(poesia visuAL / "A Tática: Futebol" / Série "Futebol em Movimento")

( poesia visual / "Copa do Mundo" / Série "Futebol em Movimento" )

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Vila Belmiro, 27 de julho de 2011

Comecemos pelo final: Santos 4 x 5 Flamengo !

Se a caríssima Leitorcedora ou o caríssimo Leitorcedor apenas se fixar no placar, o que se pode dizer é que foi um jogão!

E foi. Um jogaço de bola! Ambos os times completos. De um lado, o Santos Campeão da Libertadores, de Ganso, Neymar e Cia. Do outro, o Flamengo – invicto – de Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves. No banco de reservas, 9 títulos de Brasileirão: 5 do Luxemburgo e 4 do Muricy.

Abramos um parêntesis. Para entender melhor o desdobramento deste texto, é importante atentar para duas frases que escrevi acima:

um jogaço “de bola”

Coincidentemente (nem tanto) destaquei jogadores meio-atacantes e atacantes.

Continuemos.

Já adianto que gostei demais do jogo. Eu e a Torcida do Flamengo (adoro os jargões do nosso imaginário popular).

E os golaços? O terceiro gol do Santos, o primeiro do Neymar...de dar “inveja branca” ao Messi. E o gol de falta do Ronaldinho Gaúcho? De dar “inveja branca” ao Zico.

Que foi uma partida HIS-TÓ-RI-CA, foi. Por todos os motivos que já se escreveu por essa Internet afora e que já se falou pelas resenhas pós-jogo e que se lerá amanhã pelos jornais impressos e que se repercutirá pelos programas esportivos. Mas o fator que – na minha opinião – sedimenta mais ainda o teor histórico desta partida foi a atuação de Ronaldinho Gaúcho. Desde que Ronaldinho Gaúcho retornou ao Brasil, esta foi A PRIMEIRA VEZ que ele jogou como “Ronaldinho Gaúcho”. Dizem que ele jogou desta maneira, numa partida pelo Campeonato Carioca, mas – cá pra nós – o nível técnico dos Campeonatos Cariocas da última década não pode ser referência de comparação, de modo que vou insistir que “o Ronaldinho Gaúcho” retornou a “jogar Futebol” no Brasil nesta partida contra o Santos. Repito: isto é que foi surpreendentemente histórico, pois há muito eu achava que o Ronaldinho Gaúcho já deveria ter encerrado a carreira.

Ganso em campo. Isto também é histórico! Cada vez que tenho a oportunidade de ver Paulo Henrique Ganso jogar eu já me dou por satisfeito. Ganso é, na minha opinião, o MELHOR JOGADOR BRASILEIRO (dos que jogam em gramados brasileiros e no exterior), ou seja, o MELHOR DE TODOS! Eu até estou pensando em voltar a torcer para a Seleção Brasileira, depois que o Ganso vestiu a “10”. Há 25 anos que espero um verdadeiro “Camisa 10” na Seleção (o último foi o Zico; nem o Rivaldo me entusiasmou).

E o Neymar? Já pensou se “baixasse” no Neymar a humildade de um Garrincha? Mas...infelizmente não há mais tempo para isto (e estamos em outra época)...vamos ter que aturar este “menino-craque”, que – apesar de “pop-chato-star” – tem Futebol para ganhar uma Copa do Mundo sozinho, como já o fizeram Maradona(86) e Romário(94).

Agora, passemos à parte chata deste texto.

O Futebol Brasileiro é mesmo um Futebol de jogadores de ataque. E quando esses atacantes saem habilidosos, aí nós podemos ver o quanto nossos jogadores de defesa são ruins, grossos e mentalmente “fracos” para se posicionarem em campo.

Quando eu disse que foi “um jogaço de bola”, eu quis dizer que foi um jogo em que sobressaíram aqueles que “sabem jogar com a bola” (os meias e os atacantes). Aqueles que “correm atrás da bola” (os defensores) não viram a cor dela!

Vamos nos colocar na situação do técnico Muricy: como é que pode, no futebol atual, seu time abrir 3 a 0 e não conseguir administrar a vitória? Tudo bem, é Futebol, eu sei. Mas, vamos combinar: deixar escapar uma vantagem de três gols, das duas uma: ou seu sistema defensivo é uma porcaria, ou do outro lado é o time do Barcelona. Convenhamos, o Flamengo está longe de ser um “Barcelona”.

O time do Santos é – atualmente – um dos melhores do Brasil (dividindo com Corinthians e São Paulo). E, do meio campo para frente (deixa eu exagerar e já sei que estou exagerando) é parecido com algumas Seleções Brasileiras: lembra a de 70 e a de 82, peralá que eu já explico: o ataque que vá se tratando de meter muitos gols lá na frente, porque a zaga não é tão confiável assim (vide Brito e Piazza, Oscar e Luisinho).

A “sorte” do Futebol Brasileiro em Copas do Mundo é que os atacantes habilidosos – invariavelmente - estão do nosso lado.

Precisamos “ensinar” nossos jogadores de defesa a jogarem bola. Normalmente, eles conseguem “chutar bola”. Nesta partida – HISTÓRICA – entre Santos e Flamengo as defesas “não viram a bola”.

Melhor dizendo, a defesa(?) do Santos viu um pouco mais: viu 5 bolas dentro de sua rede.

E, para não esquecer, o pênalti batido pelo Elano. Irresponsável, para não dizer aqui uma palavra chula. Teria sido menos feio se ele tivesse batido a La Copa América.

Um jogo Histórico. Foram “dar esse gás” ao time do Flamengo.

Agora, aguentam.


AL-Braço
AL-©haer

pêésse: o que me deixa triste (quase deprimido) é quando fico com a sensação de que o Parreira estava com a razão...primeiro, não levar gol; se der, vai lá e faz um...caprichos de um detalhe...

2 comentários:

Eduardo Cintra disse...

Parabéns pelo texto e acho que os jogos daqui pra frente terão um nível muito alto depois dessa apresentação de Santos e Flamengo, ontem.

Anônimo disse...

Caro amigo oportuno seu comentário, realmente foi um jogo de quem sabe jogar bola. Muricy e Luxemburgo deixaram a desejar como técnicos. Não merecem serem chamados pelos bajuladores da imprensa pelo titulo de professor. Nos últimos anos o futebol brasileiro só teve um Mestre "TELÊ SANTANA" sabia armar tática e escalar e faze-lo jogar. PAULÃO