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domingo, 1 de agosto de 2010

Goiás de volta à zona do rebaixamento

O que ameaçava acontecer, aconteceu: o Goiás volta para a incômoda zona do rebaixamento.

Sinceramente, eu não esperava que o Meu Goiás voltasse de Florianópolis com uma vitória. Comparando as trajetórias do Avaí e do Goiás desde o ano passado e, analisando a posição de cada time neste Brasileirão de 2010, vê-se claramente que a equipe do Avaí está bem mais equilibrada. Não é tarefa fácil enfrentar o time do Avaí lá no Ressacada. O Goiás teria dificuldades. Era esperado. Mas o time do Goiás “facilitou” muito a vida do Avaí, especialmente no primeiro tempo, quando o time de Santa Catarina abriu 3 a 0. Só não foi de mais, porque o “São” Harlei fez dois milagrezinhos básicos, na sua volta ao gol do Goiás, depois de recuperado da cirurgia.  

Por falar em equilíbrio, no time do Goiás falta equilíbrio não somente dentro de campo, mas desde a Diretoria que – rachada – mostra-se enfraquecida e inoperante. O elenco do Goiás é limitado (já cansei de escrever isto aqui), mas – para piorar – parece que os problemas administrativos estão começando a passar para dentro do campo.

Voltemos ao Harlei: não foi culpado de nenhum dos 4 gols do Avaí. O meia Bernardo é outro que temos que deixar de fora das críticas, porque jogou sozinho e sua atuação foi premiada por um belo gol marcado no ótimo goleiro Renan, este jovem que já mostra qualidades de veterano: coloca-se bem e é extremamente tranqüilo. Vê-se que a sua convocação para a Seleção Brasileira, já pensando nas olimpíadas de 2012, foi merecida.

Com exceção de Harlei e Bernardo, os demais jogadores do Goiás foram sofríveis nesta partida contra o Avaí. A fase do Goiás é tão ruim, que até o Rafael Tolói está irreconhecível.

Mas a situação atual do Rafael Tolói está contaminada por fatores extra-campo. Rafael Tolói não está conseguindo administrar as especulações do interesse do futebol europeu por seu futebol e uma suposta transferência para o exterior. Foi só esta notícia vir à tona, que o futebol de Rafael Tolói despencou. Fico imaginando que o Rafael Tolói está insatisfeito pelo fato de esta transação ainda não ter sido concretizada. Outra questão: pelas ótimas atuações de Tolói na Seleção Sub-20, especulou-se que ele seria presença certa na primeira relação de convocados do Mano Menezes. A convocação não veio e deve ter sido mais um golpe na estrutura emocional deste jovem zagueiro. O resultado está aí: Rafael Tolói é o jogador do Goiás que mais tem falhado em campo. E gotescamente. Na partida de hoje, contra o Avaí, Rafael Tolói marcou errado o zagueiro Emerson, que de cabeça, fez o primeiro gol da partida. A jogada do terceiro gol do Avaí – ainda no primeiro tempo – também foi de uma dupla falha da defesa do Goiás, com o Tolói “coroando” a falha ao dar um passe para o jogador Davi, que bateu no ângulo, sem chances para o Harlei, que saltou, mas não conseguiu defender.

Ainda dá para recuperar jogadores como Ernando e Amaral. São “pratas da casa”, mas têm experiência e há de insistir com eles. O que está faltando é disciplina tática e uma melhor estruturação do sistema defensivo, o que poderia ser conseguido com o jurássico sistema tático 3-5-2. Jonílson é aquele “bom menino”, que está sendo duramente exigido, pois está ficando a cargo dele armar as jogadas de meio de campo, o que não é sua característica.

Fica até difícil torcer para jogadores como Wellington Monteiro e Carlos Alberto. Juro procêis: quando eles pegam na bola não me animo, pois sei que não vai dar em nada. O Éverton Santos, então, esse é outra fraqueza. Tem que dar um lombrigueiro para esse rapaz!

Falar o quê dos atacantes Otacílio Neto e Diogo Galvão (que o substituiu, durante esta partida contra o Avaí)? Nada. Sabem aquele ditado “trocou seis por meia dúzia”? Pois é, hoje trocou-se nada por nada.

O Goiás precisa – urgente – de um meia para jogar junto do Bernardo e dividir a missão de conduzir a bola. Ainda tenho uma esperança para quando o artilheiro Felipe voltar e o tal do Pedrão estrear.

Sei que não há como trocar vários jogadores ao mesmo tempo, até porque o que temos no banco não é lá essas coisas, mas pelamordedeus, com o deficiente Wellington Saci em campo é o mesmo que jogar com 10. Está mais que evidente que qualquer um que joga no seu lugar produz mais: foi com Carlos Alberto, na partida contra o Atlético-PR e foi com Marcão, nesta partida contra o Avaí.

Se eu fosse o Saci (o do folclore) eu processaria esse Wellington por uso indevido de imagem/marca registrada.

O verdadeiro Saci (o de uma perna só) jogaria melhor.

Eu comentei em “pôsti” anterior, que seria um sofrimento só este Brasileirão de 2010 para nós, esmeraldinos. Já está sendo. E ainda falta dois terços de campeonato...

...para sofrer mais.


AL-Braço
AL-©haer

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