Nesta edição, com cem equipes participando, a novidade foi o limite de
idade que subiu para 20 anos.
Foi um acerto dos organizadores, pois vários jogadores – que já
tiverem experiência na equipe principal de seus clubes – mostraram seu
potencial em uma competição que, se ainda não é tão valorizada pelos torcedores,
atrai vários “empresários” do ramo do futebol.
Ou seja, estão ali as revelações, as promessas, as apostas, futuros
craques de nossa seleção e as não tão futuras grandes negociações do futebol
brasileiro.
E também o contrário, por exemplo, no caso da equipe do Vasco que se
apresentou nesta “Copinha”, viu-se um grupo bem mais jovem que a média,
jogadores franzinos (ainda em crescimento, alguns apresentando – talvez –
sinais de má alimentação) e bastante inocentes (tática e tecnicamente) em campo.
Cito especificamente o Vasco, pois o “Verdinho” (como chamamos o nosso Goiás Sub’20) o encontrou nas oitavas e pude
observar toda a partida com atenção. Parecia que o Vasco tinha enviado para a “copinha”
sua equipe do infantil. Os meninos do Goiás deram uma aula de futebol com a bola
nos pés, enquanto que os meninos do Vasco assistiram a tudo, praticamente sem a
bola nos pés. Esta análise é importante,
porque se o Vasco depender desta “base” para os próximos anos, meus amigos
vascaínos (que ao todo são 5!!!!!) vão sofrer um pouquinho (mais) em breve.
Estamos cansados de saber que, em competições com fases “mata-mata”,
nem sempre as melhores equipes chegam à final. Contudo, pelo que eu pude
perceber e pelo que pude acompanhar, realmente além de Santos e Goiás que
chegaram à Final, as equipes de Palmeiras, Bahia, São Paulo e Grêmio também se
destacaram positivamente com vários jogadores talentosos. Mas não foi apenas
isto. O que mais me impressionou foi a disciplina tática destas equipes. Vêm-se
nessas equipes não somente um ajuntamento de jogadores novos que querem correr atrás
da bola e que sabem driblar, mas um grupo que tem sido bem treinado e bem comandado
pelas suas respectivas comissões técnicas.
Temos que ressaltar o fato de estarmos lidando com rapazes novos,
todos ansiosos por ocupar um espaço na carreira. Sabemos que vários “futuros
craques” que nosso imaginário futibolístico “fabrica”, nem chegam a se firmar,
quando “sobem” para o time principal. Acontece. E muito!
Mas, para quem gosta de futebol, sempre é bom ver as categorias de
base em campo. É a oportunidade para vermos esses jogadores ainda puros, sem
vícios, sem máscaras, “gostando de jogar bola”. As categorias de base são o
espaço onde ainda há um resquício de romantismo no futebol.
Mas corram que está acabando. Hoje quem manda no negócio são as
emissoras de TV e os “empresários”. Há jogadores que saem direto da copinha
para jogar em equipes do exterior. Nem chegam a vestir a camisa do time
profissional.
Eu, se fosse empresário de jogador, investiria na compra dos “direitos”
do Liniker (camisa 8 do “Verdinho”). Para mim, o melhor jogador do Goiás nesta
edição da “copinha”. Vendo o garoto jogar, lembra o Luvanor (na minha opinião,
o melhor jogador do Goiás nos últimos 40 anos).
AL-Braços
AL-©haer
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