(poesia visuAL / "A Tática: Futebol" / Série "Futebol em Movimento")

( poesia visual / "Copa do Mundo" / Série "Futebol em Movimento" )

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Parabéns, Rafael Moura !!!

Você foi o único responsável pelo empate do Goiás contra o Flamengo.

IRRESPONSÁVEL !!!

Como é que pode? Um atacante(?!) que – na entrada da área deveria tocar a bola, tentar um drible, ou chutar a gol – comete uma falta desnecessária (uma quase cotovelada na garganta do marcador) e é expulso, justamente expulso.

INCONSEQUENTE !!!

Se fizessem um exame psicotécnico no Rafael Moura, ele seria reprovado. Infelizmente, este atleta(?!) tem problemas.

DESEQUILIBRADO !!!

A partida não estava fácil para o Goiás. Nem para o Flamengo. O time do Flamengo veio fechado, como era de se esperar. E o Goiás entrou fechado, como deve e tem que ser. Depois quase 120 dias sem chover aqui em Goiânia, a chuva veio justamente antes da partida, perdurando-se por todo o jogo. Campo molhado. Campo pesado. Jogo truncado.

Terminado o primeiro tempo, empate em 0 a 0 sem lances de gol apontava para um segundo tempo em que, quem marcasse primeiro, teria grande chance de vencer a partida.

E o Goiás marcou primeiro, logo no início do segundo tempo, por sorte (ou azar deles) com um gol contra. Tava tudo indo bem até a expulsão do Rafael Moura. Jorginho já tinha feito as três substituições, todas acertadas (duas por contusão e a entrada de Douglas no lugar de Júnior, que – cansado – sentia o peso do gramado e da idade e acabara de levar um cartão amarelo).

Só restava ao Goiás manter todos jogadores lá atrás, defendendo a vitória parcial. E só restava ao Flamengo atacar, buscando o empate, com um jogador a mais. Daí, viu-se uma partida que parecia um treino ataque contra defesa. Só dava Flamengo. E o Goiás resistia, bravamente.

GUERREIRO, GUERREIRO, TIME DE GUERREIRO !!! Cantava a torcida do Goiás. Bonito!

Ainda tivemos uma ótima chance de ampliar. Felipe, O GRANDE, puxou um contra-ataque e vendo a entrada de Douglas pelo meio, tocou a bola. Douglas entrou rápido, por entre dois zagueiros, driblou um deles, driblou o goleiro, mas com o gol aberto, ao invés de bater rasteiro, chutou forte, por cima.

E o Flamengo continuava atacando, até que aos 45 minutos do segundo tempo, depois de várias tentativas (com “São” Harlei fazendo dois milagrinhos básicos e habituais), o time do Flamengo conseguiu empatar, empate que foi construído a partir da expulsão do Rafael Moura.

Rafael Moura, hoje você “MATOU A PAU” (o nosso time).

Mas tem uma notícia boa: Rafael Moura está suspenso para a próxima partida.

AL-Braço
AL-©haer 

sábado, 25 de setembro de 2010

Goiás no esquema 3-6-1 sem inventar !!!

Num falei? O esquema do Goiás tem que ser 3-6-1 e fim de papo!

Depois daquela “invenção de moda” em que Jorginho mudou o esquema para 4-3-3 (e foi aquele desastre, contra o Atlético Goianiense), o Goiás voltou à disposição tática 3-6-1, que É A ÚNICA OPÇÃO QUE TEMOS.

Lá no Morumbi, contra o São Paulo, conseguimos complicar a vida do ataque adversário e, nos contra-ataques, surpreendemos com um 3 a 0 já no primeiro tempo. No segundo tempo, não marcamos mais gols, mas também não sofremos nenhum. E “São” Harlei fez seus milagrinhos básicos.

É simples. Time limitado tem que jogar “fechadinho” lá atrás. E o Goiás não pode mudar seu esquema de jogo, nem quando joga no Serra Dourada.

Na partida contra o São Paulo, deu tudo certo para o Goiás. A defesa conseguia parar o ataque sãopaulino e o time saía rápido para o ataque, envolvendo a defesa adversária, que ficou assustada com a eficiência tática com que o Goiás conduzia a partida. Outro ponto positivo foi que o meio de campo “roubou” várias bolas, construindo jogadas que originaram os dois últimos gols do Goiás. Se o 1 a 0 já era um “susto” para o São Paulo, os 3 a 0, ainda no primeiro tempo, selaram a excelente vitória esmeraldina em pleno Morumbi. No segundo tempo, a receita foi “segurar” a pressão, no que o Goiás foi muito competente, pois fechava os espaços, sem cometer muitas faltas.

Podíamos ter feito mais gols no segundo tempo, mas quem joga lá na frente é o Rafael Moura, né? Por falar em Rafael Moura, hoje ele marcou um gol “com a sua assinatura”: Felipe entrou na área, pela esquerda e tocou para o Rafael Moura, quase na pequena área, cara a cara com Rogério Ceni; Rafael Moura só teve trabalho de empurrar para o gol, quase vazio (desse jeito ele marca). Mas aconteceu uma situação inusitada: o terceiro gol do Goiás foi um gol típico de artilheiro “matador”; e, para minha surpresa, o gol foi do Rafael Moura!!! Nem acreditei, quando vi.

Para nossa sorte, a goleada nos dava direito de perder gols e perder contra-ataques com erros de passe bisonhos. E, quando a bola caía nos pés do Rafael Moura, era ele que protagonizava a maioria destas bolas perdidas.

Felipe foi um MONSTRO, nesta partida contra o São Paulo. E Rafael Tolói não falha, quando tem a seu lado dois zagueiros. E, com três zagueiros, poucas são as bolas cabeceadas para a nossa meta. Hoje tivemos duas, mas “São” Harlei estava lá para fazer seus milagres.

Jorginho, não inventa mais não, tá?

Vamos combinar assim: até se o Goiás for jogar contra o W.O., bota o time “fechadinho” no 3-6-1; isto facilita o nosso sistema defensivo e, nos contra-ataques, manda a bola para o Felipe e vamos ver o que acontece.

AL-Braço
AL-©haer 

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Jorginho: erros e acertos

Sabemos que não ia ser fácil para o Jorginho arrumar o time, mesmo depois da diretoria do Goiás ter colocado os salários em dia. Agora que não há mais a desculpa dos salários atrasados, podemos avaliar (o que não era novidade) que o elenco é mesmo limitado, tecnicamente. Limitadíssimo.

Também sabemos que não há como se exigir muito do técnico Jorginho, até porque, neste mês de setembro, até meados de outubro, são 10 (DEZ!) rodadas a disputar, nos finais e nos meios de semana, alternando jogos em casa e fora. Jogo, descanso, treino leve, viagem, jogo, viagem, descanso, treino leve, jogo e assim por diante. Ou seja, não há tempo para aprimorar taticamente uma equipe, nesta maratona de jogos.

Mas, já na chegada, Jorginho foi prudente (o que era óbvio) ao colocar o Goiás para jogar no 3-5-2, com variações para 3-6-1. Era a partida contra o Corinthians, pela última rodada do primeiro turno. Naquele jogo, enquanto o Goiás esteve com 11 em campo, mesmo com a notória superioridade do Corinthians, o Goiás conseguiu segurar o ímpeto do adversário. A coisa só “desandou” depois que tivemos um jogador expulso e deu no que deu.

Contudo, Jorginho manteve o esquema tático contra o Guarani, enquanto aproveitava os jogos para “conhecer” seus comandados, até porque não há como conhecê-los nos treinos, pois quase não se tem tempo para treinar.

Para uma equipe que vinha com uma média de 2 gols sofridos por partida, o esquema 3-5-2 contribuiu para congestionar a nossa defesa e nas partidas contra Guarani, Inter, Botafogo e Ceará este esquema tático foi um acerto do Jorginho, porque foi este esquema defensivo que contribuiu para vitórias e empates, sem derrotas nestas quatro partidas.

Veio a partida contra o Atlético Goianiense e, para a minha surpresa, Jorginho começa com um esquema 4-3-3. Quando eu ouvi a escalação, não acreditei!!! Quando o time entrou em campo, vi que era verdade.

Caríssima esmeraldina Leitorcedora. Caríssimo esmeraldino Leitorcedor. Sabemos que este Goiás de 2010 não sabe jogar com apenas 2 zagueiros. Não sabe e não dá conta! O resultado disto foi que o Atlético Goianiense de Elias e Cia deitou e rolou pra cima da defesa do Goiás nos primeiros 20 minutos do primeiro tempo. O Goiás chegaria até a empatar no primeiro tempo, mas não conseguiu nada além disto e acabou sendo derrotado por 3 a 1. Definitivamente, com o esquema com 2 zagueiros apenas, o Goiás entra “pedindo para perder”. Se Jorginho imaginou que, com 3 atacantes, venceria o Atlético Goianiense, infelizmente Jorginho estava sonhando. E, nós – torcedores – ficamos com o pesadelo. Foi um erro infantil do Jorginho. Jorginho, que começou lúcido ao “fechar” o Goiás com 3 zagueiros, foi ingênuo ao imaginar que podia “experimentar” um esquema com 2 zagueiros contra o Atlético Goianiense.

Peralá, Jorginho! Quem inventa é Santos Dummont! Com esse Goiás que temos aí, não dá para inventar não. E estava dando certo o esquema “fechadinho”, não estava? Estava. Mudar por quê?

Jorginho, você errou. Muito. Foi você quem perdeu para o Atlético Goianiense.

Tudo bem, vamos “aliviar” um pouco para o Jorginho: melhor dizendo, Jorginho, você não perdeu sozinho, não. Houve umas “figuras” que o ajudaram a errar.

O “armandinho” Wellington Saci foi um deles. Será que já não deu tempo para o Jorginho ver que com Wellington Saci em campo o Goiás joga com um a menos. Este jogador é ridículo. Quase saí do estádio quando vi que o Wellington Saci entrou com a “10”. Aí foi demais para mim. NÃO, COM A “10” NÃO! Teve um dia, que o Fábio Bahia (lembram dele?) entrou com a “10”. Naquele dia, quase vomitei. Ontem, não me contive. Corri para o banheiro mais próximo para vomitar (foi fácil, porque nos banheiros do Serra Dourada, o cheiro ajuda). Pensei até que seria o tal do rota-vírus, mas como a coisa não evoluiu, concluí que era por ter visto a “10” nas costas do Wellington Saci.

Outro “deficiente” é o tal do Rafael Moura. Como é que pode? Esse cara só tem tamanho! O que se espera de um centro-avante? No mínimo, que chute bem ao gol e que cabeceie bem. Rafael Moura é sofrível nestes dois quesitos. Para ele marcar um golzinho, ou tem que ser de pênalti, ou com o gol vazio. No segundo gol do Atlético Goianiense, que foi marcado de cabeça pelo Gilson (que não é alto), quem estava “marcando” no primeiro pau? Ele mesmo: Rafael Moura. Gente, o Rafael Moura não teve capacidade nem para “atrapalhar” o Gilson! “He-Man”...PELAMORDEDEUS, vai ser ruim de serviço assim lá no Castelo de Grayskull que te pariu!!!

Éverton Santos é outro que veio aprender a jogar futebol aqui no Goiás. Coitado...logo neste time que temos neste ano de 2010...Éverton Santos está é “desaprendendo” o pouco que sabia.

E, sinceramente, não vejo perspectivas de melhora. Resta torcer para Guarani, Ceará e Avaí “quererem” trocar de lugar com o Goiás. O jeito é torcer para outros times piorarem. Mas tem que ser uma piora bem grande. Das “bem ruim” mesmo.

Vejam só, a que ponto chegamos: torcer para outros times piorarem, por falta de opção.


AL-Braço
AL-©haer 

domingo, 19 de setembro de 2010

O que faltou para o Goiás vencer o Ceará


Não faltou disposição. Não faltou vontade da equipe. Não faltou o “dedo” do técnico.

Faltou sorte. E faltou ataque.

Faltou sorte, porque – raramente – o “São” Harlei comete falhas. Hoje, Harlei foi infeliz e deixou passar uma bola relativamente fácil. Mas até “frango” é difícil do Harlei “engolir”. A bola precisou de dois “tempos” para entrar: primeiro ela se lhe escapou e, ele ainda tentou se recuperar, voltando para tirar a bola (até tocou nela!), mas já estava na linha e não deu para fazer a defesa.  

Depois do gol, o time do Ceará (que não era superior ao Goiás) mostrou o real “tamanho” de sua equipe: recuou e, se não me falha a memória, teve apenas mais uma chance de gol, no restante do primeiro tempo.

No segundo tempo, o time do Ceará voltou recuado. E o Goiás partiu – definitivamente – para cima, na tentativa do empate, o que fez o Ceará ficar acuado lá atrás (mais ainda!). Jorginho fez uma “boa leitura da partida” e as substituições surtiram efeito. Apesar de que eu não goste nada do futebol do Wellington Saci, a saída de Bernardo foi acertada, porque Bernardo não reeditava as boas apresentações anteriores. Mas a melhor “mexida” do Jorginho foi a inversão dos laterais, passando o Douglas para a direita. Com a entrada de Carlos Alberto (outro jogador que não tem nada de especial) caindo naquela região, foi naquele espaço que o Goiás realizou suas melhores jogadas. Pressionava o Ceará com bolas alçadas, construindo uma superioridade em campo, que apontava para um empate e, talvez até uma virada, porque o time do Ceará, além de se postar excessivamente na retranca, mostrou-se um time sem preparo físico, na segunda etapa.

Contudo, caríssima esmeraldina Leitorcedora, caríssimo esmeraldino Leitorcedor, o nosso ataque não consegue superar uma defesa fechada. Rafael Moura é muito fraco, tecnicamente. Com a bola nos pés, não tem muita habilidade e, mesmo daquele “tamanhão”, é ruim nas bolas altas. Rafael Moura tem disposição e se dedica e se esforça. Contudo, quanto mais se esforça, mais se revela a falta de qualidade de seu futebol. Sobra para o Felipe fazer tudo no ataque. Felipe precisa sair da área, para construir as jogadas e precisa voltar para a área para tentar o gol. Ou seja, o Felipe joga “por dois”, o que – convenhamos – não é fácil. Romerito, que não jogou tão bem, já cansado não acompanhava o ritmo que o Goiás imprimia e a entrada de Éverton Santos em seu lugar resultou mais movimentação, o que só foi bom para deixar o Ceará mais preocupado, aceitando a pressão do Goiás.

E a recompensa (e o castigo para este time medroso do Ceará) veio aos 41 minutos do segundo tempo. Wellington Monteiro resolveu fazer o que o ataque não conseguia: chutou a gol. Mas não foi um chute a gol qualquer. Foi um chute lá da intermediária, forte e no ângulo, indefensável para o goleiro Michel Alves, que voou na bola, mas não era uma bola, era um foguete que explodiu nas redes. Um GOLAÇO !!!

Eu não imaginava que um salário em dia “transformaria” tanto o futebol de um jogador. Foi só pagarem os salários que o Wellington Monteiro passou a jogar, a marcar gols importantes e a se tornar um dos jogadores mais eficientes do Goiás. Outro dia, Wellington Monteiro voltou a falar no assunto, dizendo que “jogador é funcionário do Clube” e que todo “funcionário” tem direitos e deveres e que um dos direitos (contratuais) é receber os salários em dia. Certinho!

Espero que a diretoria do Goiás já esteja se organizando para pagar a próxima folha. E dou uma dica: coloquem a relação em ordem alfabética (de trás pra frente) e paguem o Wellington Monteiro em primeiro lugar, prá garantir.

Eu não vou ficar lamentando o empate, porque – a rigor – faltou qualidade técnica para o Goiás vencer o time do Ceará. Nossa equipe é limitada (sabemos disto) e – fora de casa – empatar é um ótimo resultado.

Não fosse aquele chute salvador do Wellington Monteiro, teríamos sido derrotados, porque nossa superioridade em campo não se traduzia em chutes a gol.  

Ainda estamos na zona de rebaixamento, mas depois de ter passado a “lanterna”, já estamos na 18ª Posição, perdendo a 17ª colocação para o Atlético-MG, nos critérios de desempate. A continuar neste ritmo, imagino que não vai demorar muito para chegarmos na 16ª posição.

AL-Braço
AL-©haer 

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Avisa lá, avisa lá, avisa lá


que o Goiás pagou os salários atrasados e o Wellington Monteiro estava certo, quando falou ao final do primeiro turno: “com os salários atrasados, a bola insiste em não entrar.”

Salários em dia e a bola “gostou” de entrar nas redes do Botafogo, aqui no Serra Dourada: 4 a 1.

Mas não teve chocolate. Em campo. Mas tinha uma nhá-benta que a Gláucia tinha deixado para mim e que eu comi depois que cheguei do estádio. Mas não comi toda a nhá-benta, não. Deixei metade para amanhã. Uma nhá-benta inteira iria competir com o gosto desta vitória sobre o Botafogo e eu queria manter este gosto “doce” por um bom tempo.

Realmente, o técnico Jorginho já tem – em pouco tempo – um mérito nesta recuperação parcial do Meu Goiás: o posicionamento tático no esquema 3-5-2, que na prática é um 3-6-1 com apenas o Rafael Moura lá na frente. Felipe fica mais recuado, ajudando o meio de campo e com mais presença na condução da bola e na construção das jogadas do que nos arremates para o gol. Nesta partida contra o Botafogo, o artilheiro Felipe não marcou nenhum gol, mas foi decisivo em lances que originaram três dos quatro gols marcados.

Jorginho tem consciência da carência técnica de seus comandados e a saída (lógica e óbvia!) foi concentrar a equipe bem fechada na defesa. E bem na defesa mesmo, pois os volantes voltam para congestionar a área. Com muitos jogadores lá atrás, reduzindo os espaços, basta um pouco de atenção e muita disposição, porque “destruir” é mais fácil que “construir” (já dizia um técnico em implosão).

Outra questão importante: o esquema defensivo do Goiás diminuiu muito a quantidade de faltas cometidas, o que tem sido a maior preocupação e orientação de Jorginho à beira do gramado.

O resultado disto tudo é que o adversário fica muito mais tempo com a bola nos pés e isto causa um desconforto para nós, esmeraldinos. Mas a gente sabia, que não seria fácil.

Foi assim contra o Botafogo. O time do Botafogo tem bons jogadores, está bem armado pelo Joel prancheta-in-de-ráite-in-de-léfiti Santana, a equipe tem um ótimo preparo físico e eles sabem tocar bem a bola de pé em pé. Aliado ao fato de o Goiás, nesta partida, ter “rifado” muito a bola e, também porque os volantes não ganhavam a “segunda bola”, a sensação que dava era que o Botafogo jogava em casa.

Mas, caríssima esmeraldina leitorcedora, caríssimo esmeraldino leitorcedor, se quisermos sair desta zona de rebaixamento, vai ter que ser assim, independente de se jogar em casa ou fora, porque não podemos nos dar ao luxo de partir para cima do adversário. Temos que sair apenas nos contra-ataques e, com eficiência e objetividade, aproveitar os espaços e chegar ao gol do adversário, sem desperdiçar as poucas chances.

Gostei da performance do zagueiro Marcão. Foi um dos melhores em campo, contra o Botafogo. O retorno de Rafael Tolói (depois de um gancho de duas partidas, para recuperar a forma física) trouxe mais tranquilidade e segurança para a defesa. “São” Harlei fez seus milagrinhos básicos e – na minha opinião – Felipe foi o nosso melhor em campo, porque – nas poucas vezes que o Goiás não deu chutões para a frente – era Felipe que organizava a ligação do meio de campo para as jogadas de ataque, ora pela esquerda, com Júnior, ora pela direita, com Wendell Santos.

Quero destacar a atuação de Rafael Moura. Marcou dois gols. Parabéns! Realmente, com o gol aberto (com o goleiro adversário batido) chutando quase de dentro da pequena área e cobrando pênalti, ele consegue colocar a bola para dentro. Nas demais jogadas, esse “He-Man” vai ser ruim assim lá no Castelo de Grayskull. Mas, não temos outro. Pelo menos o Rafael Moura fica “batendo cabeça” lá na frente e segura dois marcadores. A situação é esta: “se não tem tu, vai tu mesmo”.

Mas, o que mais gostei nesta partida, mais que os quatro gols, mais do que termos passado a “lanterna” para o Grêmio Barueri Prudente foi que o técnico Jorginho mostrou que já está “conhecendo” o elenco do Goiás: nesta partida, Jorginho fez três substituições e não colocou o Wellington Saci para jogar. Se o Wellington Saci tivesse entrado, estragaria o prazer desta goleada.

Avisa lá que estou pensando em ligar a calculadora para fazer as aquelas continhas dos pontinhos que o Meu Goiás vai ter que conquistar para permanecer na Série A. Em breve.

Avisa lá – também – ao Botafogo:


ó Botafogo
do Joel amigão

se quiser ser Campeão
vá vencer lá no Engenhão

vencer Meu Goiás aqui no Serra
não é pra qualquer prancheta não


AL-Braço
AL-©haer 

pêésse: ALgora, já passa da meia-noite, já é amanhã...já posso comer a outra metade da nhá-benta...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O que realmente mudou no Meu Goiás

Alguns acontecimentos têm contribuído para que o Meu Goiás, depois de mais de 90 dias sem saber o que era uma vitória, voltasse a vencer (Guarani, no Serra Dourada, na primeira partida do returno) e não permitir uma derrota (Internacional, lá no Beira-Rio).


Primeiro, vamos recapitular os acontecimentos administrativos. No dia da partida contra o Guarani, o Presidente (agora, definitivamente ex-Presidente, explico logo em seguida) pagou uma folha que estava atrasada (se não efetuasse o pagamento, pela lei vigente, os jogadores teriam seu vínculo empregatício suspenso, ou seja, o Goiás poderia ficar sem seus jogadores). No dia seguinte, o Presidente – que tinha sido reconduzido ao posto por força de uma liminar – redige sua carta de demissão. Demorou a fazer o que já tinha sido sugerido há mais de seis meses. Mas, pelo menos esta novela de afasta-volta Presidente teve seu último e definitivo capítulo. Agora o Jorginho sabe com qual diretoria deve conversar sobre o time.

Vamos salientar os acontecimentos táticos. Com a chegada de Jorginho para comandar o clube, a primeira decisão (muito acertada) foi a volta ao esquema 3-5-2, com variações mais defensivas num 3-6-1. O Goiás precisava – urgente! – de se fechar defensivamente, para diminuir a péssima estatística de quase 2 gols sofridos por partida. Com exceção da partida contra o Corinthians (quando tivemos um jogador expulso), nestas dois últimos confrontos (Guarani e Inter), o Goiás só levou 1 gol, o que já é uma surpreendente evolução. Especialmente no confronto contra o Inter (lá, empate em 0 a 0), podemos dizer – e não é exagero - que a nossa defesa foi perfeita. Com relação ao ataque, conseguimos marcar 3 gols no Guarani, mas nenhum no Inter (não foi por falta de chutes a gol, não; o sistema defensivo do Inter é muito superior ao do Guarani e o goleiro Renan está em ótima forma).

Sobre os acontecimentos técnicos, nada de novo, apenas uma maior disposição da equipe dentro de campo. Por exemplo, o zagueiro Marcão foi “premiado” na partida contra o Inter. O Inter insistia em bolas cruzadas pelo alto, o que facilitou a vida do Marcão, pela sua estatura. O Marcão é fraco com a bola no chão (vindo e indo), mas o ataque do Inter não soube aproveitar desta deficiência e, no final da partida, Marcão foi um dos melhores do Goiás em campo. No caso do Felipe, nesta partida contra o Inter ele não conseguiu se desmarcar como tinha feito contra o Guarani. Já citei acima: a defesa do Inter conseguiu marcar bem melhor o Felipe, ou seja, o Felipe não conseguiu muita coisa e nota-se que ainda não recuperou sua forma física plena, depois de tanto tempo parado. Jorginho resolveu sacar o Éverton Santos, dando preferência ao Rafael Moura de titular. A equipe perde em movimentação, mas ganha com o Rafael Moura que prende dois zagueiros. Isto é bom para abrir um vazio entre os volantes e a defesa adversária, quando o adversário está no ataque; caso o Goiás recupere a posse de bola, há espaço para tocar a bola em contra-ataques também pelo meio. Mas é só esta a contribuição do Rafael Moura. De resto, arremata mal (e pouco), é ruim nos cabeceios (apesar de sua altura) e passa a bola com deficiência. E é lento.

Outro dia o Wellington Monteiro disse que “com os salários atrasados, a bola insiste em não entrar”. Curiosamente, nesta partida contra o Inter, foi outro considerado um dos melhores em campo. Tem jogador que só “gosta” de jogar contra times grandes.

Temos que dar um tempo para o Jorginho “conhecer melhor” os jogadores e, infelizmente, para isto ele tem que colocar algumas “peças” em campo, para jogar, pois “treino é treino, jogo é jogo” (já dizia o filósofo contemporâneo Nenem Prancha). Uma destas “peças” tem sido o Wellington Saci. MEU DEUS, dá até calafrio, quando vejo o Wellington Saci na beira do gramado, indo substituir um companheiro. Esse Wellington Saci é muito ruim. Displicente. Erra passes de 2 metros, oferecendo contra-ataques para o adversário. E está mal fisicamente. Não consegue acompanhar na marcação. Teve um campeonato goiano, que o Wellington Saci foi eleito o melhor de todos: ganhou um carro. Hoje, vendo de perto a “qualidade” do Wellington Saci, eu fico muito preocupado por saber que ele tem carteira de motorista. Eu não acredito que ele passou no exame psicotécnico. Mas, sobre o Romerito de titular (no lugar de Jonílson) foi outro acerto do Jorginho. Já comentei em “pôsti” anterior. Romerito combate bem na defesa e tem ótima condução de bola e visão de jogo, quando o time parte para o ataque.

O que mudou realmente no Meu Goiás é que há duas partidas não perdemos. Apesar de que voltamos a pontuar, ainda estamos segurando a “lanterna”. Mas parece que – em breve – vamos passá-la para outra equipe.

Quem tá a fim de segurar uma “lanterna” aí, gente?!

(só não vale responder que são os mineiros lá do Chile...)


AL-Braço
AL-©haer

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Depois de mais de três meses

Sim, caríssima Leitorcedora Esmeraldina, caríssimo Leitorcedor Esmeraldino, antes de comemorar, precisamos dar uma beliscada em nós mesmos (cada um se belisque aí, senão dá confusão), porque já ia para mais de 90 dias que o Nosso Goiás não sabia o que era vencer uma partida. É verdade. E foi uma vitória com "sobras": 3 a 1 contra o Guarani, aqui no Serra Dourada, no início do returno do Brasileirão.

Quando o Goiás fez 1 a 0, mantive a calma. Ainda no primeiro tempo, 2 a 0. Eu me contive. O primeiro tempo terminou com a nossa vitória parcial por 2 a 0 e eu fiquei pensando, no intervalo, como é que o Guarani iria "virar" a partida.

O time do Guarani começou bem o campeonato, assim como foi com o Ceará e Avaí. As rodadas foram acontecendo e estas três equipes começaram a cair de produção e, consequentemente, cair na tabela de classificação. Na primeira partida lá em Campinas, o Guarani venceu o Goiás Era a primeira rodada e ainda não tínhamos elementos para avaliar as equipes. Neste confronto, pelo returno, viu-se que o time do Guarani joga muito retrancado fora de casa, apresentando uma única jogada de ataque, pela esquerda, com o jogador (bom jogador) Apodi. E, mesmo guardando-de na defesa, o seu miolo de zaga fica meio perdido, quando pressionado, porque os volantes combatem pouco. Mas, mesmo assim, fiquei "desconfiado", achando que o Goiás "conseguiria" perder do Guarani, o que - para alívio - não aconteceu.

Como foi que o Goiás "construiu" a vitória sobre o Guarani? Primeiramente, o esquema 3-5-2 tem sido a única opção do Goiás, na tentativa de levar menos gols do que a sua média de quase 2 gols sofridos por partida. Congestionar o miolo de zaga com três zaqueiros foi uma estratégia correta e funcionou, pois o Goiás sofreu apenas 1 gol, nesta partida contra o Guarani.

Gostei (e já tinha pedido isto aqui em "pôsti" anterior) de ver o Romerito de titular. A experiência e habilidade de Romerito ajuda Bernardo na armação de jogadas de meio de campo e, na transição para o ataque, vimos hoje umas boas e frutíferas triangulações entre Romerito, Bernardo e Felipe. Por falar em Felipe, este correu muito, movimentou-se bastante e sua vocação de artilheiro foi recompensada por 2 gols (um ao seu estilo, entrando na grande área e batendo cruzado, forte e rasteiro, tirando do goleiro; outro, de pênalti).

É bem verdade que o Guarani não foi um adversário que buscou a vitória, o que facilitou a vida do Goiás, nesta partida. Quando o time do Guarani marcou seu gol, já estava 3 a 0 e não havia tempo nem futebol para uma reação.

Sabemos que o time do Goiás tem um elenco limitado (técnica e taticamente e a preparação física não é das melhores), mas - mesmo vendo a equipe se esforçar em campo - há alguns "atletas" que beiram o ridículo, por exemplo o lateral Carlos Alberto, o zagueiro Marcão e o lateral Wellington Saci.

Apesar da vitória contra o Guarani, falta muito ainda.

Vamos ver como será o comportamento da equipe, daqui para frente, para saber o que representa - realmente - esta vitória sobre o Guarani.

AL-Braço
AL-©haer

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Números do Meu Goiás no Primeiro Turno

20 - Vigésimo Lugar; Último; "LANTERNA"; "primeiro colocado para a Série B de 2011";

3 - Três Vitórias (em 19 partidas); duas em casa (Atlético Goianiense e São Paulo) e uma fora (Flamengo); o Goiás é a equipe que menos venceu no primeiro turno;

12 - Doze Derrotas (uma dúzia! uma penca cheia!); divide com o Atlético-MG esta posição dos times que mais perderam até agora;

16 - Gols Marcados; neste quesito não é o pior; Ceará só marcou 15 gols e Flamengo, 14; só para registro, o Grêmio Prudente já marcou 19;

37 - Gols Sofridos; aqui não tem pra ninguém! O Goiás é o time que mais levou gols no primeiro turno; foram 19 partidas, uma média de 1,95 gols sofridos por partida; nossos goleiros têm buscado as bolas no fundo das redes, por duas vezes por jogo; o outro time que "tá gostando de levar gols" é o Atlético-MG, 34;

-21 - Saldo (?!) de Gols; neste quesito o Goiás é o pior, D-I-S-P-A-R-A-D-O !!! O outro time que se aproxima do Goiás é o Atlético-MG, mas aproxima bem de longe, pois este está com saldo negativo de 11;

23% - Aproveitamento; o pior aproveitamento de todos, ou seja, por este número, vê-se que todos estão se "aproveitando" do "aproveitamento" do Goiás.

Caríssima Esmeraldina Leitorcedora, Caríssimo Esmeraldino Leitorcedor, desculpem-me a expressão:

QUE MERDA, HEIN ?!


AL-Braços
AL-©haer

ACG avança

O Atlético Goianiense segue bem na sua recuperação, que começou na brilhante goleada sobre o Palmeiras, lá em São Paulo, há quatro rodadas. Aquela vitória foi fundamental para devolver a confiança à equipe. Já que estamos em época de eleição, o ACG pode pegar emprestado aquela frase da campanha presidencial do Barack Obama: “Yes We Can!”


E depois que o Elias resolveu jogar nestas últimas quatro partidas, realmente o time do Atlético Goianiense pode sim deixar a zona do rebaixamento e se manter na Série A para 2011.

Mas não é somente o Elias que está jogando bem. É fato que o fator-Elias foi um catalisador que reacendeu o Dragão (como é carinhosamente chamado o ACG pela sua torcida), mas a chegada do técnico Renê Simões, com sua habitual calma, é que está fazendo a diferença. Renê Simões já consertou o sistema defensivo do ACG. Ainda há falhas, sim, mas são pontuais, por exemplo, contra o São Paulo, o Atlético Goianiense sofreu dois gols de cabeça. Ficou a reclamação de que Dagoberto fez “carga” no segundo gol do São Paulo, mas o que observei foi uma ingenuidade da zaga nos dois gols sofridos. Isto não ocorreu, na última partida, contra o Vitória. Já é uma evolução.

O lateral Thiago Feltri é outro que evoluiu bastante. Está mais disciplinado – taticamente – e tem voltado para a defesa, quando o time perde a posse de bola. Já não aparecem aqueles vazios na ala esquerda do ACG e a zaga não fica mais preocupada em cobrir este setor, pois os volantes Agenor e Pituca estão bem atentos e exercem esta função.

O goleiro Márcio continua sendo um dos principais jogadores do ACG, não somente pelas defesas que tranquilizam o time, mas também pela experiência e liderança. E a contratação de Diguinho foi um acerto e tanto, pois este jogador ajuda tanto os volantes na defesa, quanto na ligação direta com Elias, quando o ACG recupera a bola.

Quando está no banco de reservas, Juninho tem sido uma espécie de décimo segundo jogador. Contra o Vitória, entrou no segundo tempo e, na primeira vez que tocou na bola, ampliou para 2 a 0, abrindo caminho para a goleada que seria construída a partir daquele momento. Foi dele, também, o quarto e último gol, em jogada que Elias fez um lançamento primoroso, Juninho ganhou na corrida do zagueiro e, mesmo empurrado pelo adversário, desequilibrado conseguiu bater na bola tirando do goleirão Viafra, que ainda tocou na bola, sem conseguir impedir que esta fosse para dentro.

Foi uma falta de sorte o Atlético Goianiense ter cedido o empate para o Avaí, aqui no Serra Dourada, como foi injusta a derrota para o São Paulo lá no Morumbi. Mas vê-se que o time do ACG não se abateu, com estes pontos perdidos.

O técnico Renê Simões insiste que “cada jogo é um jogo” e que seja focado uma partida por vez. Ele está certo. Certinho. O ACG amargou muitas rodadas na “lanterna”. Mas, nas últimas quatro rodadas, já passou a “lanterna” para o Goiás e já deixou o Grêmio Prudente na 19ª colocação. Já igualou em pontos ganhos com o Atlético-MG, perdendo a posição apenas pelo número de vitórias. Por falar em vitória, está a uma vitória do 16º colocado, que é o Grêmio.

Fácil não está, mas pelo menos o time do ACG está jogando bem, com confiança, ganhando pontos e subindo na tabela de classificação.

É este o caminho. Que o ACG segue. E segue bem.


AL-Braços
AL-©haer

domingo, 5 de setembro de 2010

Mais "novidades" e uma pergunta difícil de responder

Como já foi mencionado em "pôsti" anterior, a crise entre (ex-)Presidente e Conselho Deliberativo do Goiás teve novo capítulo: o ex-Presidente retomou sua condição de Presidente, sob força de uma liminar que o recinduziu ao cargo, com a justificativa que o assunto "suspensão temporária" não constava da pauta da convocação da Reunião do Conselho, que analisou e aprovou o afastamento do Presidente.

Ou seja, a equipe do Goiás viajou para São Paulo sob a coordenação de um grupo, que agora não responde oficialmente pela direção.

Na semana que vem (apesar do estrangulamento da segunda-feira, pelo feriado de 7 de setembro), haverá novos e interessantes capítulos desta novela mexicana nos campos do cerrado goiano.

Só para vocês terem uma idéia do tamanho da confusão, após a goleada sofrida para o Corinthians, quando foi perguntado ao técnico Jorginho (na coletiva) o que ele conversaria com a diretoria, para tentar traçar um plano de recuperação para o segundo turno, Jorginho respondeu, devolvendo com a pergunta:

"- Para qual diretoria? "

Aí, convenhamos, caríssima esmeraldina leitorcedora, caríssimo esmeraldino leitorcedor, a situação é mais difícil do que possamos imaginar.


AL-Braço
AL-©haer

O Fundo do Poço


Confesso que cheguei a ficar animado, quando foi anunciado que Jorginho colocaria o Goiás para jogar no esquema 3-5-2, contra o Corinthians, lá no Pacaembu. Não que eu imaginava que o Goiás iria surpreender o Corinthians, mas considerando o atual momento destas duas equipes na competição e comparando a qualidade dos dois elencos, o Goiás teria mesmo que se fechar, para tentar um empate, o que seria um ótimo resultado. 

Já no início da partida, o lateral Júnior entra no bico da grande área e, ao invés de cruzar, resolve chutar direto. Uma bola de trivela, à meia altura, que surpreendeu a todos: Goiás 1 a 0. Eram apenas 7 minutos do primeiro tempo, o que não tinha dado tempo para o time do Corinthians fazer valer das qualidades técnicas e táticas superiores ao Goiás. O gol acendeu o Timão, empurrado por mais de 30 mil loucos e, a partir daí só deu Corinthians em campo. Apesar da pressão Corinthiana, o esquema 3-5-2 do Goiás (em sua parte defensiva) dava conta do recado e segurava (mais pelo congestionamento de jogadores na defesa) os ataques do Timão. 

Ao final do primeiro tempo, as estatísticas mostravam o quanto o time do Corinthians era superior, em todos os quesitos, o que apontava para uma vitória do Corinthians, que parecia ser mera questão de tempo. Mas, sem desmerecer a superioridade do Corinthinas, sem considerar a fragilidade e o momento conturbado que vive o time do Goiás (dentro e fora de campo), o fator decisivo para o que seria o resultado final (a goleada do Corinthians por 5 a 1) foi a expulsão do volante Amaral, aos 38 minutos do primeiro tempo, quando ainda estava 1 a 0 para o Goiás. Até este momento, mesmo sendo um time de qualidade inferior, o Goiás, pela postura defensiva do esquema 3-5-2, na sua variação 3-6-1, conseguia manter a vitória parcial e eu até tinha esperanças de que o jogo iria para o intervalo com o Goiás vencendo. Mas, com um a menos, mesmo com a entrada de Rithelly (o sacrificado foi um atacante) para suprir a ausência do Amaral, o Corinthians conseguiu o empate no finalzinho do primeiro tempo. 

Veio o segundo tempo e o panorama foi o mesmo: o Corinthians atacando e o Goiás tentando se defender, agora com um jogador a menos. Se mesmo antes da expulsão do Amaral, eu já imaginava que a vitória do Corinthians seria uma questão de tempo, com um jogador a mais, ficaria mais fácil para o Corinthians. O segundo tempo foram 45 minutos (+ 3 de acréscimos) de um verdadeiro massacre, com direito a “olé” e, não fosse o São Harlei, a goleada poderia ter chagado aos 8 ou 9. 

Resumindo, os 5 a 1 para o Corinthians acabou “sendo de pouco”. 

E, neste “pouco” já dá para ver que chegamos ao fundo do poço. 

Muito.

AL-Braço
AL-©haer 



quinta-feira, 2 de setembro de 2010

piadinha que eu tive que ouvir

O Goiás vai pedir para a CBF marcar seus jogos para as segundas-feiras.

Quem sabe assim o Goiás vence na Segunda?

Ainda é pouco

Na primeira partida sob o comando do técnico Jorginho (ex-assistente de confessionário do Dunga) os jogadores do Goiás resolveram correr bem mais do que habitualmente têm feito, aqui no Serra Dourada.

De novidade, na escalação, foi Wendel Santos no lugar do prata da casa, o volante Amaral. Mas, infelizmente, o Jorginho “prefere” o esquema 4-4-2, o que – com os atuais volantes – é um “Deus-nos-acuda” para a nosso miolo de zaga, formado por Rafael Tolói e Ernando.

Wendel Santos até que não comprometeu. Para minha surpresa, principalmente no primeiro tempo, movimentou-se bastante, atuou ofensivamente, chegando a dar um belo chute de fora da área, a bola explodiu no travessão, voltou nas costas do goleiro Fábio Costa, mas saiu rente à trave, para escanteio. Substituído, no segundo tempo, pelo jovem Rithelly, este não produziu quase nada.

Sejamos justos: o time do Goiás correu bastante. Bernardo lutou muito até o final da partida. E quanto a Douglas, este resolveu jogar a sua primeira partida de verdade, neste ano.

O adversário era outro desesperado, o time do Atlético-MG, de Luxemburgo, os Diegos Tardelli e Souza e Ricardinho e Cia. Tardelli não jogou, por contusão. Ricardinho e Diego Souza foram barrados. Sobrou para o Neto Berola. E Neto Berola fez apenas duas jogadas no primeiro tempo, o suficiente para deixar a defesa do Goiás em polvorosa e a torcida do Goiás desconfiada. O Goiás abrira o marcador aos 5 minutos do primeiro tempo e continuou pressionando o adversário, mas o segundo gol não saía.

Felipe entrou no segundo tempo, quando já estava 2 a 1 para o Atlético-Mg (de virada, gol do Diego Souza, que entrou e – no seu primeiro lance – fez este gol e depois não fez mais nada). Entrevistado depois da partida, Felipe se queixou de que não pode ser considerado “O Salvador da Pátria”. Infelizmente, não é só deficiência técnica que penaliza o time do Goiás. Taticamente, a equipe está perdida, com poucas alternativas (através dos laterais, seguidas de cruzamentos para a área adversária) e com um péssimo posicionamento do sistema defensivo.

O Atlético Mineiro pouco atacou no primeiro tempo, o que nos iludia a pensar que a nossa defesa estava melhor. Como disse anteriormente, foi só o Neto Berola fazer umas firulas, que revelou nossa fragilidade defensiva, a ponto de dar condições para o Obina (aquele!) deitar e rolar para cima da gente.

É claro que ainda não deu tempo para o Jorginho fazer muita coisa. Mas, pelo menos, nesta partida conta o Atlético-MG, houve empenho e dedicação da equipe. Muita correria, o que revelou outra deficiência: o lateral Júnior não aguentou o ritmo, sendo substituído por cansaço, extenuado que estava tentando acompanhar os demais jogadores. No seu lugar, Jadilson foi ressuscitado e – apesar de inseguro, marcado pela torcida – conseguiu realizar algumas boas jogadas pela linha de fundo.

Pode melhorar? Pode. Até porque pior que a “lanterna” não tem jeito mesmo, né?

Com o que temos no elenco, mesmo que a equipe mantenha a dedicação, com espírito de luta, ainda é pouco.

Tão pouco que conseguimos perder de 3 a 1 em pleno Serra Dourada para esta caricatura que é o atual time do tradicional Galo Mineiro, que ainda não tinha vencido fora de casa, neste Brasileirão.

Se Felipe não é “O Salvador da Pátria”, Jorginho vai ter que fazer milagres.

Com o elenco atual do Goiás, parece que o que vimos hoje representa uns 80% do que podem render estes jogadores.

Temo que, mesmo atingindo uns 95%, ainda seja pouco (e talvez, tarde) para a fuga do rebaixamento.

A minha esperança é que o esquema tático volte ao jurássico 3-5-2, ou uma variação 3-6-1. Precisamos parar de levar gols. Do jeito que as coisas andam, para o Goiás, um 0 a 0 já pode ser considerado um resultado com sabor de vitória.
Quando a diretoria saldar os salários atrasados, será que o time terá mais futebol para apresentar? Acho que não.

Mas estes salários têm que ser pagos logo, para não haver mais desculpas. Os salários atrasados estão camuflando a realidade de que a qualidade do elenco do Goiás é mesmo muito limitada. Mais do que a gente possa imaginar.

AL-Braço
AL-©haer

É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo para um só Goiás

A crise no Goiás está tão aguda, que se você passar sem saber da notícia da noite, no outro dia, pela manhã, já tem outra novidade.


Em uma semana, vejam o que aconteceu lá no Meu Goiás:

1. O técnico Leão foi dispensado. Já no dia 9 de agosto, postei ALqui que queria ver até quando o técnico Leão aguentaria a situação. Realmente, os jogadores não estavam a fim de jogar sob o comando do Leão. Depois de seguidos insucessos, cerca de 30 torcedores tiveram uma conversa a portas fechadas com o Presidente, quando este prometeu que dispensaria o técnico. E o técnico Leão deixou o Goiás dizendo que Presidente estava totalmente perdido. ALiás, todos nós estamos, dirigentes, jogadores e torcedores, pois faz um tempão que não ganhamos.

2. O Goiás enfrentou o Santos sob o comando interino de Wladimir Araújo, conseguindo segurar o empate fora de casa até os 30 minutos do segundo tempo, quando a defesa se descuidou, deixando Zé Eduardo livre, para – num belo voleio – abrir o marcador em favor do time do Santos; a equipe do Goiás, que dava mostras de maior movimentação e determinação, abateu-se e o segundo gol veio logo em seguida, definindo mais uma derrota.

3. Eis que o técnico Jorginho (ex-América-RJ, ex-assessor do técnico(?!) Dunga na Seleção) foi contratado. Num primeiro momento, fiquei perplexo, mas ao conversar com meu colega, o Prof. Frederico “Fred” Rabelo, me tranqüilizei. Ele me disse: “- Chaer, poderia ser pior. Poderia ser o Dunga!”

4. Todos os esforços que o Presidente do Goiás tentou para fazer dinheiro em caixa (venda do Tolói para a Itália, empréstimo do Felipe para as Arábias e do Diego Galvão para o Atlético Goianiense) não foram autorizados pelo Conselho Deliberativo, ou seja, a situação financeira do Goiás voltava à estaca zero (abaixo de zero, muito negativa) e chegamos à marca de dois meses de salários atrasados.

5. Ontem, o Conselho Deliberativo se reuniu por mais de cinco horas e foi decidido a suspensão temporária do Presidente do Goiás, por 30 dias. É mais ou menos uma prisão preventiva às avessas: do lado de fora. É um tipo de interdição. Como todos os Vices-Presidentes já tinham renunciado, o estatuto colocou na Presidência do Goiás o atual Presidente do Conselho. O Presidente afastado disse – outro dia – que só deixaria o Goiás por derrame, enfarto ou tiro (sic). Não se lembrava de que o Conselho Deliberativo poderia evocar suas atribuições e lançar mão da suspensão. Vamos ver como é que vai ficar daqui a um mês...

6. Fiquei sabendo que já está convocada nova reunião do Conselho Deliberativo (quinta-feira, 02/09) para eleger o novo Presidente e muitos conselheiros que se afastaram do Goiás, retornaram após o afastamento do (ex-)Presidente.

7. E que foi prometido aos jogadores que os salários serão colocados em dia, mas não foi dito qual o dia.

Qual será a próxima novidade? Ou será que já aconteceu ALgo novo, enquanto eu escrevia este texto?

AL-Braço
AL-©haer