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sábado, 2 de outubro de 2010

Não se pode errar

O Meu Goiás chegou numa situação em que não se pode errar. Sabemos que em todas partidas, jogadores vão errar, uns mais, outros menos. Há erros que apenas “assustam”. Há erros que resultam em gols para o adversário. Sempre ocorrem erros dos dois lados.

Os otimistas preferem enxergar mais os acertos do que os erros. Assim o Futebol fica mais bonito, mais charmoso. Há outros que vaticinam que se não houvesse erro, o jogo terminaria 0 a 0.

Na partida contra o Vasco lá em São Januário, apesar de que vitória não se conquista antes da partida, muitos apontavam o time do Vasco como favorito, porque o adversário era o Goiás e – também – porque o Vasco vinha embalado pela vitória sobre o Santos.

Mas o que eu vi foi o time do Goiás muito bem postado, defensivamente, como era esperado. Entrou no esquema 3-6-1, apenas com o Felipe lá na frente. Gostei muito do jogador Jones. É um jogador forte, conduz bem a bola e não treme.

A partida desenhava o óbvio: o Vasco buscando a vitória e o Goiás se defendendo, tentando encaixar contra-ataques.

No primeiro tempo, o Vasco não conseguiu traduzir em gol a superioridade territorial em campo, com destaque para “São Harlei”, que salvava o Goiás, com seus milagres habituais. Em consequência de uma falha de marcação, Felipe recebeu uma bola de frente para o gol e abriu o placar. O Vasco empataria, noutra falha em que a defesa do Goiás ficou em linha, permitindo a penetração de Éder Luis, que recebendo um belo passe do Zé Roberto, marcou. Mas foi o Goiás a equipe mais eficiente. Numa roubada de bola, o zagueiro Valmir Lucas avança e coloca Jones em condição de marcar. O primeiro tempo terminada 2 a 1 para o Goiás, o que era uma surpresa, para muitos.

No segundo tempo, nada mudou. O Goiás defendia e o time do Vasco errava muito lá na frente. Até que aconteceu um erro da defesa do Goiás, o que mudaria a partida. Valmir Lucas errou o tempo da bola, quase tocando a bola com a mão, dentro da pequena área. A bola resvalou em sua barriga e sobrou fácil para Max bater forte, sem chances de defesa para Harlei. Este gol abateu a equipe do Goiás, aliado ao fato de que a partida caminhava para aquele período em que o time do Goiás apresenta cansaço, devido ao mau condicionamento físico da maioria de seus atletas.

Ainda teríamos pela frente cerca de 30 minutos de partida e o que eu esperava era que o Goiás conseguisse voltar de lá com o empate. O time do Vasco continuava errando lá na frente, mas sabíamos que, quem marcasse um gol venceria a partida e era o time do Vasco que estava mais perto da vitória.

E aconteceu o erro fatal. Bola cruzada pela direita, a bola passou entre as pernas do Marcão. Zé Roberto, rápido, girou para cima do Amaral e de canhota, chutou forte, no alto, indefensável.

Foi um jogo em que o Vasco errou muito no ataque, mas foram os erros da defesa do Goiás que definiram a vitória em favor do Vasco.

O que era para ser um resultado normal, acabou sendo um resultado péssimo para o Goiás, pela situação em que se encontra na tabela e pelo fato de estar vencendo a partida por duas vezes, permitindo a virada final do adversário.

O Goiás não pode se dar ao luxo de errar. Mas, além das limitações técnicas e físicas da equipe, a pressão para se livrar do rebaixamento exige muito do controle emocional, o que “convida” ao erro.

A cada rodada que passa, o Goiás tem menos tempo para errar e esta equação (com cinco variáveis dependentes: tempo, erros, controle emocional, limitação técnica e preparo físico ruim) começa a se mostrar muito difícil de resolver.

AL-Braço
AL-©haer 

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