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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Final da Copa do Brasil de 2010 – jogo de volta



(com as devidas CORREÇÕES apontadas por Renato Barbosa...vALeu, Renato!!!)

Não tinha outra saída para o time do Vitória. Era atacar ou atacar. O técnico Ricardo Silva não economizou: entrou com três atacantes, Elkeson, Schwenck e Júnior. E a equipe do Vitória atacou. Muito. O Vitória resolveu jogar a bola que “deixou de jogar” na partida de ida e tinha que correr o risco que não quis correr lá na Vila Belmiro.

Muita gente lá no Barradão. Muita chuva também. O gramado muito castigado na região intermediária. Os dois times tinham que jogar pelas laterais, onde a bola e os jogadores corriam melhor. Isto foi ruim para as duas equipes. Prejudicou o excelente toque de bola, marca registrada desta equipe do Santos e exigiu muito do preparo físico da equipe do Vitória, que corria mais. E corria contra o tempo. Ou, melhor dizendo, o Vitória corria e o relógio corria mais ainda.

Do quarteto “SANTÁSTICO”, Robinho, Neymar e André encontravam dificuldades. Dificuldade em ficar de pé, dificuldade de posicionamento, pois o time do Vitória, apesar de ter entrado com três atacantes, não se descuidava do sistema defensivo e não deixava espaços para o time do Santos explorar. O quarto “SANTÁSTICO”, o Ganso, este é um Craque. Sabe tocar na bola como poucos. E sabe onde colocar a bola. Durante a partida, lá no twitter (http://twitter.com/al_chaer) falei que o Ganso “namora” a bola, pelo cuidado e carinho com que ele “toca” nela. Quando a bola chegava nos pés do Paulo Henrique Ganso, a bola rolava bem, apesar da péssima condição do gramado, mas quando chegava nos pés de seus companheiros, a coisa desandava (nos dois sentidos) um pouco.

Contudo, apesar de um maior volume de jogo do time do Vitória, Dorival Júnior armou bem o seu sistema defensivo e foi ajudado pelo gramado, pois o Vitória tinha que atacar pelas laterais, dando tempo para a defesa do Santos se organizar. Restava ao Vitória cruzar bolas para a área, afinal, tinha três atacantes por lá, mas a zaga do Santos dava conta do recado e o goleiro Rafael, também. Destaques para Pará, Alex Sandro e Arouca, este, para mim foi o melhor jogador do Santos nesta partida.

O Vitória tentava, mas parecia que o primeiro tempo terminaria 0 a 0. No finalzinho, o “castigo”: Edu Dracena marcou de cabeça, num cruzamento de Neymar, pela esquerda, numa das poucas falhas que o time do Vitória cometeu. O Vitória tinha que marcar, pelo menos QUATRO gols, sem levar mais nenhum. Tarefa difícil.

Veio o segundo tempo e o panorama da partida não se modificou: o Vitória no ataque e o time do Santos tentando colocar a bola no chão, para o tempo passar mais rápido ainda.

Campo pesado. Os jogadores se cansam mais. Mas o time do Vitória não podia se deixar vencer pelo cansaço e a sua inflamada torcida o empurrava mais ainda para cima do Santos. E o esforço foi recompensado, com o empate aos 12 minutos. Eu até pensei que o time do Santos iria “dar aquele branco de 10 minutos”, após sofrer o empate. Não. O time do Santos continuava na mesma, tentando rolar a bola e esfriar os ânimos do Vitória, que só veio marcar o segundo gol (uma merecida virada!) aos 32 minutos.

Até que dava tempo para o time do Vitória marcar mais DOIS GOLSCONQUISTAR O TÍTULO. Mas não deu. A tarefa era mesmo difícil.

Numa decisão de 180 minutos, é raro uma equipe conquistar o título jogando apenas 90 minutos. O Vitória perdeu o título, quando deixou de jogar lá na Vila Belmiro. E teve uma sorte daquelas, pela quantidade de chances claras de gol que o time do Santos perdeu na partida de ida.

E este time do Santos é assim: joga bem, dá show e perde pouco. E quando perde, é Campeão.

Parabéns “meninos” !!! E já é o segundo título neste ano.


AL-Braço
AL-©haer

pêésse: Mesmo com a saída de jogadores importantes no atual elenco (André e Robinho), se Neymar e Ganso permanecerem no time, Dorival Júnior conseguirá encaixar dois substitutos e manter a performance da equipe.

Se o Santos continuar jogando bem, dando show e perdendo pouco, imagina tudo isto num campeonato de pontos corridos em que ainda faltam dois terços de jogos por realizar? 

4 comentários:

Unknown disse...

Primeira vez que leio seu blog, achei interessante, mas carece de um pouco mais de observação nas informações. Após o Santos ter feito o gol, o Vitória precisaria fazer 4 sem levar, e não apenas 3. Ao passo que quando o Vitória virou, não bastava que ele fizesse o placar de 3x1 para levar a partida para decisões de pênaltis, visto que essa decisão só aconteceria se o Vitória vencesse exatamente por 2x0. Abraço

AL-Chaer disse...

Prezado Renato Barbosa,

Obrigado pela visita e pelo comentário. Já consertei lá no texto.

Eu me confundi, pois numa destas copas (não me lembro agora se é a Libertadores ou a Sulamericada), na decisão final não há critério de desempate "por gols marcados na casa do adversário".

Esses regulamentos...

...da próxima vez, vou seguir sua orientação e observar mais, para não errar na informação.


(sou Engenheiro Civil e, se há um erro que o Engenheiro não pode cometer é para com os números)


Grande AL-Braço.
AL-Chaer

Anônimo disse...

Caro Al, não me importei muito com seu texto quase jornalístico, sobre o grande feito do meu Graaande Santos, pois afinal de contas, sua praia é mais outra, mas mesmo assim, acho que vc esteve ótimo. Ao meu ver, só ficou faltando uma poesia sua para fechar com chave de ouro o tema.
Te conheci através do blog do Torero, achei seu trabalho espetacular e logo tratei de indicar para que meu filho Victor 20, que faz desenho industrial, também conhecesse seu trabalho.
Saude, Sorte e Sabedoria.

Herbert Castro

AL-Chaer disse...

Caríssimo Herbert Castro,

Desejo ao Victor que ele aproveite bem esta época de estudante para se capacitar com a maior dedicação possível, para em breve se inserir num mercado de trabalho que está em contínua expansão, nesta retomada de crescimento de nosso país.

Muitos alunos de "design" e de "artes" interagem comigo através de minha poesia visual e sempre é uma troca profícua e enriquecedora. Diga ao Victor que estou à disposição dele para o que precisar (tenho vários colegas que ensinam "design", que podem vir a ser outras referências de contato para ele).

Realmente, minhas "praias" são várias (futebol, poesia, engenharia civil, magistério e artes visuais), mas a única que "paga as minhas viagens" tem as ondas da Engenharia.

Obrigado pela visita e o comentário.

Grande AL-Braço aos dois, Pai e Filho !

AL-Chaer