Educar filhos não é fácil. Os pais precisam convencê-los. E, o princípio é a verdade. E, a verdade - às vezes - é incompreendida. E a verdade - muitas vezes - dói.
Após o jogo Brasil x Chile, liguei para a Laura (quem me conhece e quem lê meus textos sabe que moro em Goiânia e que tenho uma filha, Laura, que mora em Brasília). Laura estava em um bar com os amigos, comemorando a boa vitória do Brasil.
Atualmente, Laura divide suas atenções entre a UnB (faz Jornalismo), Balé, Jazz, namorado, amgos, mas, para a surpresa do "papai querido do ano", nesta Copa de 2010, Laura resolveu assitir ao maior número de jogos possíveis e está vibrando muito (e cada ves mais) com a sequência do time do Dunga. Nos dias dos jogos do Brasil, Laura se veste com a camisa da Seleção, pinta o rosto de verde e amarelo e as unhas com os motivos da Bandeira do Brasil.
Outro dia, no twitter, assistindo à partida Alemanha x Inglaterra, Laura vaticinou:
geeeente tá mto bão esse jogo. tadinho do brasil, não chega nem aos pés... :/
11:58 AM Jun 27th via web(http://twitter.com/laurachaer)
Eu vou debitar esta frase da Laura como sendo um arroubo da juventude, porque - no fundo - o que ela está dizendo é que gostaria (como torcedora fiel e leal) de ver o Brasil jogando como joga a Alemanha.
É a primeira Copa da Laura. A primeira em que ela "participa" acomanhando, torcendo para vALer. E isto é consequência dos dois últimos anos em que a Laura mergulhou de camisa e tudo como torcedora do Goiás, padecendo da mesma "doença" do pai...mistérios da genética e da lealdade...
Pois bem, após o jogo Brasil x Chile, eis o diÁLogo por celular entre filha e pai:
"- E aí, Paaaai, pra quem você vai torcer: Holanda ou Brasil?"
"- Pra quem você vai torcer, Laura?"
"- Brasil, lógico!!! Mas você não me respondeu: vai torcer para a Holanda ou pro Brasil?"
"- Uai, Laura, se você vai torcer pelo Brasil, também vou."
"- Ah...bão...pensei que você continuaria a torcer pela Holanda, mesmo contra o Brasil."
Mudei de assunto, mas senti que não fui muito convincente com a minha resposta...nem sempre conseguimos falar a verdade...muitas verdades, antes de doerem nos outros, doem muito antes, dentro da gente...doem quando ficam dentro da gente, se não conseguimos deixá-las sairem...doem também quando saem de nós para doerem nos outros...com os filhos, tudo fica muito mais delicado...
Todos que me conhecem e que lêem meus textos sabem que torci para o Brasil até (inclusive) a Copa de 1986. Aquela seleção de 1990 me desanimou totalmente e, depois de entender um pouco dos bastidores do pequeno grupo que domina as ações da FIFA, a Copa do Mundo passou a ser para mim um entretenimento apenas. Hoje, não faz a mínima diferença para mim, se o Brasil vai ser Campeão ou não.
Mas eu não podia ficar órfão de Seleção. Sou louco por Futebol e precisava escolher uma seleção para eu torcer em Copa do Mundo.
Na História das Copas tivemos poucos momentos mágicos: Puskas em 54, Pelé em 58, Garrincha em 62, a seleção brasileira de 70, o "Futebol Total da Laranja Mecânica" de Cruyiff e Cia em 74, a seleção brasileira de 82 e Maradona em 86. A partir de 90, não me lembro de momentos em que a Magia do Futebol-Arte se destacou.
Pelé, Garrincha e Zico não jogam mais. A Hungria é algo muito distante de nossa realidade e da realidade do atual futebol. Maradona se acha melhor que Pelé (bobinho...ele sabe que é o melhor DEPOIS DO PELÉ).
Escolhi a Holanda.
Mas, pela Laura, hoje vou torcer para o Brasil.
Dá-lhe Robben!!! OOOOOPS!!! Dá-lhe Robinho!!!
AL-Braço
AL-©haer
Um comentário:
tô chique demais :) te amo!
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