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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Goiás segue pontuando

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O Meu Goiás tá assim: eu dou uma piscadinha e, quando olho na tabela já são mais 4 pontinhos. Eu nem escrevi sobre a vitória contra o Vitória (pode considerar um trocadilho?) aqui no Serra e já tem assunto sobre o empate contra o Fluminense lá no Maracanã.

Não foi fácil vencer o Vitória. Já comentei aqui que assisti à partida do Vitória contra o Inter, lá em Porto Alegre e a derrota sofrida pelo Vitória (atenção, isto não é um trocadilho!) por 1 a 0 foi injusta, pelo que o Vitória jogou. Contra o Goiás, o Vitória veio mais fechado, com o experiente Ramon na reserva. Mesmo assim, com a bola dominada, o time do Vitória ataca com vários jogadores, o que fez com que o Goiás não se descuidasse do sistema defensivo. Apesar da excelente drenagem do gramado do Serra Dourada, o campo pesado exigia muito das duas equipes e, assim que o tempo passava, o cansaço fazia com que os espaços ficassem mais abertos, de modo que ambas as equipes chegavam com perigo na área do adversário. A diferença era que o Vitória errava mais passes e o Goiás passou a ter mais opção de contra-ataques. E os dois primeiros gols do Goiás saíram em dois momentos decisivos: o primeiro gol, aos 38 do primeiro tempo, levando a vitória parcial para o intervalo; o segundo, logo ao início do segundo tempo, abrindo boa vantagem. Esses dois gols foram marcados pelo lateral Júlio César, que vem subindo muito de produção. Júlio César realiza bem sua função defensiva, é habilidoso com a bola nos pés, sabe prender a bola, ajuda o meio-de-campo e está em boa forma física para as subidas ao ataque. O primeiro gol foi um golaço: um chute de fora da área, forte, de primeira, no ângulo. O segundo, num contra-ataque, colocando-se bem para receber o passe, na entrada da área e – rápido – chutar no canto, sem defesa para o goleiro. Depois, foi só administrar o tempo, com direito a gol de Paulo Baier, numa cabeçada certeira, fechando a contagem.

Veio a partida contra o desesperado Vice-Campeão da Libertadores, o Fluminense, o tradicional Tricolor das Laranjeiras, em pleno Maracanã. Importante salientar que escrevo depois de encerrada a partida, com um empate em 1 a 1. Mas, cá entre nós, o Goiás era favorito para vencer. E não o digo pela posição na tabela, nem por comparação entre as equipes. Sigo aquele adágio popular: “o jogo é jogado e o lambari é pescado”, cuja variação sobre o mesmo tema aparece também na célebre frase “a partida só acaba quando termina”. O Goiás era favorito pela análise do momento emocional das duas equipes. O Goiás vem conseguindo equilibrar esquema tático, preparação física e aplicação, o que dá confiança à equipe, com as seqüência de vitórias. Já o Fluminense tem sido uma equipe atabalhoada, com jogadores tentando decidir sozinhos os lances de ataque. E, a posição na Zona de Rebaixamento, que se pensava ser temporária, está cada vez mais definitiva. O Futebol brasileiro é um celeiro de bons jogadores, de jogadores habilidosos, isto não é novidade. Ocorre que, com a saída dos craques para o exterior, ficam jogadores mais novos, lançados ao time principal de forma prematura, sem a devida preparação psicológica para enfrentar as pressões. Mesclar um ou outro jogador experiente não resolve, pois é maior a probabilidade de a bola sobrar para os pés de um jogador muito novo, que ainda não está devidamente preparado. Isto está claro na equipe do Fluminense. Também, a reação do Fluminense TINHA que começar contra o Goiás. E eles contavam com a vitória. E tiveram todas as condições para obtê-la, pois o árbitro foi minando a defesa do Goiás com cartões amarelos e as expulsões eram questão de tempo. O que estava fora do script foi a expulsão do atacante do Fluminense, que levou a bola com a mão. Mas as duas expulsões que deixaram o Goiás com 8 jogadores na linha desmontou o eficiente esquema tático montado pelo Hélio dos Anjos. E, o que se viu em grande parte do segundo tempo foi um bombardeio do Fluminense, mais na afobação do que na técnica. O Goiás dava chutão para frente, onde não havia atacante, o Fluminense recuperava a bola e dava chutão fora do gol. O São Harlei só fez uma defesa milagrosa. As outras bolas passaram longe. E, ao final, foi o Goiás que teve a melhor chance, num contra-ataque, primeiro 3 contra 2, depois 2 contra 1, a bola chegou aos pés de Lima, dentro da área, que chutou forte, cruzado, com Fernando Henrique defendendo com os pés, com a bola passando rente a trave, saindo em escanteio, salvando o Fluminense de uma nova derrota. Eu estava contando com a vitória do Goiás contra o Fluminense. Mas, dadas as circunstâncias do jogo, o empate foi ruim, mas foi bom.

Resumindo, depois do desastroso início de campeonato, quando muitos apontaram o Goiás como um dos candidatos ao rebaixamento, o que eu queria era – apenas – que o Goiás não passasse pelo sufoco que foi o ano passado, quando se livrou da Série B na última rodada. O meu sonho deste ano está quase se realizando: matematicamente, só faltam 2 pontinhos para não corrermos o risco de rebaixamento.

Em breve, quando ALcançarmos os sonhados 45 PG, eu vou comemorar. Depois, sim, utilizarei a calculadora para fazer as continhas para chegar à classificação para a Libertadores.

Se chegarmos à Libertadores, aí as contas serão outras: serão contas de cédulas de Yenes, pois eu já tô pensando em conhecer Tokyo.

Será que alguém tem aí o e-mail do Renato Gaúcho? Gostaria de perguntar a ele quantos quilômetros são daqui a Tokyo...


AL-Braço
AL-©haer

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