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quinta-feira, 22 de julho de 2010

De volta ao Brasileirão









Lá do Caribe, acompanhei apenas os resultados (e algumas resenhas) das duas primeiras partidas do Meu Goiás, no que estão chamando de Brasileirão pós-Copa.

Foi uma surpresa, para mim, o empate no Serra Dourada contra o sofrível time do Vasco da Gama. Aliás, uma “zebra”. O empate em 0 a 0 não foi um ponto ganho; foram dois pontos dolorosamente perdidos e que poderão fazer muita diferença ao final do campeonato. Os jogadores do Goiás não conseguiram transformar em gols a superioridade desde a escalação até dentro de campo, durante toda a partida. O time do Vasco de 2009 era melhor que este aí de 2010 e o Goiás não conseguiu enfiar nem um golzinho neste Vasco que foi o time mais fraco que o Goiás enfrentou até agora, neste Brasileirão.

Depois, o Goiás foi jogar lá em Sete Lagoas, contra o Cruzeiro. Pelo que li, o Goiás jogou bem e, apesar de o gol do Cruzeiro ter saído no início da partida, o Goiás não se desesperou, equilibrou a partida, chegando a jogar melhor que o time mineiro. Ainda pelo que li, o Goiás marcou dois gols, que não foram confirmados pela arbitragem. Em um deles foi assinalado um impedimento. No outro, marcou-se uma falta de ataque, que só o árbitro viu. O Goiás não perdeu para o Cruzeiro. Perdeu para a arbitragem.

Mas era o Cruzeiro, lá em Minas, tudo bem, vamos considerar que, apesar dos erros da arbitragem, o resultado foi normal, pois não é fácil vencer o Cruzeiro lá em Minas, nem no Mineirão, nem em Sete Lagoas, nem no Independência.

A minha viagem ao Caribe começava a me incomodar. Apesar da impressionante beleza do Mar do Caribe (que é do Caribe!), 

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apesar do extremo profissionalismo com que os hotéis, os restaurantes e as lojas estão preparados para servir o turista, apesar de eu estar com a Gláucia (E o Amor é cada vez mais Lindo!), 


já tava passando da hora de eu retornar a Goiânia, para acompanhar de perto esta minha “doença” que se chama Goiás.

Não tinha vaga em nenhum vôo para eu antecipar a minha vinda, então, comprei um quadriciclo e vim guiando.


De volta à “terrinha”, tudo voltou ao normal e ontem assisti no conforto de minha poltrona e com minha nova visão de LED a mais uma partida do Goiás, contra o Vitória, lá no Barradão.

Realmente, o técnico Leão está “tirando leite de pedra” com este elenco do Goiás. Para vocês terem uma idéia, o Leão “achou” uma maneira de fazer o jogador Rafael Moura produzir alguma coisa dentro de campo. Rafael Moura é grande, mas é lento e não sabe se posicionar dentro da área e cabeceia mal. Então, Leão tira o Rafael Moura da área e o coloca para fazer o papel de pivô, recebendo a bola de costas para a defesa, protegendo esta bola e distribuindo para os companheiros. Deu certo. O Vitória ia para o ataque e sobravam espaços para que estas jogadas, passando pelo Rafael Moura, pudessem acontecer. O resultado disto foi que o Goiás abriu 2 a 0, com Rafael Moura marcando o primeiro e fazendo um cruzamento perfeito para o segundo gol, de cabeça, do Éverton Santos.

Até aí, tudo bem. Mas, quem tem num time um tal de Wellington Saci, já começa jogando com 10. Esse Wellington Saci é muito ruim. Em todos os fundamentos. Marca mal. Conduz mal a bola. Seus passes são horríveis. Os cruzamentos, então, um desastre. No finalzinho do primeiro tempo, na única falha do sistema defensivo do Goiás, um cruzamento nas costas do Wellington-“fantasma”-Saci, que não se posicionou corretamente, permitindo que o atacante cabeceasse para diminuir.

O segundo tempo foi o previsível: o Vitória veio da mesma forma, tentando empatar e, se desse, virar a partida, enquanto que o Goiás manteve seu sistema de se defender para sair nos contra-ataques. Infelizmente, com o elenco que o Goiás tem, não há como jogar de outra maneira. Esta é a realidade. Como o elenco do Goiás é limitado, tecnicamente falando, a única maneira é colocar o pessoal para desarmar (e é mais fácil destruir, que construir) e, quando der, em contra-ataques, explorar com rapidez os espaços vazios.

O Goiás não conseguiu ampliar e o Vitória acabou conseguindo o empate no finalzinho do segundo tempo.

Claro que eu xinguei, muito, lamentando o empate após estar vencendo por 2 a 0, mas pensando bem, agora, que a dor de cabeça já passou (Viva a Neosaldina!), o empate foi justo pelo que Vitória e Goiás fizeram em campo. E, cá pra nós, empatar lá no Barradão é um bom resultado para o visitante. Ganhamos um pontinho. Não é vergonha estar vencendo por 2 a 0 e ceder o empate, quando a equipe adversária procurou o gol a partida toda.

Mas a “vergonha” estaria por vir depois de encerrada a partida. Tudo começou com um repórter baiano entrevistando o técnico Leão. Microfone na boca. Dedo na cara. Segura de um lado. Aparta do outro. Eis que o Rafael Moura resolve fazer jus ao seu apelido de He-Man, da pior maneira possível: agrediu o repórter com socos e pontapés, tudo filmado, fotografado, registrado e veiculado nas principais mídias do esporte.

Foi a primeira partida que eu vi o Rafael Moura jogar “um pouquinho” além do que tem feito neste tempão todo que está no Goiás. Eu até me surpreendi, com seu rendimento, nesta partida. E o Rafael Moura deveria ter consciência que, dentro de campo, foi o principal jogador do Goiás neste empate contra o Vitória. O que era esperado seria um Rafael Moura comemorando a sua performance, depois da partida. E o que vi (e que concluo) é que um jogador(?) como Rafael Moura não tem o mínimo equilíbrio emocional que se espera de um atleta profissional.

Rafael Moura não só envergonhou a mim. É uma vergonha ver este rapaz vestindo a camisa do Meu Goiás. É uma vergonha para todo o Estado de Goiás.

Ouvi pelo rádio que Rafael Moura pediu desculpas lá na delegacia de Salvador, em frente ao delegado e em frente ao repórter agredido.

Pede desculpas, Rafael Moura. Pede.

Aproveita e pede também para sair.

Porque, se houver um restinho de decência no que se chama de Justiça Desportiva, Rafael Moura deveria levar uma supensão de uns 365 dias, no mínimo.

E, tomara que o repórter baiano reúna advogados competentes para arrancar dos bolsos do Rafael Moura uma boa indenização.


AL-Braço
AL-©haer

Um comentário:

Fábio Almeida disse...

Bom ter os posts de volta Al-Chaer. Mas analisando pelas fotos, eu teria ficado.
Bom, voltando ao nosso Goiás, o jogo contra o Vasco deixou claro que nossa zaga funciona, mas a defesa nem tanto. E jogar no desarme pra contra-atacar com o nosso elenco está difícil. Então fica a pergunta: "E o pedrão?". Não conheço muito este jogador mas será que ele pode fazer a diferença? Abraço.