A crise no Goiás está tão aguda, que se você passar sem saber da notícia da noite, no outro dia, pela manhã, já tem outra novidade.
Em uma semana, vejam o que aconteceu lá no Meu Goiás:
1. O técnico Leão foi dispensado. Já no dia 9 de agosto, postei ALqui que queria ver até quando o técnico Leão aguentaria a situação. Realmente, os jogadores não estavam a fim de jogar sob o comando do Leão. Depois de seguidos insucessos, cerca de 30 torcedores tiveram uma conversa a portas fechadas com o Presidente, quando este prometeu que dispensaria o técnico. E o técnico Leão deixou o Goiás dizendo que Presidente estava totalmente perdido. ALiás, todos nós estamos, dirigentes, jogadores e torcedores, pois faz um tempão que não ganhamos.
2. O Goiás enfrentou o Santos sob o comando interino de Wladimir Araújo, conseguindo segurar o empate fora de casa até os 30 minutos do segundo tempo, quando a defesa se descuidou, deixando Zé Eduardo livre, para – num belo voleio – abrir o marcador em favor do time do Santos; a equipe do Goiás, que dava mostras de maior movimentação e determinação, abateu-se e o segundo gol veio logo em seguida, definindo mais uma derrota.
3. Eis que o técnico Jorginho (ex-América-RJ, ex-assessor do técnico(?!) Dunga na Seleção) foi contratado. Num primeiro momento, fiquei perplexo, mas ao conversar com meu colega, o Prof. Frederico “Fred” Rabelo, me tranqüilizei. Ele me disse: “- Chaer, poderia ser pior. Poderia ser o Dunga!”
4. Todos os esforços que o Presidente do Goiás tentou para fazer dinheiro em caixa (venda do Tolói para a Itália, empréstimo do Felipe para as Arábias e do Diego Galvão para o Atlético Goianiense) não foram autorizados pelo Conselho Deliberativo, ou seja, a situação financeira do Goiás voltava à estaca zero (abaixo de zero, muito negativa) e chegamos à marca de dois meses de salários atrasados.
5. Ontem, o Conselho Deliberativo se reuniu por mais de cinco horas e foi decidido a suspensão temporária do Presidente do Goiás, por 30 dias. É mais ou menos uma prisão preventiva às avessas: do lado de fora. É um tipo de interdição. Como todos os Vices-Presidentes já tinham renunciado, o estatuto colocou na Presidência do Goiás o atual Presidente do Conselho. O Presidente afastado disse – outro dia – que só deixaria o Goiás por derrame, enfarto ou tiro (sic). Não se lembrava de que o Conselho Deliberativo poderia evocar suas atribuições e lançar mão da suspensão. Vamos ver como é que vai ficar daqui a um mês...
6. Fiquei sabendo que já está convocada nova reunião do Conselho Deliberativo (quinta-feira, 02/09) para eleger o novo Presidente e muitos conselheiros que se afastaram do Goiás, retornaram após o afastamento do (ex-)Presidente.
7. E que foi prometido aos jogadores que os salários serão colocados em dia, mas não foi dito qual o dia.
Qual será a próxima novidade? Ou será que já aconteceu ALgo novo, enquanto eu escrevia este texto?
AL-Braço
AL-©haer
2 comentários:
Al-Chaer, na sua opinião, tem lado certo e errado nesta briga entre conselho e presidência? A carta que o sr. Syd publicou me pareceu uma atitude de quem não tem o que temer, e faz parecer que o sr. Hailé é um bandido. No entanto, não dá pra fazer juízo somente a partir desta carta. Acredito que parte da cura vem da extirpação do câncer, é preciso identificar onde o mesmo está. Sei que este não é o único problema do Goiás, mas é um dos muitos. E antes de tomar partido em qualquer um dos lados, temos é que tomar partido do Goiás que não vence a tanto tempo que eu como assumido torcedor esmeraldino tô virando piada. Fábio Almeida
Caríssimo Esmeraldino Fábio Almeida,
É natural que, em qualquer associação, formem-se grupos com convicções diferentes. Aí vem os embates, necessários para a evolução.
Os estatutos do Goiás Esporte Clube são claros e, segundo a última versão, o Presidente do Clube não tem a autonomia de antes. O Conselho manda muito, da forma com que ficou estabelecido o modelo de gestão administrativa do Goiás.
Resumindo, a pior coisa que pode acontecer no Goiás é o Presidente "bater de frente" com o Conselho. E foi isto que aconteceu, e o Presidente levou a pior, pois acabou sendo suspenso temporariamente do cargo. Fazendo uma avaliação superficial, se o Presidente tivesse renunciado, ficaria "menos feio" para ele.
Discussões, opiniões diferentes, isto faz parte de qualquer atividade. Mas tudo só tem sentido se as partes chegam a um entendimento.
A questão não é tomar partido nesta briga e julgar se tem lado certo. A maneira com que esta "briga" extrapolou as paredes do Conselho é que é o "lado errado" de tudo isto.
Houve uma péssima exposição do Goiás na mídia nacional e, considerando o que foi parar na Internet, qualquer um pôde ter acesso aos acontecimentos.
Eu até cheguei a pensar em não colocar a tal "carta-bomba" aqui no Futeb-AL-Chaer, no intuito de preservar o Meu Goiás, mas depois que tudo se repercutiu, entendi que não pioraria a situação se eu a reproduzisse, o que fiz uma semana depois.
Além de não vencermos os jogos, de amargar a "lanterna", o que já é motivo de chacota e muita piadinha, a maior "piada" mesmo fica para o torcedor, uma "piada sem graça" e "de mau gosto", pois a torcida se sente meio órfã, neste momento em que a direção do Goiás perdeu o rumo, o que já havia sido "anunciado" nos últimos dois anos.
AL-Braços
AL-Chaer
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