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terça-feira, 21 de junho de 2011

Reflexões reflexivas sobre o Meu Goiás

Depois dos três vexames seguidos (as derrotas para ABC, Paraná e Salgueiro), fiquei pensando o que é que está acontecendo “lá dentro” do Meu Goiás. Fica difícil entender (e aceitar) que o atual time é tão fraco.

Sabíamos que o resultado do Goiás no Goianão’2011 (o vice-campeonato) não era parâmetro para um bom desempenho na Série B.

Sabíamos que o time necessitaria de reforços.

Sabíamos que é difícil contratar jogadores para atuarem na Série B (há vários jogadores que estão disponíveis, “encostados” em seus clubes, mas que têm como última opção jogarem por um time na Série B; já foram oferecidos vários jogadores para o Goiás, mas eles preferem esperar por uma chance de se transferirem para o futebol japonês, ou o futebol árabe, ou o futebol turco, ou o futebol russo, ou o futebol português). Se nada disto se concretizar, só assim eles avaliarão a possibilidade de jogarem pela Série B. Mas não agora. Somente depois de fechada a janela de transferência.

Sabíamos que o time é carente de jogadores em todos os setores, mas eu não esperava por um time tão apático e tão desequilibrado em campo.

Mesmo o time sendo fraco – tecnicamente -, a determinação e a vontade de vencer podem fazer milagres e a equipe pode superar suas deficiências com garra. Mas – infelizmente – nem isto estamos vendo no atual momento por que passa o Meu Goiás.

Lamentável.

Mas será que os resultados se justificam apenas pela má qualidade do grupo? Ou será que “há algo de podre no Reino da Serrinha”?

Porque, se compararmos aquele time do Goiás que disputou a final da Sulamericana com o atual, vejamos:

Titulares do Goiás na final da Sulamericana: Harlei; Ernando, Rafael Tolói e Marcão; Douglas, Amaral, Carlos Alberto, Marcelo Costa e Wellington Saci; Otacílio Neto e Rafael Moura. Técnico: Artur Neto.

Titulares do Goiás contra o Salgueiro: Harlei; Rafael Tolói, Ernando e Marcão; Valdir Lima, Carlos Alberto, Zé Antônio, Diniz e Oziel; Felipe Amorim e Hugo. Técnico: Artur Neto.

1.O técnico é o mesmo.

2.O Sistema Tático é o mesmo.

3.O goleiro é o mesmo.

4.O trio de zagueiros é o mesmo.

5.Comparando os alas. Apesar de que eu sempre apostei no Futebol do Douglas (uma promessa desde os tempos de Seleção Sub-20), o Douglas daquela final da Sulamericana já se mostrava longe do futebol que o destacou. Mesmo que Valdir Lima não é lá “essas coisas”, a vontade de se manter na equipe faz com que se confie mais no empenho deste jogador. Ou seja, pior por ruim, eu diria que Valdir Lima – atualmente – é “menos pior”. Agora, vamos para a ala esquerda. Tanto Wellington Saci, quanto Oziel são duas belas porcarias. Ou seja, em questão de ala esquerda, estamos “do mesmo tamanho”.

6.Sobre os dois volantes e o meia. Calos Alberto se mantém. Antes tínhamos Amaral, agora joga o Zé Antônio. Para mim, Amaral tem mais identificação com o Goiás e – de vez em quando – marca seus golzinhos de cabeça. Quanto a Marcelo Costa ou Diniz, este ainda não se entrosou com a equipe. Contudo, apesar da experiência do Marcelo Costa, este tem sido muito vaiado pela torcida e seu futebol, que já não era nada brilhante, está cada vez mais ofuscado pela pressão, que não conseguiu superar, o que fez com que ele perdesse a condição de titular. Contudo, a entrada de Diniz não resultou em melhoria para o setor, ou seja, trocou-se “seis por meia-dúzia” (adoro esses jargões do Futebol).

7.O ataque. Vejam que interessante. A rigor, o ataque é o único setor que – atualmente – é nitidamente inferior aquele da final da Sulamericana. Seria uma sacanagem com Rafael Moura compará-lo com Hugo. E, vejam que ironia: nossa “jóia a ser lapidada” – o jovem Felipe Amorim, um dos destaques do Goianão’2011, tinha tudo para render muito mais que Otacílio Neto, mas não está conseguindo repetir na Série B, o desempenho que teve no Campeonato Goiano. Mas, isto está fácil de se explicar: parece que o Futebol de Felipe Amorim saiu dos pés e subiu à cabeça; parece que ele pensa que é o Neymar de Goiás; parece que os demais jogadores estão deixando ele como o “Joãozinho da parada”; é verdade que Felipe Amorim está sozinho lá na frente (porque com Hugo ou Guto, é o mesmo que jogar sem companheiro de ataque), mas ele está querendo resolver tudo sozinho e ainda é cedo para seu Futebol conseguir esta façanha.

Resumindo, comparando jogador por jogador, no “papel” o atual time do Goiás não é tão inferior aquele da final da Sulamericana.

Conclusão: tem alguma coisa acontecendo “lá dentro” do Goiás.

Só pode ser alguma coisa relacionada a salários e/ou premiação.

Ou será que tem gente “trabalhando” para derrubar alguém? Vai cair o técnico? Alguns jogadores devem ser dispensados? Ou negociados? Ou será que está na hora de cair toda a Diretoria?

Alguém tem que cair.

Que não seja o Meu Goiás para Série C.


AL-Braço
AL-©haer 

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