(poesia visuAL / "A Tática: Futebol" / Série "Futebol em Movimento")

( poesia visual / "Copa do Mundo" / Série "Futebol em Movimento" )

segunda-feira, 30 de junho de 2008

DI-NA-MI-TE...TÁ LÁ !!!


Quando há eleições em um clube de futebol, o embate deveria ficar apenas durante as eleições, entre as chapas concorrentes. Deveria ser assim, mas sabemos que, geralmente, os derrotados passam a "torcer contra" e, muitas das vezes, algumas torcidas ditas "organizadas" se prestam ao papel de "bucha-de-canhão", marionetes grotescas vestidas com o uniforme do clube como instrumento de manobra (pichações, faixas de protesto etc) patrocinados por quem lhes sustenta, mesmo que o sustento venha apenas com as contribuições, fruto do suor(?) e sacrifício(?) dos membros quem compõem essas torcidas auto-denominadas de "organizadas".

Depois do pleito, abertas as urnas e contados os votos, os perdedores, se são mesmo apaixonados pelo clube, deveriam acatar o resultado – resignados - e deveriam ter a certeza de que dali pra frente, o Presidente é de todos e o que importa é o clube. E que o Presidente, por ser também um apaixonado pelo clube, conduzirá o mesmo com zelo pelo Distintivo (alguns chamam de Escudo) do Clube, pela História do Clube, e pelo maior patrimônio do Clube, que são seus torcedores. Uns perdem. Outros vencem. Mas todos ganham. Deveria ser assim.

Às vezes, há um só candidato, a ser homologado. Dependendo do candidato, não aparece nenhum para concorrer. Tem "cartola" que é tão "forte", que vence já na candidatura.

Mas, quando a eleição é para Presidente de um clube tradicional e de muita torcida (estou falando de "times de massa", leia-se Flamengo e Corinthians) aí vira assunto do dia – de vários dias, incontáveis dias – e, até quem não torce para esses times, dá seu palpite na eleição.

Imaginando a revolta de alguns Leitorcedores e Leitorcedoras, vou me deter um pouco explicando o termo "time de massa".

Sei que há outros times brasileiros com milhares e milhares de torcedores espalhados por este Brasilzão de Meu Deus. O Vasco de 50 aglutinou uma legião de fãs, um deles tive o exemplo dentro de casa, que foi o Meu Pai, Lauro Chaer. O Pai do Carlão, Seo Tião Costa, também faz parte desta legião. Na década de 60, dois timaços da História do Futebol Mundial, o insuperável Santos Bi-Mundial de Pelé e o Glorioso (tá até no Hino!) Botafogo de Garrincha, também foram responsáveis por uma quantidade enorme de torcedores encantados pelos cantos e mais cantos deste país (Dr. Mário de Alencastro, o Pai do João Baptista foi um deles). Na década de 70, a TV já ajudava bastante e foi a vez do Palmeiras de Ademir da Guia angariar adeptos pelo país afora. E, particularmente aqui no coração da região Centro-Oeste, tanto em Goiânia, quanto em Brasília, a maciça quantidade de mineiros radicados trouxe no caminhão de mudança a paixão pelos times do Atlético "de Belo Horizonte" e do Cruzeiro "de Belo Horizonte" (é assim que os mineiros do interior chamam o Atlético e o Cruzeiro).

Pulemos a década de 80.

Na década de 90 foi a vez do São Paulo de Telê fazer com que a segunda camisa de Futebol mais vendida no Brasil fosse a do Tricolor do Morumbi. Se você leu até ALqui e sentiu falta de citarmos o Internacional de Falcão e o Grêmio de Renato Gaúcho, vALe o registro; estes times também espalharam torcedores pelo Brasil, mas como o Brasil é muito grande e eles estão lá no MercoSul, a dificuldade de logística e a mídia (especialmente a televisiva) não contribuiu muito para uma maior divulgação destas paixões, a Colorada e Tricolor dos Pampas.


Voltemos à década de 80.

O fora-de-série Flamengo de Zico e Cia simplesmente impulsionou mais ainda o crescimento de sua torcida, que não parou mais, chegando atualmente ao singelo numero de mais de 30 milhões de torcedores espalhados por todo o mundo.

Sobre o Corinthians, a sua imensa torcida transcende o que se entende pelo substantivo "paixão". Se amássemos o nosso país da maneira como um Corinthiano ama o Corinthians, esse país seria diferente. Diferente no sentido de que aqueles que comandam o país teriam um pouco mais de cuidado. Se Fidel Castro fosse Corinthiano, a frase teria sido esta: "-Timón o Muerte!"

Resumindo, Flamengo e Corinthians são os "times de massa" e estamos conversados.


Esta pequena introdução acima foi exatamente para dizer que fazia tempo que não se tinha uma eleição para Presidente de um clube tão disputada e tão esperada.

Tão disputada, pois há 12 anos, a oposição lá no Vasco da Gama tentava vencer as eleições, culminando nos últimos pleitos com a figura do Roberto Dinamite representando – com dignidade – a luta contra a tirania. O Vasco da Gama não é um time de massa (como são Flamengo e Corinthians; então, ALgora entenderam porque eu falei aquela ladainha de "time de massa", né?), mas a iminência da derrocada do ex-ditador do Vasco fez parecer que o Brasil tem 170 milhões de Vascaínos (menos os 103 votos dos derrotados).

O Paulim (filho do Carlão, também Vascaíno, tal qual o Pai, tal qual o Avô...ô DNA ruim!!!) veio com essa "pérola", ao ser confirmada a Vitória do Dinamite:

"- Pai, hoje até flamenguista está com a camisa do Vasco!"

Nem tanto, Paulim. Nem tanto...

Mas, pela tão esperada Vitória do Roberto Dinamite, é quase isto!


AL-Braços
AL-©haer

pêésses.:

este post é dedicado primeirALmente e especiALmente à Gláucia...eu me casei com ela, mesmo sabendo que ela é Vascaína...O AMOR É LINDO! SÓ O AMOR VENCE!

também dedico este post aos meus queridos ALmigos vascaínos: Carlão, Rodrigo, Paulim, Vinícius, Francisco José, Thiago José, o meu colega Prof. Manoel Álvares, Seo Tião Costa e a MEU PAI, que onde estiver, está também comemorando...


putz! tô cercado de vascaínos !!!

domingo, 29 de junho de 2008

Eles, do Vitória. Nós, da Derrota.

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Confesso. Tenho preguiça do Goiás, quando joga fora de casa. Torço para o Goiás desde a sua estréia no então chamado Campeonato Nacional de 1973. E, neste tempo todo, o retrospecto do Goiás – fora de casa – é triste, beirando o sofrível.

Já me ALcostumei. Tenho que ouvir, resignado, que "o Goiás não vence quando atravessa o Paranaíba." No Goianão de 2008, o Goiás perdeu partidas importantes jogando no interior do Estado. Já estão falando que "o Goiás não vence quando atravessa o Meia Ponte."

Momento GeogrALfia: o Rio Paranaíba faz divisa entre os estados de Goiás e Minas Gerais; o Rio Meia Ponte corta a cidade de Goiânia.

Momento EngenhALria: se não me fALha a memória, quando da construção do Estádio Serra Dourada, houve a necessidade de se canalizar um córrego que passou a ter seu curso por uma galeria subterrânea de concreto armado.

Será que também tem um lado do Serra Dourada em que o Goiás não vence, quando passa?

Só sei que, de rio em rio...tão rindo de mim!

Mesmo vindo de uma vitória inesperada contra o Santos lá dentro da Vila Belmiro, eu não esperava muito do Goiás, lá no Barradão, contra o Vitória. Antes da partida se iniciar, um empate já seria um ótimo resultado, por ser fora de casa.

Nos primeiros 30 minutos, o Goiás teve mais posse de bola, anulou com eficiência as investidas do Vitória, com uma marcação especial sobre o meia Ramon, construiu ótimas chances de gol, desperdiçadas.

A partir daí, parece que o Goiás se cansou, recuando muito, talvez tentando manter o empate no primeiro tempo, o que reverteu a posse de bola para a equipe do Vitória, que se aproveitou disto, buscando marcar um gol e ir para o intervalo com a vitória parcial. Nos últimos 15 minutos do primeiro tempo, praticamente só o Vitória atacou, até conseguir uma falta na meia-lua, que Ramon cobrou com chute forte. Muita gente na frente do goleiro Harlei, a bola ainda bateu no montinho artilheiro, tudo muito rápido, Harlei ainda tocou na bola, sem conseguir impedir o primeiro gol do Vitória.

Veio o segundo tempo, que vou separar em dois tempos: os primeiros 42 minutos e os minutos finais.

Nos primeiros 42 minutos do segundo tempo, o Vitória jogou um pouco melhor do que tinha apresentado no primeiro tempo, mas sem transformar jogadas em gol. E o Goiás, também, não mostrava muita novidade, não. Anulava as ações do Vitória, mas não chutava em gol. Aliás, teve um chute, que não foi bem um chute, foi uma esticada de perna que o Iarley fez, tocando uma bola que veio por cima da defesa. Caprichosamente, a bola bateu na trave. Nunca gostei deste advérbio...se fosse "caprichosamente" com capricho mesmo, a bola teria entrado!!!...

...mas tudo bem, o termo "caprichosamente" é porque a bola é feminina, e por ser feminina, a bola lembra as mulheres – e como! - (ah! as mulheres...de todas as cores, de todas as torcidas, de todos os amores...) cheias de "charme", "dengos", "quereres", esses "luxinhos" que fazem com que nós, os apALxonados e incansÁLveis, façamos de tudo para agrALdá-las com os mais vALriados "mimos", inesgotÁLveis, mas sempre incompletos.


Ainda dava tempo para empatar, mas ALchei que a partida terminaria mesmo 1 a 0 para o Vitória.

Nos minutos finais, os 8 minutos restantes (incluídos aí os acréscimos), o Vitória marcou um gol, num chute quase indefensável, marcou outro, no único lançamento que conseguiram fazer para o atacante (aquele Dinei) sozinho, à frente do Harlei, marcar o terceiro. E, depois, quase tomamos o quarto gol.

Sabemos que a vitória só vale 3 pontos. Mas a derrota por mais de um gol compromete o saldo de gols. Num campeonato longo e cada vez mais equilibrado, sabemos que algumas posições serão definidas nos critérios de desempate. Um deles, o segundo critério, é o Saldo de Gols. Se o Goiás "tivesse assegurado a derrota por 1 a 0" (MEUS DEUS, eu não ALcredito que escrevi isto!) estaríamos na Posição 17 da Tabela, à frente do Santos. A derrota por 3 a 0 deixou o Santos na nossa frente, exatamente pelo critério de Saldo de Gols.

E, para quem não assistiu à partida, ao ler apenas o placar final de 3 a 0 para o Vitória, fica a impressão de que o Vitória jogou tudo, que foi um timaço em campo, que pressionou o tempo todo, que perdeu inúmeras chances de gol e que o Goiás não jogou nada, foi apático em campo, não soube suportar a pressão.

A "Bôrra de cALfé" já tinha me ALvisado. Mas, pelo que foi a partida, eu já estava "satisfeito com o 0 a 1". (MEU DEUS, perdoe-me...veja só onde fui chegar? já tô vendo vantagem em perder só de um gol!!!)

Os 3 a 0 para o Vitória foram exagerados. O Goiás "só mereceu perder de 1 a 0". (já sei, já sei, já sei MEU DEUS, depois a gente conversa com mais tempo...).


AL-Braços
AL-©haer

sábado, 28 de junho de 2008

"Bôrra de cALfé"



Foi minha Avó árabe, Mãe de Meu Pai, quem me ensinou a ler a "Bôrra de Café". Lembro-me como se fosse no dia 26 de Dezembro de 1970. Estávamos passando as festas de final de ano na casa dela, em Araxá-MG.

No meio daquele ano, eu tinha assistido pela TV à final da Copa de 70. Lembro-me como se fosse no dia 21 de Junho daquele ano. Teve um bolão, na casa de uns amigos de Meu Pai. ALpostei Brasil 4 x 1 Itália. Ganhei sozinho! Era tanto dinheiro, que Meu Pai achou que eu não devia receber. AfinAL, todos perderam e Meu Pai achou aquilo meio injusto. Minha Mãe falou:

"-Vai lá! Recebe, sim, Filho. Você ganhou. O dinheiro é dele, Lelé!"

Lelé era o apelido (carinhoso) de Meu Pai.

Então, eu comprei uma bola de futebol, oficiAL, das grandes; dei de presente uma boneca para minha irmã e dei todo o restante da grana pra minha Mãe. Só sei que, por um mês, teve refrigerante todo dia lá em casa.

Mas voltando ao Natal daquele ano, eu tinha pedido à Minha Avó, que me ensinasse a ler a "Bôrra de Café". Ela disse que me ensinaria, mas antes me perguntou o que eu estava querendo saber.

"- Vó, eu quero prever os resultados de uma partida de Futebol."

Estava sentado à mesa, enquanto Minha Vó fritava uns quibes. Os primeiros que ficaram prontos, ela os retirou da frigideira, colocou num prato de porcelana, jogou manteiga de leite derretida por cima, pegou a cesta com pães sírios e me serviu.

"- Come, meu filha."

Explico: Minha Avó trocava os gêneros, o que é comum quando os árabes falam o Português. Os árabes, também trocam o "p" pelo "b". A razão disto eu aprendi anos depois, quando estudava árabe e minha professora (Laila... ah!..uma marroquina nascida em Casablanca..."-Play it once, Sam. For the old times"...) me falou que o som de "p" não existe nesse idioma.

"- Brecisa comer muito. Fica furte. Estuda muito pra ser dutôr. Abosta (pessoAL, ela estava dizendo "aposta", viu?) não leva coisa boa. Você boa de conta. Vai ser Engenheira."

"- Mas, Vó, eu quero ganhar na Loteria Esportiva!"

"- Guarda dinheira. Melhor que loteria. Seu Vô berdeu um loja abostando na Brasil contra o Uruguai em 50..."

"Me ensina...Vó"

Minha Avó levantou as mãos para os céus e disse umas palavras em árabe. "Allah" eu entendia (da musiquinha de carnaval) e eu vi que ela falava com Deus.

Então, Minha Avó foi coar um café, sem usar o coador. Eu comia os quibes, mas não via a hora do café ficar pronto.

Naquele dia ela me ensinou que, para ler a "Bôrra de Café", tem que usar uma xícara de porcelana, destas de chá. As pequenas, de café, não servem. Achei estranho. Se tinha que ser na xícara de chá, porque – então – os árabes não inventaram a Leitura do Chá? Também, não discuti. Lembrei - na hora! - que chá não tem bôrra.

O café tem que ser feito sem coar. Serve-se o café e bebe-se aos poucos, para a bôrra ir sedimentando nas paredes e no fundo da xícara. Entre um gole e outro, tem que fazer movimentos giratórios com a xícara, como se estivesse ajudando o café esfriar. Um pouco de bôrra começa a ficar na superfície lateral interna da xícara. No final, deixar uma pequena quantidade de café no fundo. A partir daí, já está quase no ponto de começar a "leitura".

Precisa de um pires. Coloca-se o pires sobre a xícara, segurando o conjunto com as duas mãos. Aí chega o momento mais difícil. Tem que colocar o conjunto (xícara-pires) de cabeça para baixo e retornar à posição original. Tudo muito rápido (eu já fiz muita bagunça lá em casa, quando comecei a prALticar...). Então, retira-se o pires de cima da xícara e faz-se a "leitura propriamente dita" da Bôrra de Café. É assim.

Fiz esta introdução, somente para vocês saberem que há uma metodologia séria e específica para o ofício da leitura da "Bôrra de Café".

Mas Minha Avó me disse que tem que concentrar muito antes. Tem que estar calmo, respirar e fixar-se no assunto que interessa à "leitura". E me avisou:

"- Filha, cuidado! Cuidado com o que vai ler. Se o assunta for coisas da coração e coisas da Futebol, melhor bedir broteção de Allah!"

* * *


Ontem, Gláucia e eu fomos a um restaurante árabe. Minha Mãe está viajando e eu fiquei com saudades dos quibes dela. E lembrei-me de Meu Pai. E lembrei-me da Minha Avó. E lembrei-me de muitas coisas...

Pensei: quAL seria o pALpite de Meu Pai para o jogo de hoje entre o NOSSO GOIÁS e o Vitória?

Olhei para o copo da Gláucia:





Tempo depois...



Não. De-fi-ni-ti-va-men-te, NÃO! Eu não podia cometer esta heresia de "ler a espuma da cerveja".

E pedi um café...árabe! Urgente!





Leitura da "Bôrra de cALfé":

"Hoje, na partida Viria x Goiás, um dos times não vai marcar gols. Numa das faces internas, perto da asa da xícara, apareceu um "V". Isto significa que haverá Vitória, de um dos lados."



AL-Braços
AL-©haer




sexta-feira, 27 de junho de 2008

Las Brujas

O Trabalho enobrece e dignifica o Homem (nem comecei e já vem uma frase pronta), eu sei e – por saber – não pude assistir à semi-final entre Espanha e Rússia.

Quando o jogo começou, eu estava corrigindo provas...ALguns ALunos meus - que eu imaginava que não conseguiriam passar – surpreendentemente estavam conseguindo atingir as notas de que precisavam. ALguma coisa estava errada, pensei. Revisei a correção. Confirmei as notas. Acontece. Mérito deles.

Liguei a TV, mesmo sabendo que assistiria apenas a poucos minutos. A Espanha de uniforme mostarda. Gostei. A Rússia toda de vermelho. E um joguinho truncado, com poucos chutes a gol, digno de uma semi-final.

Mas a ALegria durou pouco (eu já sabia). Tive que desligar a TV e seguir para a UCG. Lá, rapidamente bati meu ponto e corri para a sala de TV dos professores. O segundo tempo já tinha começado e o placar já estava 1 a 0 para a Espanha. Ainda vi o gol no replay e a vibração de uma espanhola...ah! uma espanhola é uma espanhola é uma espanhola é uma espanhola...segui para a sala de aula, surpreso com o gol dos espanhóis.

Depois da aula, liguei para meus ALssessores para ALssuntos de Futeb-AL e fiquei sabendo que a Espanha tinha vencido a Rússia por 3 a 0 e que faria – portanto – a final contra a Alemanha.


De volta para casa, enfrentando o trânsito com minha cALma habituAL, pensei nos astros, nos biorritmos, no aquecimento global, no aumento da produção dos bio-combustíveis, na crise de alimentos, na alta do barril de petróleo, na queda do dollar, na perestroika da Maria (a Sharapova) sem compreender como aqueles ALunos tinham conseguido passar, muito menos como a Fúria (agora, sim, fazendo jus à ALcunha) tinha conseguido vitória tão expressiva.


É...numa semana em que o Goiás fez 4 a 0 no Santos lá na Vila Belmiro, a LDU quase consegue o título da Libertadores já na primeira partida, a Espanha goleia a equipe da Rússia e aqueles ALunos conseguem ALprovar...reALmente, vALe lembrar o famoso adágio espanhol:
"Yo no creo en las brujas, pero que las hay, las hay"
(¡ estas frases ! ... ¡ sin ellas, soy nadie !)


AL-Braços
AL-©haer

quinta-feira, 26 de junho de 2008

LDU 4 X 2 FLU

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Fiquei surpreso, vendo o Fluminense deixar a LDU abrir 3 gols de vantagem ainda no primeiro tempo. Principalmente aqueles dois gols de cabeça. A defesa falhou por duas vezes em bolas altas e, convenhamos, falhas em partidas decisivas jogam os títulos por água abaixo (essas frases não me abandonam!).

Considerando que o número de gols marcados pela LDU foi superior a sua média e, que – por outro lado – o número de gols sofridos pelo Fluminense também foi superior a sua média na competição, o resultado foi, no mínimo, atípico para ambas as equipes.

Claro que não vai ser fácil para o Fluminense reverter a situação. Acredito que a LDU virá fechadinha jogar a segunda partida da decisão no Maracanã. A LDU já está acostumada a jogar com torcida contra. No confronto contra o América do México, eram mais de cem mil torcendo para o América. Os setenta mil do Maracanã não serão problemas para os equatorianos.

É bobagem falar que foi o gol do Thiago Neves que dará o título ao Fluminense, que foi aquela última defesa do Fernando Henrique é que vai ser a "defesa do título". O que passou, passou. Agora o que vale para o Fluminense é vencer por três gols de diferença no tempo normal ou incluindo uma possível prorrogação, para garantir o Título sem depender das cobranças de pênaltis. Para a LDU, o que vale é tentar evitar os gols que o Fluminense tentará marcar.

Enquanto o jogo da próxima quarta-feira não começar, o favorito é a LDU. A próxima partida já começa 2 a 0 para eles.

Na primeira partida, o Fluminense só conseguiu equilibrar as ações no segundo tempo. Até venceu o segundo tempo por 1 a 0. Achei a LDU muito aberta, talvez por jogar em casa e precisar vencer bem o primeiro confronto. Mas o Fluminense, em desvantagem, não convertia as oportunidades em chutes a gol, em virtude do susto levado no primeiro tempo, ou em virtude da altitude.

O que vimos, faltando 10 minutos para encerrar a partida, foi o Renato Gaúcho "satisfeito" com o resultado. A todo momento, avisava seus comandados que faltava pouco para acabar.

Antes eu ALchava que o título não sairia das mãos do time das Laranjeiras. ALgora, fico apenas na torcida, tentando ALjudar o amigo músico, compositor torcedor do Fluminense, o talentoso Zezão. Com um pé atrás (ah!...essas expressões idiomáticas e seus sentidos maravilhosos!).

Mais uma vez, chamo ALtenção para a quantidade de faltas que o time do Fluminense cometeu: menos de 10 faltas em toda a partida! O que confirma que um time comandado por Renato Gaúcho só quer saber de jogar Futebol. Na bola! Interessante isto!

Será que um time que não dá porrada não serve para ser Campeão?

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AL-Braços
AL-©haer

Milagres

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Nos últimos anos, seleções de pouca expressão na História do Futebol têm se destacado. Para citar ALguns exemplos, lembremos de 1990 da equipe de Camarões e seus Leões comandados por Roger Milla, recordemos da Turquia e da Coréia na Copa de 2002 e, não esqueçamos da Grécia na Eurocopa de 2004.
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Parece Milagre. Mas não é. O intercâmbio de jogadores e técnicos, aliado às facilidades de comunicação, têm contribuído para um grande avanço do Futebol em todo o Mundo. Vale aquela constatação: Atualmente, não tem mais bobo no Futebol. (ALdoro essas frases!)
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A Eurocopa de 2008 está enchendo os olhos do torcedor (outra frase clássica!). Até ser eliminada, a Holanda foi a sensação. Pra mim, continua sendo, pois a Paixão tem a cor Laranja. O Futebol veste a camisa Laranja. Agora, a sensação da vez é a Rússia, que merece o título (por enquanto, de sensação!), pois simplesmente eliminou a Holanda.
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Mas, cara Leitorcedora, caro Leitorcedor, o que vai ficar na memória, por muito tempo, é o que fez a Turquia nesta Eurocopa de 2008. Na primeira fase, perdeu apenas para Portugal, jogando bem. E continuou jogando bem e promovendo viradas históricas ao apagar das luzes (ah!...essas frases...) contra Suíça e República Tcheca. Nesta partida, perdia por 2 a 0 até diminuir a vantagem tcheca aos 30 minutos do segundo tempo, empatar aos 42' e virar aos 44'. Nas quartas de final, empatou com a Croácia aos 16' do segundo tempo da prorrogação, para vencer a disputa de pênaltis.
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E hoje, assisti (com ressalvas ao sinal do satélite, que saiu do ar algumas vezes no segundo tempo) a uma das partidas mais emocionantes desta Eurocopa, entre Alemanha e Turquia...
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Enquanto a Alemanha estava completa, a Turquia não conseguia reunir mais de 14 jogadores em condição de jogo. Falava-se, antes da partida, que o técnico Fatih Terim poderia colocar o terceiro goleiro para jogar na linha, se necessário.
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Começou o jogo e cada jogador da Turquia parecia uma McLaren (do Felipe Massa, não a do Rubinho). Correria para tudo quanto é lado, com os Turcos sempre chegando junto, ou à frente dos Alemães. Se estivessem com o uniforme laranja, os Turcos passariam disfarçados de holandeses (ressALvas ao formato e tamanho do nariz), pois com um Futebol Total para frente e inversões de bola de um lado para o outro envolvia o time da Alemanha, que parecia (pa-re-cia) assustada com aquilo tudo que via e vinha rumo à meta germânica.
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Os turcos vieram dispostos a confirmar o Milagre Turco e dá-lhe chute a gol, bola na trave e, numa troca de bola pela direita, com direito a passe de peito do atacante para o ala, mais um cruzamento, com antecipação de um atacante, bola no travessão e chute de primeira debaixo das pernas do goleiro. Turquia 1 a 0. Quem me conhece, sabe, torço para a Holanda, até ela ser eliminada da competição. Então, resolvi adotar a Turquia, para continuar torcendo nesta Eurocopa. Vibrei muito!
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Mas, do outro lado estava a Alemanha, com seu tradicional Futebol irritante: sobem em bloco; recuam em bloco; nos contra-ataques fazem lançamentos rápidos e longos; com o adversário fechado, alçam bolas para a área, para ver o que vai dar. E não afobam. Parece que eles não têm sangue nas veias. Parece que têm óleo diesel. O resultado disto é que os alemães empataram poucos minutos depois: lançamento para o atacante pela esquerda, cruzamento, um atacante antecipa o defensor, toque sutil com o lado de fora do pé, fora do alcance do goleiro, a bola entra girando em torno de seu eixo, como se fosse um pião.
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(parênteses:


eis que a câmera mostra as torcidas...ao filmar a torcida alemã, o camera-man mostra as alemãs...eu sei, eu sei que as Russas são as mais bonitas...eu sei...mas sei também que os alemães fabricam o melhor carro, a melhor caneta, os melhores equipamentos cirúrgicos, as melhores cervejas, executam as pistas em asfalto mais duráveis, são
precursores do estudo das estruturas de concreto armado...que mais?...música clássica, orquestra, teatro, cinema, estúdios de gravação...literatura...química fina...farmacêuticos...e, de lambuja, a Alemanha é a nação que mais investe em ações para o desenvolvimento sustentável no planeta; falei tudo isto, porque eu fiquei com a leve impressão que os alemães estão também fabricando mulheres, com o habituAL controle de quALidade...


fecha)
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Voltemos ao mundo normAL. Então, como estávamos falando, a Turquia não se intimidou com o empate da Alemanha. E continuou partindo pra cima, ignorando que do outro lado estava a tradicional equipe alemã, de tantas decisões. Mas, a Alemanha, por sua vez, também não se intimidou e continuou jogando seu Futebol irritante, ignorando que a Turquia estava comendo a bola como se fosse um quibe frito na manteiga de banha de carneiro.
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E veio o segundo tempo. Nada mudou. A Turquia mandando no porto de Constantinopla alemão. A Turquia mandando no jogo. A Turquia mandando o povo de Istambul para frente. Mandando bola no gol dos alemães.
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Tava muito bom para ser verdade. Até o satélite – desconfiado – saiu do ar (mas continuou em órbita) para dar uma respirada. Quando o sinal foi restabelecido, a Alemanha tinha feito 2 a 1, imagino, do seu jeito, como quem joga Futebol apenas por profissão. E, cá pra nóis: eles são profissionais.
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Em mais uma jogada plástica (olha outra frase daquelas!) um Turco dá um rabo-de-arraia e deixa um Alemão na saudade (ah!...se não fossem esses jargões...), entra na área, cruza rasteiro e seu companheiro antecipa ao beque e ao goleiro, com um toquinho de ponta de bota (obrigado Geraldo José de Almeida) a bola entra no cantinho: 2 a 2.
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Fiquei louco. O satélite também. E o sinal sumiu de novo. Faltavam poucos minutos para o término da partida. Parecia que íamos para a prorrogação. Nada me tira da cabeça que o satélite também estava torcendo para a Turquia.
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Logo em seguida, o sinal retorna, com a Alemanha no ataque, aos 44 minutos do segundo tempo. Mas não era um ataque normal destes em bloco, que eles costumam fazer. Foi uma triangulação que começou na intermediária pela esquerda. Só se via jogador Turco na tela da TV. A bola foi lançada para o meio, toque de primeira em diagonal e – do nada – surgem dois alemães na entrada da grande área: um fez a proteção, o outro – Lahm – ajeitou e meteu no ângulo.
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O Milagre Turco ficou para trás. Segue rumo à final, o verdadeiro milagre do Futebol: o do Futebol Alemão.
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ALgora, já ALviso que tô torcendo para a Rússia. Não vejo a hora de ver a "torcida" russa pela TV (o satélite não vai acreditar no que vê...e ele vê primeiro...daí, o susto!).
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Será que teremos um Milagre Espanhol vindo por aí?

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AL-Braços
AL-©haer


pós-post:

O meu amigo Carlão q-uase m-e b-ateu (via e-mail) chamando ALtenção para a vasta contribuição da Alemanha para a Filosofia. Taí, Carlão, o devido registro complementando o texto.

ObrigALdo!!! vALeu !!!


quarta-feira, 25 de junho de 2008

Libertadores - 2008 - Decisão

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Se analisarmos o retrospecto de Fluminense e LDU até chegarem aos dois confrontos da Final, os números nos revelam a superioridade da equipe brasileira (FLU: 8V/2E/2D/22GP/9GC/13SD; LDU: 4V/5E/3D/16GP/10GC/6SD).
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Também, Fluminense e LDU já se enfrentaram nesta competição, na fase de grupos, por duas vezes: um empate sem gols lá no Equador e uma vitória por contagem mínima (ALdoro esses chavões da crônica esportiva!) do Fluminense no Brasil.
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Nas últimas quatro partidas, o Fluminense só perdeu uma (para o São Paulo lá no Morumbi, por 1 a 0). Um empate contra o Boca Juniors lá na Argentina e duas vitórias convincentes no Maracanã contra dois Bichos-papões da Libertadores (São Paulo e Boca). Por outro lado, a LDU empatou seus quatro últimos confrontos contra San Lorenzo e América do México.
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Por estes resultados, não há como não apostar na conquista da Libertadores de 2008 pelo Fluminense.
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Como técnico, Renato Gaúcho merece a conquista de uma competição importante como esta. Na minha opinião, sua carreira de técnico se sedimentou na época que comandou o Vasco, com todas as limitações da equipe; conseguiu dar um padrão de jogo ofensivo e o Vasco terminou o Brasileiro como sendo a equipe que menor número de cartões recebeu na competição. Futebol pra frente, sem falta, o que é bom de se ver. Agora, no Fluminense, com um elenco muito superior ao do Vasco que comandou anteriormente, Renato Gaúcho está a dois passos de se consagrar como um bom técnico da nova geração.


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AL-Braços
AL-©haer

Futeb-AL-Chaer

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Caríssima Leitorcedora, Caríssimo Leitorcedor,
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ALqui, o ALssunto é Futebol.
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Dou um passe de letra, você toca de primeira.
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Que tAbeLinha, hein?!
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AL-Braços
AL-Chaer
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