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quarta-feira, 7 de julho de 2010

quase um LARANJAZO

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Interessante este time da Holanda de 2010. Apesar de não reeditar a “Laranja Mecânica” de 1974 de Cruyiff e Cia, nem a Holanda campeã da Europa de 1988 de Van Basten, Rijkaard e Gullit, esta Holanda atual não tem o brilho daquelas, mas tem uma tranquilidade irritante: parece que eles sabem que vão vencer a partida.

O Uruguai foi – sem dúvida – o adversário mais difícil que a Holanda venceu, desde as eliminatórias. Forlán é um ótimo atacante, fez uma excelente Copa (está, certamente, entre os melhores do torneio) e foi – sem dúvida – um dos responsáveis pela ótima campanha do Uruguai.

Nesta semi-final, a Holanda teve maior posse de bola. Sabemos que posse de bola não significa gols marcados, mas quando a posse de bola é do adversário e o adversário é a Holanda, complica a vida de qualquer esquema defensivo.

Quando a Holanda abriu o marcador (na minha opinião, Van Bronckhorst deu o chute mais bonito desta Copa!), pensei que a “porteira” iria abrir. Mas o Uruguai não se abateu, nem se descontrolou com a desvantagem. Seguiu na mesma toada e foi premiado com um gol (outro golaço) de Forlán. O primeiro tempo terminou empatado.

No segundo tempo, as duas equipes continuaram da mesma forma, a Holanda com mais posse de bola e o Uruguai com boas jogadas pela esquerda, com a participação de Forlán. Mas o Uruguai chegava com perigo, enquanto que segundo gol da Holanda não saía, isto até os 24 minutos. Em três minutos, a Holanda fez dois gols. Aliás, os três gols da Holanda foram indefensáveis: por mais que o goleiro uruguaio Muslera se esforçasse, não deu para ele nos dois primeiros; no terceiro, Robben – de cabeça – colocou a bola no pé da trave, sem chances para a defesa.

Se, com 2 a 1 para a Holanda já estava difícil, com 3 a 1 (sem dar tempo do Uruguai reagir), parecia que a partida estava definida. Mas não estava. O time do Uruguai surpreendeu um Mundo inteiro, quando continuou buscando o gol, nos últimos 15 minutos.

O time do Uruguai simplesmente encurralou a Holanda lá atrás. Descontou aos 46 minutos e continuou pressionando. Quase empatou. Quase!

Achei que o Uruguai ainda empataria. Por um momento, achei que “algum efeito Suarez” aconteceria naquele finalzinho, como foi no final da prorrogação do jogo anterior, contra Gana. Achei que o Uruguai empataria e que promoveria um LARANJAZO em plena África do Sul.

Depois, na entrevista coletiva, o técnico do Uruguai, Oscar Tabarez, deu um depoimento muito significativo, mais ou menos assim: “se há alguma coisa boa em perder, foi a maneira com que o Uruguai perdeu para a Holanda”. Os Uruguaios estão orgulhosos de sua Celeste!

Só sei que a Holanda “passou apertado”...

...mas parece que os “Deuses do Futebol” estão viciados em suco de laranja.


AL-Braço
AL-©haer

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá irmão,

Na minha humilde opinião, o Uruguai é a grata surpesa da COPA e o Forlán é disparado o melhor jogador.

É técnico, tem habilidade, forte e objetivo. E ama a camisa do Uruguai com toda a garra latina que lhe é peculiar.

Coisa que infelizmente eu não vi em nenhum jogador brasileiro. O amor pela camisa. Eles poderiam até amar o time e seus companheiros, mas a camisa, não.

Enquanto os argentinos mordiam a camisa, os brasileiros nem a beijavam!

Forte abraço,

JB Alencastro