphiates disse...

Olá Al-Chaer, hoje u estou igual "pinto no lixo". E é parabens para todos os lados, tod mundo que cruza comigo comenta: "Bela atuação". E deu gosto de ver o Goiás jogar ontem. Diminuimos os erros de passes curtos, os passes longos ainda são sofríveis, estamos acertando escanteio, o Rafael Moura jogou muito, assim como Marcão e Toloi. Ohhhh se o Goiás jogasse sempre com esta vontade. E agora, quem seria um melhor adversário? LDU ou Independientes?

zamorim disse...

Show de bola o texto e o jogo!
Me lembrou muito do Vasco x Gama na "Copa do Brasil do milésimo gol do Baixinho". Os caras não aprendem...

Anônimo disse...

Eu, Palmeiras, torcedor de um time de uma nota só: Marcos Assunção, não fiquei surpreso com a eliminação. Parabéns pelo texto. Abraços.