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domingo, 29 de junho de 2008

Eles, do Vitória. Nós, da Derrota.

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Confesso. Tenho preguiça do Goiás, quando joga fora de casa. Torço para o Goiás desde a sua estréia no então chamado Campeonato Nacional de 1973. E, neste tempo todo, o retrospecto do Goiás – fora de casa – é triste, beirando o sofrível.

Já me ALcostumei. Tenho que ouvir, resignado, que "o Goiás não vence quando atravessa o Paranaíba." No Goianão de 2008, o Goiás perdeu partidas importantes jogando no interior do Estado. Já estão falando que "o Goiás não vence quando atravessa o Meia Ponte."

Momento GeogrALfia: o Rio Paranaíba faz divisa entre os estados de Goiás e Minas Gerais; o Rio Meia Ponte corta a cidade de Goiânia.

Momento EngenhALria: se não me fALha a memória, quando da construção do Estádio Serra Dourada, houve a necessidade de se canalizar um córrego que passou a ter seu curso por uma galeria subterrânea de concreto armado.

Será que também tem um lado do Serra Dourada em que o Goiás não vence, quando passa?

Só sei que, de rio em rio...tão rindo de mim!

Mesmo vindo de uma vitória inesperada contra o Santos lá dentro da Vila Belmiro, eu não esperava muito do Goiás, lá no Barradão, contra o Vitória. Antes da partida se iniciar, um empate já seria um ótimo resultado, por ser fora de casa.

Nos primeiros 30 minutos, o Goiás teve mais posse de bola, anulou com eficiência as investidas do Vitória, com uma marcação especial sobre o meia Ramon, construiu ótimas chances de gol, desperdiçadas.

A partir daí, parece que o Goiás se cansou, recuando muito, talvez tentando manter o empate no primeiro tempo, o que reverteu a posse de bola para a equipe do Vitória, que se aproveitou disto, buscando marcar um gol e ir para o intervalo com a vitória parcial. Nos últimos 15 minutos do primeiro tempo, praticamente só o Vitória atacou, até conseguir uma falta na meia-lua, que Ramon cobrou com chute forte. Muita gente na frente do goleiro Harlei, a bola ainda bateu no montinho artilheiro, tudo muito rápido, Harlei ainda tocou na bola, sem conseguir impedir o primeiro gol do Vitória.

Veio o segundo tempo, que vou separar em dois tempos: os primeiros 42 minutos e os minutos finais.

Nos primeiros 42 minutos do segundo tempo, o Vitória jogou um pouco melhor do que tinha apresentado no primeiro tempo, mas sem transformar jogadas em gol. E o Goiás, também, não mostrava muita novidade, não. Anulava as ações do Vitória, mas não chutava em gol. Aliás, teve um chute, que não foi bem um chute, foi uma esticada de perna que o Iarley fez, tocando uma bola que veio por cima da defesa. Caprichosamente, a bola bateu na trave. Nunca gostei deste advérbio...se fosse "caprichosamente" com capricho mesmo, a bola teria entrado!!!...

...mas tudo bem, o termo "caprichosamente" é porque a bola é feminina, e por ser feminina, a bola lembra as mulheres – e como! - (ah! as mulheres...de todas as cores, de todas as torcidas, de todos os amores...) cheias de "charme", "dengos", "quereres", esses "luxinhos" que fazem com que nós, os apALxonados e incansÁLveis, façamos de tudo para agrALdá-las com os mais vALriados "mimos", inesgotÁLveis, mas sempre incompletos.


Ainda dava tempo para empatar, mas ALchei que a partida terminaria mesmo 1 a 0 para o Vitória.

Nos minutos finais, os 8 minutos restantes (incluídos aí os acréscimos), o Vitória marcou um gol, num chute quase indefensável, marcou outro, no único lançamento que conseguiram fazer para o atacante (aquele Dinei) sozinho, à frente do Harlei, marcar o terceiro. E, depois, quase tomamos o quarto gol.

Sabemos que a vitória só vale 3 pontos. Mas a derrota por mais de um gol compromete o saldo de gols. Num campeonato longo e cada vez mais equilibrado, sabemos que algumas posições serão definidas nos critérios de desempate. Um deles, o segundo critério, é o Saldo de Gols. Se o Goiás "tivesse assegurado a derrota por 1 a 0" (MEUS DEUS, eu não ALcredito que escrevi isto!) estaríamos na Posição 17 da Tabela, à frente do Santos. A derrota por 3 a 0 deixou o Santos na nossa frente, exatamente pelo critério de Saldo de Gols.

E, para quem não assistiu à partida, ao ler apenas o placar final de 3 a 0 para o Vitória, fica a impressão de que o Vitória jogou tudo, que foi um timaço em campo, que pressionou o tempo todo, que perdeu inúmeras chances de gol e que o Goiás não jogou nada, foi apático em campo, não soube suportar a pressão.

A "Bôrra de cALfé" já tinha me ALvisado. Mas, pelo que foi a partida, eu já estava "satisfeito com o 0 a 1". (MEU DEUS, perdoe-me...veja só onde fui chegar? já tô vendo vantagem em perder só de um gol!!!)

Os 3 a 0 para o Vitória foram exagerados. O Goiás "só mereceu perder de 1 a 0". (já sei, já sei, já sei MEU DEUS, depois a gente conversa com mais tempo...).


AL-Braços
AL-©haer

Um comentário:

Anônimo disse...

Chaer, quase morro de rir ao ver os 04 torcedores do Goiás na Vl Belmiro, meu DEUS... q loucura!!
Foi bem bacana, confesso q acreditei q o Goiás ferveria no Barradão, mas ñ deu.
Aliás, conheço o Barradão, bem legal a torcida do Vitória, tanto pelas cores como pelo jeito de torcer acho parecido com do Furacão.